Narrado por Luan
Ficamos em casa com as crianças o dia todo, Fernanda subiu com eles para dar um banho e voltamos a sala de jantar para comer antes de irmos dormir.
_ Papai, por que você não vai dormir? -Helena perguntou enquanto Fernanda esperava por ela na escada, junto com Bernardo que dormia no colo da madrinha.
_ Vou esperar a Mê chegar da faculdade.
_ Deixa eu ficar também?
_ Nada disso mocinha, dá boa noite pro papai.
_ Boa noite, papai. -dei um beijo em seu rosto e ela foi com a mãe.
Fernanda demorou um pouco para descer e quando o fez já estava de banho tomado e pijama, cabelos presos em um coque malfeito e toda cheirosa.
_ Por que não me chamou pra tomar um banho com você, amor? -perguntei dando um cheiro em seu pescoço.
_ Sei bem o banho que você queria tomar (selinho). Helena dormiu abraçadinha com o Bê, tinha que ver.
_ Esses dois são um grude que só.
_ Eu acho tão lindo, amigos desde pequenos.
_ Todo mundo tem amor.
_ Eu tive, mas não mantivemos mais contato. -deu de ombros e foi se aninhando no meu colo, começamos a nos beijar e não nos preocupamos com a hora. Namoramos bastante, trocamos carícias e nada da Melissa chegar.- O que foi? -perguntou mordendo minha boca.
_ Melissa que não chega e está tarde. -falei olhando o relógio que estava em meu pulso.
_ Ela sai tarde mesmo, mas sempre vem com o Leo.
_ Eu sei, mas mesmo assim... -ela voltou a me beijar e o seu celular começou a tocar.- É ela amor, deixa eu atender. -e assim fez, as duas trocaram poucas palavras e desligaram.-
_ Vai me avisar o que?
_ Ela não vem pra cá hoje, tá? Foi pra casa do Leo.
_ Tá brincando, né?
_ Amor, Melissa é uma mulher adulta.
_ Pra mim isso é indiferente, nem é final de semana... amanhã ela trabalha Fernanda.
_ Ô amorzinho deixa a menina transar em paz.
_ Se dependesse de mim nenhuma das minhas filhas saberiam o que é sexo.
_ Drama. -disse revirando os olhos.
_ Tudo pra você é drama, Fernanda. Tudo é caretisse... tudo.
_ Luan, você e eu sabemos que ela transa. Acha que ela foi pra casa do namorado fazer o que lá? Brincar de casinha com a Cecília? Eu hein, amor.
_ Não precisa ficar repetindo, eu sei que ela não é mais... não é mais virgem, Fernanda.
_ Então desfaz essa cara, para de fazer bico e juntar as sobrancelhas pra mim.
_ Vou ao banheiro. -tirei sua cabeça do meu colo e levantei do sofá indo realmente ao banheiro. Na volta passei pela cozinha para tomar água, apaguei as luzes e quando cheguei na sala Fernanda não estava mais no sofá.
_ Vamos subir? Tô com sono.
_ Fechou aqui? -perguntei e da escada mesmo, de costas pra mim ela respondeu que sim.- Não me esperar, é?
_ Tô te esperando, amor. Vamos logo. -subimos e antes de irmos para o nosso quarto Fernanda passou no das crianças para ver se estava tudo bem e fomos.- Sabe o que eu estava pensando aqui?
_ O que?
_ Na sua última folga, Luan.
_ Viajamos para Ubatuba ué.
_ Viajamos eu, você e as meninas. Melissa não foi por causa da faculdade e Arthur por causa do TCC.
_ Tá, e ai? -quis dar risada e ela séria, parou perto da cama de braços cruzados e continuou me encarando.
_ E aí, que uma amiga dele ia vir pra cá.
_ O que tem demais nisso, Fernanda? -segurei mais ainda a risada, tentei manter a pose de sério.
_ E ficaram no quarto? Dentro do banheiro, é?
_ Eu que sei.
_ Luan, Luan... me fala a verdade, anda.
_ Não tem verdade nenhuma. -desviei meu olhar do dela.
