{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Capítulo 237

Narradora

Três anos depois. [...]

  A perda do bebê de Melissa foi uma tristeza para os familiares e mais ainda para o namorado e pai da criança, Leonardo. Os dois demoraram um tempo para se reerguer desse tombo, porém a situação os uniu ainda mais e os motivou a dar continuidade na vida profissional.   Melissa está no sexto semestre da faculdade de Direito e fazendo estágio na CDM, mas não pense que a Fernanda por ser mãe "dá uma folga", muito pelo contrário é muito mais exigente por acreditar no potencial da filha. E Leonardo formou-se em Engenharia Civil e concluiu recente sua pós-graduação em Gestão de Projetos na Construção Civil. E tinha seu próprio negócio em sociedade com o amigo Cláudio Dantas, Cacá.
   Fernanda e Luan estavam orgulhosos com o rumo em que a vida da filha estava tomando e mais ainda com o genro que se mostrou um homem maduro, e comprometido. 
   Em relação a carreira, Luan ainda fazia shows porém com maior espaço de tempo entre um e outro. Mantinha uma agenda mais tranquila, com colegas de trabalhos novos já que alguns seguiram rumos diferentes. Mas ele ainda conta com Roberval como seu braço direito. Ele diminui a frequência de shows para acompanhar melhor o crescimento dos filhos e também para descansar mais, desacelerar a correria. 
    Fernanda continuava a mãezona louca de sempre, a empresária que a CDM mais se identificou e a amiga excepcional. Se sentia cada vez mais realizada por cada conquista que teve na vida. Família, amigos, afilhados.





Narrado por Fernanda
   Pode parecer que não, mas em três anos bastante coisa aconteceu. Boas e ruins. Melissa e o Leo perderam o bebê, mas superaram isso de uma maneira madura e surpreendente, focaram nos estudos e hoje estão aí quase noivos. Isso foi bom.
   Perdi nesse espaço de tempo três pessoas que eu amei demais e continuarei amando para o resto da vida, que foram os meus avós. Os pais da minha mãe e o pai do meu pai, ah meus velhinhos. Fiquei sem chão, mas sabia que uma hora eles partiriam e nos deixariam apenas com os bons ensinamentos e aconselhamentos. Meus pais continuam morando em Nova Iorque, mas pensam em voltar para o Brasil estão esperando apenas meu irmão, Heitor concluir o ensino médio e decidir se continua por lá ou se acompanha os velhinhos. Ele está tão grande e bonito, puxou a irmã.
   Bom, em três anos meus bebês cresceram né? Helena está com 6 anos, Maria Luísa com 14 e quase entrando no ensino médio e Arthur com 16 anos. Grandes, né? Mas, eu ainda os chamo de bebês.


(...)

_ Mamãe, o que é se-xo? -Helena perguntou e Luan engasgou com o suco que tomava, enquanto estávamos almoçando.
_ Você aprendeu essa palavra hoje filha?
_ Eu li naquele papel de vacina, o meu.
_ Sexo é o gênero, filha. E existem dois, feminino para mulheres/meninas, e masculino para homens/meninos. -respondi com naturalidade e ela franziu a testa, mas pareceu entender.
_ Então o papai e o Art são sexo masculino? E eu, você e a Mê somos sexo feminino?
_ Isso minha pequena, muito bem. -o assunto encerrou ali e voltamos a comer.   Depois do almoço Arthur e Maria Luísa ficaram com a louça, Luan ficou com a tarefa de ajudar Helena com as lições de casa e eu fui para o escritório checar os emails e ligar para empresa e saber como estavam as coisas. Tudo corria bem, Melissa disse que havia voltado do almoço tinha pouco tempo e que terminaria de redigir os contratos para imprimir, amanhã teria uma das últimas reuniões do ano antes do recesso.
_ Mãe, precisava falar com a senhora.
_ Pode entrar meu filho. -falei e ele entrou dando risada já, nem falei nada.
_ Tenho uma festa pra ir amanhã com uns amigos da escola.
_ Amanhã é uma quinta-feira, você ainda não está de férias e vai ter aula na sexta.
_ Sim, mas é uma amiga nossa. Aniversário dela.
_ E ela não pode comemorar na sexta?
_ Nossa mãe, eu nem vou ter nada de importante na sexta... não pega nada se eu faltar.
_ Eu vou deixar você ir, mas já sabe né? Você tem horário pra ir e pra voltar.
_ Pode ir me buscar se quiser.
_ E eu vou mesmo. -respondi.
_ Eu amo a senhora, tchau. -e correu para fora da sala. Voltei minha atenção aos emails e quando estava respondendo mais um Maria Luísa entrou na sala.
_ Mãe, posso sair na sexta?
_ Sair que horas? Com quem? Que lugar?
_ Uma resenha na casa de uma amiga minha. O irmão dela vai dar uma festa.
_ Você não acha que tá muito nova não? Sabe por que, filha? Só vai ter homem velho de olho em vocês que são novinhas.
_ Mãe!
_ Porque você não vai em alguma matinê com as suas amigas no sábado?
_ A senhora vai deixar?
_ Eu posso pensar?
_ Com muito carinho.
_ AH! YES, te amo mãe. -e saiu. Olhei para o relógio e marcava pouco mais que 14h30. Tomei uma água e voltei ao que fazia, terminei tudo e fechei o notebook.
_ Tomou banho? -perguntei ao ver Helena no sofá com a boneca.
_ É, o papai deixou. -respondeu sem nem me olhar.
_ Ela estava toda suada, ainda mais com essa franja na testa. Não sei pra que não corta isso. -Luan reclamou.
_ Porque ela gosta, ué. -sentei com eles no sofá e peguei o celular.
_ Guarda isso um pouco, Fernanda. 
_ Tô mandando mensagem pra Isa, esqueceu que ela ia trazer o Bê?
_ Não esqueci não, só não lembrava a hora.
_ Mamãe, o Bernardo vem pra cá? -fiz que sim com a cabeça, concordando e ela arregalou os olhos.- A Ceci pode vim também? Deixa, mamãe. -pediu subindo em cima de mim e segurando meu rosto, Luan deu risada.
_ Liga pro Leo, ele deve estar em casa.
_ Me fala o número, mamãe. -disse descendo do sofá e tirando o telefone da base, falei um por um e ela foi discando.- Oi, alô?... É a Nena... Ahaam... A Ceci pode vim brincar comigo e o Bê, hoje?... Tá bom, tchau. -e desligou.- Mamãe, o Leo vai busca ela.
_ Então tá bom, só sentar e esperar. Tá?
_ Tá.
_ O que eu vou fazer pra essas crianças comerem?
_ Não faço ideia. -pegou o controle e ligou a TV.- Já arrumou as malas?
_ Eu não, só vamos viajar dia 23, ainda temos duas semanas pra isso. E esse ano a Melissa não sabe se vai com a gente.
_ Como não sabe? É uma tradição de família, sempre nos reunimos na chácara.
_ Ela quer passar com o namorado também e ele viaja com a família dele.
_ Ela que sabe. -ficou de bico, tive vontade de morder.
_ Papai, a porta! 
_ Deixa que eu abro! -Arthur falou vindo da cozinha, só acompanhei com a cabeça e quando ele abriu meu toquinho veio correndo até o sofá.
_ Oi meu amor, dá um beijo na dinda?
_ Dinda, oi. -beijou minha bochecha e me abraçou pelo pescoço.
_ Cadê sua mãe? -ele apontou e ela entrou com o Rober.- Nossa, que gata hein. Onde vamos?
_ Passear, se é que me entende. -Rober respondeu e minha amiga ficou vermelha dos pés a cabeça, dei risada e o Luan também. 