_ Eu achei uma calcinha de renda branca debaixo do colchão dele, eu não tô louca.
_ Você é foda, foi olhar debaixo da cama dele?
_ Helena estava brincando de esconde-esconde e o quarto dele estava aberto e ela se escondeu por lá.
_ Caralho, viu.
_ Então você sabia? Sabia e não me contou nada? É isso?
_ Ele me pediu.
_ Você me enrolou pro seu filho transar com uma estranha dentro de casa? Luan!
_ Eu não enrolei ninguém, eu nem sabia.
_ Ah não né? Pois amanhã eu vou perguntar pra ele.
_ Deixa de ser exagerada, Fernanda. -falei tirando minha camisa e jogando em cima da poltrona.- Por que cê tá me olhando com essa cara?
_ Você me traiu.
_ Eu o que? Tá maluca?
_ Você acobertou o seu filho, escondeu de mim uma coisa séria...
_ A menina nem era mais virgem.
_ Então você conhece? -cruzou os braços.
_ Amor, não me complica.
_ Não te complica? -perguntou séria, me empurrou em cima da cama e foi para o banheiro. Tirei os chinelos, a bermuda e deitei na cama, pegando o celular.- Eu tô muito chateada com você. -falou ao sair do banheiro, depois de um tempo.- Não faz essa cara de idiota, você mentiu pra mim.
_ Parou, tá? Arthur já é um homem.
_ Um homem, um homem. -repetiu me imitando, com desdém.- Bem do irresponsável, onde já se viu.
_ Queria entender o seu surto sem motivos. Já que não tem nada demais a Melissa dormir na casa do namorado, por que teria problemas do Arthur trazer alguém aqui? Não é?
_ Minha filha namora.
_ E ele não quer se prender a ninguém.
_ E minha casa virou motel agora?
_ Fernanda... -passei as mais pelo rosto.
_ Eu não sei nem porque eu tô falando com você. -disse toda grossa, mas não deu cinco segundos continuou falando.- Eu confiei em você pra isso?
_ Ah minha nossa senhora!
_ Agora é "ah minha nossa senhora", só porque o Arthur é um homem. Machista. -me arremessou um travesseiro. Ela estava nervosa e nervosa sem motivo nenhum.- Para de me olhar com essa cara.
_ Que cara, Fernanda?
_ Deboche. Eu te conheço.
_ Amor, para com isso. -falei me levantando da cama e indo até ela com calma.- Olha pra mim. -virei seu rosto.- Não fica brava comigo, eu só quis ajudar.
_ Cedendo a nossa casa pra servir de suíte de motel?
_ Ele usou o quarto dele, relaxa. -dei um selinho nela que mordeu minha boca.- Fernanda, isso dói porra!
_ Não grita comigo!
_ Desculpa amor, mas não me morde.
_ Eu ainda não esqueci o que você fez.-disse me empurrando outra vez e indo para a cama, deitou de costas pra mim e pegou o celular.
_ Não dormir abraçadinha comigo não, vida?
_ Não quero, sai daqui.
_ Tá bom, você que sabe. -apaguei as luzes e me deitei também. Passados alguns minutos cheguei mais perto dela e passei a mão por sua coxa descoberta.
_ Para com isso.
_ Não dormiu ainda, vida?
_ Não tô com sono.
_ Sabe que eu também não? -mordi a ponta de sua orelha e ela ficou inquieta, toda arrepiada.- O que acha de... -nem terminei a frase e ela pegou no meu pinto e agarrou firme.- Sem nem um carinho antes?
_ Para de mexer comigo, Luan.
_ Pode apertar mais, eu gosto. -mordi sua orelha outra vez e ela grunhiu.- Safada.
_ Para de me atiçar, Luan. Não brinca com fogo.
_ Pode tacar fogo que eu apago todo esse incêndio.
_ Que cachorro você, amor. Mas sabe que eu gosto? -virou de frente pra mim e demos aquele beijo que estava faltando, com pressa, desajeitado de início e pra lá de excitante. Eu já estava realmente muito excitado e descendo seus beijos até cair de boca e me chupar com vontade.