_ Então o neném vai ficar com a dinda, é? -Bernardo fez que sim, todo contente.- Até amanhã?
_ É, dinda.
_ Então dá tchau pro papai, tchau pra mamãe e já pode ir brincar. -assim ele fez e já saiu com a Leninha pela casa.- Juízo hein, vocês dois.
_ Meu objetivo é mais um afilhado pra vocês (risos). Tchau, tchau. Qualquer coisa liga.
_ Tá bom, divirtam-se. -eles saíram e o Leo chegou, não tocou nem a campainha e foi entrando. Nos cumprimentou, Cecília fez o mesmo e foi procurar pela amiga.- Todo de social, é?
_ Todo dia, sogra. Mas por mim eu iria de tênis e polo todos os dias da semana. -respondeu abrindo dois botões da camisa e recostando no sofá.
_ Eu amo trabalhar de social, colocar aquele salto, saia justinha, uma blusinha e o blazer pra finalizar. -Luan olhou baixou as sobrancelhas e nós demos risada.
_ É que homem é basicão, camisa, um jeans e um sapatenis. Tô pronto.
_ Vai voltar pro escritório hoje ainda?
_ Vou sim, vim almoçar em casa porque minha mãe pediu pra eu ir buscar a Ceci na escola. Aí volto pra lá assim que sai daqui.
_ Ah tá. E está gostando?
_ Eu tô, mas o foda é que não são todos que confiam na empresa por sermos jovens, recém formados.
_ Isso é a maior besteira, tudo bem que a experiência conta, mas o conteúdo também. É uma junção.
_ Bem por ai, mas estamos indo...
_ Oi cunhado. -Malu o cumprimentou e sentou no sofá.- Tá gatão hein.
_ Deixa de foguetisse, Maria Luísa. -Arthur repreendeu a irmã.- E aí, cara. -falou com o Leo e foi pro outro sofá.
_ Deixa de ser chato, Arthur. Eu hein.
_ Sem briga, os dois. -falei séria.
_ Bom, vou indo nessa. Passo aqui mais tarde, falou, falou. -e saiu.
_ Vamos subir um pouco, amor? -sussurrei em seu ouvido e ele assentiu.- Arthur, qualquer coisa me chama tá?
_ Com coisa que a senhora vai escutar. -e começou a gargalhar com a Malu e o Luan acompanhando.
_ Menino, você me respeita. -falei indo em direção a escada, de mãos dadas com o meu marido. Entramos no quarto e eu passei o trinco na porta, tirei sua camisa e o joguei na cama. Subi em cima dele deixando uma perna de cada lado do seu corpo e sentei em pau, tirando a regata que vestia e inclinando o corpo para que pudesse beijá-lo com voracidade, rebolando em seu colo.
_ Você gosta de provocar, não é? -perguntou puxando meus cabelos e vendo meu sorriso sacana. Voltamos a nos beijar e nos acariciar, viramos na cama e em poucos segundos sentia seus beijos molharem meu pescoço, entre os seios, meu umbigo e seus dedos passearem pelo cós do shorts, tirando-o com certa rapidez colocando minha calcinha de lado e me fazendo gemer alto e segurar os lençóis com força quando beijou minha boceta quente e extremamente molhada de tesão. Não tinha sensação melhor, Luan não tinha preguiça em me dar prazer e fazia isso como ninguém. Eu amava, sempre pedia por mais. Ofegava, gemia e me deliciava com toda a sensação de estar sendo abocanhada por ele.
_ Não para... -fechei os olhos e ergui o quadril deixando que sua língua fosse mais fundo. Gozei em sua língua e ainda em espasmos Luan continuava me chupando, enfiou dois de seus dedos e voltou a me estimular cada vez mais até que eu estivesse gozando outra vez.- Eu quero você.
_ Eu sei que quer. -riu sacana.- Vira de costas pra mim e afasta as pernas... Isso, empina essa bunda pra mim, empina Fernanda. -senti minha bunda arder com um rapaz forte e certeiro, grunhi e logo ele meteu com força.- Ah! Que delícia. -começou a se movimentar com força, rápido e cravando os dedos no meu corpo.
_ Você vai me deixar toda marcada de dedos.
_ E mordidas. -riu.- Gostosa. -mordeu meu ombro.
_ Morde de novo, morde.
_ Não, vai ficar roxo. -beijou onde havia mordido e continuou com as investidas, desacelerando e me virando de frente, abri mais as pernas, toda convidativa e o senti mais fundo, bem rápido e muito duro.- Não faz essa carinha não, tenho vontade de encher ela de tapas.
_ Você pode. -peguei sua mão e chupei cada um de seus dedos, sugando com força e virando os olhos de tanto prazer. Luan colocou minhas pernas em seus ombros e segurou firme minha cintura aumentando o ritmo até que eu estava pulsando novamente, louca para gemer ainda mais alto quando senti seu gozo quente escorrer dentro de mim e seu pau ir me deixando aos poucos, fiz careta e ele riu.
_ Minha garotinha insaciável.
_ Garotinha não que eu sou quase uma cinquentona.
_ Com tudo em cima. -me abraçou pela cintura, beijando minha boca, alisando minhas costas e com a mão livre apalpando a minha bunda.- Dá vontade de ficar o dia inteiro assim.
_ Uhuum... mas temos visita, precisamos descer né?
_ Mas só depois de uma ducha. -nos levantamos e seguimos nus para o banheiro, liguei o chuveiro e entrei de cabeça. Luan dividiu o espaço comigo e juntos tomamos um banho até que rápido, com algumas carícias, mas nada muito intenso. Enxaguei os cabelos e sai primeiro que ele, enrolei uma toalha na cabeça e outro no corpo e voltei para o quarto.- Amor, separa minha roupa?
_ Folgado. -respondi. Tirei nossas roupas do chão e coloquei no cesto de roupas sujas, entrei no closet e escolhi algo básico. Shorts e camisetinha. Vesti e peguei a roupa do Luan, bermuda, regata e cueca, deixando em cima da cama. Me sentei para secar o cabelo e Maria Luísa bateu na porta do quarto, me chamando.
_ Mãe, tô com cólica...
_ Desceu pra você hoje?
_ Ainda não, mas tá doendo e eu já quero um remédio e deitar e dormir. -falou rápido.
_ Na minha gaveta de calcinha tem um lá, pega um comprimido e toma com água. Não é com suco não viu, nem refrigerante.
_ OK. -e foi. Luan saiu do banheiro e por pouco não tirou a toalha.- Tomou banho com a minha mãe, pai? -perguntou rindo e ele já ficou vermelho.
_ Mas respeito que eu ainda sou seu pai.
_ Credo, só fiz uma pergunta.
_ Que não é pra sua idade. -responde ele antes de pegar a roupa e ir para o closet.
_ Mãe, já está pensando?
_ Uhuum. -menti.- Estou sim.
_ Vou avisar minhas amigas então... pode ser sábado agora?
_ O que pode ser sábado?
_ Eu sair com as minhas amigas pai, minha mãe disse que ia ver se levava a gente.
_ Pra onde?
_ Um matinê, Luan. -falei.
_ Ha, mas não vai mesmo... nem com amiga, nem sem amiga... você não vai.
_ Ué, Luan. Por que não?
_ Ela não tem idade pra ficar saindo não.
_ Ah não? E o Arthur com a idade dela não saía, né?
_ Ah Fernanda, mas ele é homem.
_ Machista. -falei séria e não disse mais nada. Maria Luísa percebeu que o clima tinha esquentado e saiu do quarto, ele estava terminando de se trocar e eu havia acabado de enxugar os cabelos e estava pra sair do quarto quando Luan segurou meu braço e eu já olhei de cara feia.- O que é?
_ Acabamos de fazer amor e você já quer brigar?
_ Se você não se achasse o único responsável pelos nossos filhos talvez não seria assim.
_ Você é doida, quer levar a Maria Luísa pra uma matinê. Ela tem 14 anos, Fernanda, 14.
_ Ela me pediu pra sair na sexta a noite. Você que sabe. 
_ Ah não, piorou... ela não vai passar a noite fora de jeito nenhum.
_ Ué, mas o Arthur também não estava pensando de sair? Não pense que eu sou idiota não que eu escutei muito bem.
_ Ele vai com os amigos dele, eu busco depois.
_ Tá vendo como você é? Acha que porque o Arthur é homem, é normal ele sair de noite. Deixa eu te falar uma coisa, ele também é menor de idade.
_ E o que uma coisa tem a ver com a outra?
_ Ou os dois ou ninguém vai.
_ Amor, não vamos entrar nessa discussão... por favor.
_ Eu não estou discutindo, estou falando sério. Se a Maria Luísa não for, Arthur também não vai... você levando ou não.
_ Tá bom, depois não fala que eu não avisei. Sua filha tá muito saidinha.
_ Agora ela é minha filha? Não é nossa?
_ Melissa começou assim.
_ Aí Luan, não começa tá?
_ É mentira então?
_ Primeiro que a Melissa nem de casa saía, começou a sair, viajar com as amigas e com mais de 16 anos.
_ Viu só? 16 anos. Quantos anos a Malu tem mesmo?
_ Não vou discutir com você, não mesmo. -me soltei dele e desci.
_ Que cara é essa mãe?
_ Não é nada querido. -passei por ele e fui dar uma olhadinha nas crianças que estavam no quarto de brinquedos.- Oi meus amores.
_ Mamãe, a Ceci é nossa prô.
_ Ah é?
_ Sim, eu e o Bê é os alunos.
_ Aí depois a gente troca tia Fê.
_ Isso mesmo, continuem brincando tá? Bernardo, quer fazer xixi?
_ Não tia, agora não dá. Tô brincano.
_ É rapidinho, pede pra prô. -ri.
_ Então eu vou. -me deu a mão e fomos, depois ele tomou água e voltou a brincar com as meninas.