_ Porra, Fernanda. -contrai o quadril bombando com força naquela boca gostosa.- Agora sim. -segurei em seus cabelos e fechando os olhos. Fernanda realmente estava cheia de fogo, fogo esse que nos fez dormir era mais de quatro horas da manhã e exaustos.
_ Papai, abre aqui! -escutei batidas na porta e Helena chamar por mim, mas estava com preguiça de levantar e ainda estávamos sem roupas.- Papai!? O Bernardo tá chorando, papai! Ele quer a dinda Isa. -cutuquei a Nanda e pedi para ela deitar mais para o lado, levantei e vesti uma cueca, bermuda e fui abrir a porta.
_ Tá cedo, sabia?
_ Tá de dia papai. -ela estava toda descabelada, de chupeta e descalça.
_ Cadê o chorão?
_ No quarto, papai. -fomos para o quarto e Bernardo estava chorando que queria a mamãe, o peguei no colo e acalmei o pequeno.
_ Não quer dormir no padrinho mais?
_ A mamãe! -apontava para a porta.
_ Daqui a pouco ela está aqui, bora tomar um banho e ficar cheirosão pra ela? -Fernanda fazia isso e funcionava, aprendi com ela. Dei um banho nos dois e foi bem divertido, Bernardo saiu do banheiro querendo brincar de bola.- Agora tem que comer rapaiz.
_ Papai, eu tô com fome.
_ Vamos descer, a Maria já chegou com o pão.
Meu dia começou bem cedo. Os dois tomaram café, assistiram desenho e foram brincar e eu participei da brincadeira que parecia não acabar nunca.
_ Padrinho você é o monstro da galáxia. -Bernardo dizia pegando sua espada do Star Wars e me batendo com aquilo.
_ Bernardo, não pode! A mamãe não deixa brinca de bater no amiguinho.
_ Desculpa padrinho, vamos brinca de... de...
_ Daquele papai, vivo vivo. -comecei a rir.
_ É vivo-morto Nena. Bora lá, morto. -ela abaixou e ele ficou olhando nós dois, deixei Helena explicar como funcionava e voltamos a brincar.
Narrado por Fernanda
Acordei tarde no outro dia e cheia de preguiça. Luan não estava mais na cama e de acordo com a hora do celular, eram mais de 10h30 da manhã. Levantei e segui para um banho demorado, relaxante e mais que refrescante. Saí secando o corpo, cheguei no closet e através do espelho vi algumas das marcas que meu amado marido me deixou na noite anterior.
_ Mãe, a senhora vai sair hoje? -Arthur foi entrando no quarto e logo estava na porta do closet. O encarei, bem séria e ele olhou pra trás.- O que foi?
_ Não vou sair hoje não. Seu tio vem pra cá.
_ Tio Rober?
_ É. -e abri as portas para pegar o que vestir.
_ A senhora tá estranha. Brigou com o meu pai?
_ Pior. Meu marido me traiu.
_ Não, para mãe. Meu pai jamais faria uma coisa dessas com a senhora, nunca.
_ Ah não, é? Nem se você pedisse?
_ Tá doida, mãe? Eu pedir pro meu pai... é pedir pra ele... ah mãe, a senhora...
_ Quem é ela? Anda.
_ Mãe eu posso explicar.
_ Ah, então é verdade?
_ Eu não menti.
_ Mentiu, mentiu ainda trouxe essa fulana que eu não conheço pra dentro da minha casa.
_ Estamos ficando tem um tempo já, aconteceu mãe, eu juro.
_ Não fala comigo Arthur, estou decepcionada.
_ Ah minha nossa senhora, por que?
_ Meu filho... você colocou a sua mãe e suas irmãs pra fora de casa, mentiu que ia fazer trabalho de escola e ainda transou com ela na sua cama.
_ Nem foi na cama. -arregalei os olhos e ele começou a rir, rir mesmo, Arthur estava gargalhando e eu séria.
_ Arthur Santana.