Narrado por Melissa
  Em três anos que passou posso dizer que minha vida voltou aos trilhos, tudo estava tranquilo. Tranquilo com os meus pais, tranquilo com o meu namorado, tranquilo com os estudos. Eu estava bem. As vezes me pegava imaginando como seria se não tivéssemos perdido o bebê, ele ou ela estaria com quase dois aninhos e meio. Mas Deus não quis assim e eu não o questiono por isso, aconteceu.


_ Toc, toc. -escutei batidas na porta e olhei encontrando meu loirão todo lindo entrando.- Tudo bem?
_ Tudo ótimo. -joguei minhas mãos em seus ombros e o beijei.- E você?
_ Cansado. -encostou a testa na minha, de olhos fechados.- Vim te buscar.
_ Não precisa, loirão. Podia ter ido pra casa, sabia?
_ Estava com saudades e o escritório é 15 minutos daqui. -nos beijamos outra vez.- Falta muito aí?
_ Não, terminando de enviar isso aqui e vou guardar minhas coisas.
_ Vou mijar enquanto isso. -se afastou e saiu da sala. Voltei a me sentar no meu lugar, mandei o email que estava terminando de redigir e desloguei. Quando meu namorado voltou eu já estava pronta para ir embora.
_ Tá comendo, Leo?
_ Judith é a melhor funcionária dessa empresa. Me recebe com cafezinho e bolachas de nata de leite. Já minha namorada...
_ Idiota. -dei um tapa em seu ombro e fechei a bolsa, tirei o celular do carregador e nós saímos.- Tchau, tchau até amanhã. -me despedi do pessoal e entramos no elevador, apertei o botão do térreo e deitei a cabeça no peito dele.
_ Trabalhou hoje hein.
_ E eu tenho aula daqui a pouco.
_ Quando você entra de férias?
_ Dia 21.
_ Tem duas semanas ainda.
_ Pois é, queria me dar férias desde já. Tô tão cansada, não estou tendo vida. -fiz um drama e ele riu.- Leonardo!
_ Manhosa. -beijou meu rosto e me apertou num abraço.- Pensei que já tivesse acostumado com a rotina.
_ Não e nem vou. -falei.- Você vai me buscar hoje?
_ Todos os dias. -as portas se abriram e nós nos despedimos do porteiro e seguimos até o carro dele que estava quase na entrada do estacionamento.
_ Por que tão longe?
_ Porque você precisa fazer uma caminhadinha, loira.
_ Ha ha... que graça. -ele tirou o alarme, destravou a porta e nós entramos.- E a Ceci, melhorou?
_ Era só uma tosse e ela está ótima, está lá na sua casa.
_ Sério? -perguntei rindo.
_ Tá ela e o filho do seu padrinho, mais o Thor.
_ Minha mãe gosta da casa cheia. -coloquei a bolsa no banco de trás e prendi o cinto, peguei o cabo USB e pluguei no celular.
_ Você e as músicas.
_ Quer que eu desligue?
_ Não, só não aumenta muito. -me deu um selinho e seguimos para a minha casa. O trânsito não ajudou muito e chegamos por volta de 18h15.
_ Oi, oi, oi família. -falei passando rapidamente pela sala e subindo para o meu quarto, larguei a bolsa em cima da cama e sai tirando a roupa no caminho até o banheiro. Tomei uma ducha rápida, ao sair procurei uma roupa confortável e não muito quente, um vestido e sapatilhas. Peguei a mochila que estava na cadeira ao lado da porta e desci.
_ Vai estudar, é? -meu pai perguntou analisando minha roupa.
_ Sim, senhor. Tá calor, né pai.
_ Hm...
_ O que foi pequena? -Ceci estava sentada de braços cruzados e um bico enorme, com os olhinhos cheios de lágrimas.
_ Eu queria brincar mais.
_ Não fica assim, nega. Eu te trago pra brincar com a Leninha outra vez. Tá bom?
_ Tá bom.
_ Vamos amor? -ele assentiu.- Tchau. -nos despedimos e saímos. Leo primeiro passou em casa para deixar a Cecília e em seguida me deixar na faculdade.
_ E meu beijo?
_ Sabe que eu tô atrasada, né? -perguntei soltando o cinto de segurança, ele riu fazendo o mesmo e veio me beijando. Beijo bom, daqueles bem gostosos e que não te dão vontade de parar.- Mais tarde a gente conversa. -pisquei.
_ Poderíamos conversar melhor no meu quarto. -mordeu minha orelha.- O que você acha?
_ Acho muito bom. -risos.- Tchau, beijo.


  Entrei na faculdade e não corri para chegar na sala. Passei pela porta a professora estava na letra G da chamada,  dei um "Oi" pro pessoal e sentei no meu lugar. Tive três aulas pra lá de complexas e parecia que não iriam acabar nunca, depois fomos para o intervalo e na volta tivemos aulas mais tranquilas.

_ Seu boy vem te buscar, Pati?
_ Aí dele se não vier. -brinquei.- Tá tão cansado, tadinho. Falei pra ele ficar em casa, mas ele disse que viria.
_ Queria que meu noivo fosse assim... uma hora dessas ele esta é dormindo, roncando com a Lelê. -comentou procurando a chave do carro na bolsa.
_ Sua neném?
_ Sim, tem sete meses. Aqui, oh. -mostrou  uma foto da neném, bem gordinha e sorridente.
_ Linda, muito linda. 
_ Obrigada. Achei! -falou pegando a chave.- Tchau, Mel.
_ Tchau Gabi, beijo. -Gabriela foi embora e eu ainda esperei mais uns minutos antes de o meu namorado chegar, de pijama e chinelos.- Tá lindão hein.
_ Estava dormindo. -passou a mão pelos cabelos, bocejando.
_ Eu disse que não precisava. -dei um selinho nele e me acomodei.
_ Tá de boa, relaxa. -disse dando partida.- Vai dormir lá em casa?
_ Vou sim, só preciso avisar minha mãe... vou até ligar lá em casa. -peguei o celular e disquei o número da minha mãe.- Alô, mãe?
_ Fala Mê.
_ Vou dormir na casa do Leo, tá?
_ Tudo bem.
_ A senhora avisa meu pai?
_ Aviso sim, boa noite pra vocês.
_ Obrigada, igualmente. Beijo. -e desliguei.
_ Liberada?
_ Ér... digamos que sim. -dei de ombros, despreocupada. Lembrando que algum tempo atrás meus pais não tratavam com normalidade eu dormir na casa do Leo.- Daqui a pouco meu pai manda mensagem.
_ Ciumento pra caralho, puta que pariu.
_ Ele fala que é cuidado.
_ Sei bem. O mesmo cuidado que eu tenho com a Analu e a Ceci, e olha que são pequenas...
_ Eu sei, também tenho esse cuidado com as minhas irmãs e mais ainda com o Arthur.
_ Seu irmão é tão de boa.
_ Mas as periguetes não saem de cima, o que tem de números não salvos no Whatsapp dele... tem que ver.
_ Meu cunhado, porra. -revirei os olhos.
_ Vou comemorar quando a Ceci arrumar um namorado.
_ Ele vai ter que ser muito homem pra namorar minha irmã. 
_ Machão.
_ Eu sou. 
_ Eu sei que é, lembro bem da barata que apareceu no banheiro do meu quarto. -ri.- Tá todo mundo na sua casa?
_ Meu pai estava acordado, mas porque a Cecília não quer saber de dormir. Já tomou banho, jantou, brincou de boneca, assistiu comigo e nada. -disse dirigindo.- Mas minha mãe já dormiu faz é tempo.