_ Deixa eu explicar...
_ Eu sei como se faz sexo.
_ Tô ligado, mãe. Mas íamos fazer o trabalho mesmo, é que teve uma hora que ficamos ociosos e rolou na sala mesmo... fomos para o meu quarto, mas foi em pé, não usamos minha cama.
_ Aí meu deus, eu não tô ouvindo isso. -ele ficou parado, me olhando.- Filho!
_ Eu tô errado, me desculpa mãe. -veio e me abraçou forte, nem ligando que eu estava só de toalha.- Não faço mais isso.
_ Duvido que não, Arthur. Eu já tive sua idade meu filho, e sei bem esse "não faço mais isso".
_ Ela é legal, a senhora vai gostar dela.
_ Não vou, ela não presta.
_ A senhora nem conhece.
_ E não quero, quero ela bem longe da minha porta.
_ Como quiser minha gata, a casa é sua. -beijou meu rosto.- Mas eu posso ir na casa dela, né? -dei um tapa ardido em seu braço.- Doeu, mãe.
_ É pra doer mesmo, engraçadinho.
_ Me empresta o carro?
_ Não. Você não tem carta.
_ Mas meu pai me ensinou a dirigir.
_ Não interessa, e se você é parado na rua?
_ Ah mãe, por favor?
_ Não e não.
_ Vou como então?
_ Pede pro seu amiguinho Luan te levar.
_ A senhora é fogo. -riu.- É aqui perto... deixa, mãe?
_ Arthur eu não vou dar as chaves do meu carro pra você.
_ Não confia em mim? Seu único filho homem?
_ Arthur, tchau. Quero me trocar.
_ E?
_ E, tchau. -o empurrei para fora do closet, fechei a porta e me troquei rapidamente. Quando desci Luan ainda brincava com as crianças, nem me viu entrar e sair do quarto de brinquedos. Cheguei na cozinha e cumprimentei a Maria, sentei com as minhas outras duas crianças e tomamos café.- Maria Luísa, não foi pra escola por que?
_ Eu acordei no horário, mas não tinha ninguém pra me levar.
_ Seu pai estava aí, sua cara de pau.
_ Ele falou que eu podia ficar em casa. -deu de ombros, ri.
_ Maria Luísa, tô de olho viu.
_ Tô tranquila. Já o Arthur...
_ O que tem seu irmão?
_ Fala pra mãe Arthur, que você tem uma namorada e que sua festinha de hoje é na casa dela. -ela falava cheia de ironia e ele querendo matar a irmã com o olhar.
_ Não era na casa de um amigo, Arthur?
_ Não, é aniversário de uma amiga, irmã da menina que eu fiquei, ela não é minha namorada. -Arthur respondeu revirando os olhos.
_ Mentiroso, mãe ele tá mentindo pra senhora. Ela me chama de cunhada e eu vou falar, não gosto dela.
_ Quem é essa menina, Arthur?
_ Já falei pra senhora. -voltou a comer.
_ Arthur, tô de olho hein.
_ É essa menina mãe, ela é fofoqueira demais.
_ A senhora sabe que eu falo a verdade. -e começou a rir, todos nós rimos.- Até você, Maria?
_ Pra você ver minha filha (risos).
_ Mamãe, eu quero água!
_ É bom dia que fala, não é?
_ Bom dia mamãe, e Malu e Art.
_ Bom dia. -responderam os dois maiores. Levantei e peguei um pouco de água pra ela, esperei que tomasse e devolvi o copo na pia.
Depois de tomarmos café, Maria e eu fomos ver o que teria de almoço. Após decidirmos eu segui para o escritório e trabalhei por algumas horas, liguei para a Melissa e perguntei como ela estava e como estava o trabalho, conversamos por alguns minutos e logo desligamos.
Isadora ligou e disse que viria durante a tarde buscar o Bernardo junto com o Rober, aproveitei e falei para ficarem pro jantar. Em seguida liguei pra Bruna e meus sogros fazendo o mesmo convite e foi confirmado para às 20h.