  Seguimos para a casa dele, o caminho não foi demorado, logo entramos no condomínio e coisa de 20 minutos depois estávamos estacionando o carro. Soltei o cinto e desci, abri a porta de trás e peguei minha mochila jogando sobre o ombro. Esperei ele travar o veículo, ligar o alarme e entramos.

_ Cecília! -chamei e ela veio correndo para o meu colo.
_ Oi Mel. -sorria.- Você vai dormir aqui?
_ Eu vou, você vai dormir comigo?
_ Aham. -respondeu tirando o cabelo do rosto.- Leo!
_ Nada ainda pai? -perguntou pro meu sogro, fechando a porta e deixando as chaves no móvel do sofá.
_ Nada, vou deixar pra vocês. Boa noite Melissa, boa noite filhão.
_ Boa noite sogro. -deixei minha mochila em cima do sofá e sentei com a Ceci.- É verdade que você não quer dormir?
_ Não tô com sono.
_ Mas você tem aula amanhã... precisa descansar pra você acordar cedinho amanhã.
_ Mas eu não queria ir pra escola, quero ficar brincando. -jogou a cabeça pra trás, rindo. Leonardo olhou nós duas e entrou pra cozinha.- Joga comigo?
_ Depois a gente vai dormir?
_ Não vamos pintar a unha?


  Resumindo, nós duas jogamos três partidas de UNO da Barbie, pintamos as unhas e nos deitamos, conversei com ela e depois me calei e ela pegou no solo. Ajeitei a bonita na cama e fui para o quarto dele que estava deitado de cueca vendo TV, subi devagar e deitei em cima dele.

_ Ela dormiu? 
_ Uhuum... -respondi beijando-o, sentando por cima dele.- Até pintei as unhas de novo.
_ Não vai tirar essa roupa não?
_ Vou pegar uma camiseta sua. -levantei da cama e troquei de roupa, voltei a me deitar e antes de fazermos qualquer coisa eu dormi. Estava cansada, com muito sono.










~.~
   SCRR! São três anos depois e deu pra ver um pouca da mudança aí, não é? Melissa e Leo tiveram uma puta perda, mas superaram isso focando nos estudos e tendo um ao outro. Arthur está no ensino médio, Maria Luísa entrando na adolescência e nosso casal se adaptando a tudo isso mais uma vez. Eu quero é mais! Haha ❤

6 comentários:

  1. Capítulo maravilhoso como sempre!!❤

    Ansiosa pelo que vai acontecer já que 3 anos se passaram, agora e a vez da Maria Luiza dar trabalho para o Luan...😂😂

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    1. Ansiosa estou eu para escrever mais sobre a fase de adolescência dos babys Santana. rs

      Melissa está tranquila, mas Arthur e Maria Luísa estão vindo aí hein. Haha

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  2. eu Gosto das suas fanfics pq elas "fogem" do roteiro não é aquela historia padrão, se apaixonam engravida antes do casamento ou depois e a historia acaba ali, não vc vai muita mais alem, é muito legal dar continuidade depois q eles casam e tem filhos, vc esta de parabéns
    continuaaa a Maria luiza vai dar é trabalho!!

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    1. Que bom, sério mesmo, fico feliz com isso! Acho top as fanfics que acabam indo além do casamento, além da gravidez e além do "felizes para sempre". Sei lá, eu curto e fico feliz que tenha dado certo não é? rs. Bj, bora ler o próximo.

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