O dia graças a Deus foi bem divertido, Luan cansou demais as crianças e no final da tarde os dois estavam exaustos, dei um banho caprichado neles, vesti uma roupa fresquinha e confortável e os coloquei para assistir filme na sala enquanto Luan tomava um banho e eu terminava de ajudar Maria colocar a mesa para o nosso jantar.
_ Mãe uns amigos meus vem pra cá, tá bom?
_ Vocês vão daqui pra festa?
_ Sim, meu pai disse que leva a gente.
_ E busca, né.
_ Mas a senhora sabe que vai a noite toda, não sabe?
_ Eu tô de olho em você, Arthur.
_ Pode ficar. -ria.
_ Cara de pau... vocês vão ficar para o jantar?
_ Eu sim, eles vão chegar por volta das 22h.
_ Tudo bem.
_ Te amo. -beijou meu rosto e saiu correndo.
_ Mãe! Minha tia chegou. -Malu anunciou.
_ Chegou cedo hoje? -brinquei.
_ Estava morrendo de saudades do meu pequeno, Fê. -dizia Isa ao vir me abraçar.
_ Eu imagino, Isa. E pode ter certeza que ele também está cheio de saudades, Luan disse que ele acordou chorando hoje.
_ Judiação com o bichinho.
_ Cadê meu cunhado?
_ Estava estacionando, entrei na frente dele. E aí, como você está?
_ Muito bem e a senhorita?
_ Ótima, estava precisando ficar a sós com o maridão.
_ Ousada (risos). Mas é gostoso mesmo, uma delícia.
_ E como menina... -ela acabou me ajudando terminar a mesa e voltamos para a sala, cumprimentei Roberval e nos acomodamos no sofá. Logo chegaram meus cunhados e sogros, Luan abriu um vinho e tomamos algumas taças antes de servirmos o jantar.
_ Nossa onde meu menino vai cheiroso desse jeito? -Mari perguntou dando um cheiro no neto.
_ Oi vó, vou numa festa com uns amigos. -respondeu beijando o rosto dela, dando aquele abraço apertado. Arthur cumprimentou também os outros presentes e se sentou à mesa.
_ Muito baladeiro esse menino. -meu sogro brincou e nós demos risada, nos servimos e começamos a comer. Enquanto rolava o jantar falamos sobre as festas de fim de ano, o último show do ano e chegamos a comentar sobre as férias de janeiro, mas ainda não tínhamos destino certo.
_ Ai, Maragogi é lindo. Poderíamos ir pra lá, ficar uns dias naquele lugar maravilhoso. -Bruna deu a ideia.
_ Luan queria ir pra fora, Caribe.
_ Caribe, Pi? Outra vez?
_ Lá é daora, amo aquele lugar.
_ Sabemos. -falei rindo.- Perdi as contas de quantas vezes fomos pro Caribe nas suas férias.
_ Não exagera, amor. Nem foram tantas vai.
_ Até a Nena já foi pro Caribe, amor.
_ Tudo bem, tudo bem. Deixo vocês escolherem.
_ Não sendo frio eu topo. -Rafa, marido da Bruna disse.
_ Olha o interfone, Arthur.
_ Tô comendo, mãe... -fez bico.
_ Vai lá Malu? -pedi e ela foi, demorou um tempão e quando eu fui dar uma olhada Maria Luísa estava no maior papo com a irmã de um dos meninos.- Oi, boa noite meninos.
_ Boa noite. -responderam em coro.
_ Mãe, essa é a Clarisse. Amiga, essa é minha mãe.
_ Tudo bem, Clarisse? Prazer, Fernanda.
_ Nossa, nem parece que você é mãe da Malu. Você é bem nova. -respondeu mascando chiclete.
_ Comecei cedo (risos). Podem sentar, fiquem a vontade. Aceitam um suco? Uma água?
_ Não, obrigado. -respondiam enquanto se acomodavam.
_ A Malu bem que poderia ir com o Arthur, né?
_ Maria Luísa é nova pra ficar indo nessas festas adultas.
_ Tenho a idade dela, só estou indo porque minha mãe só deixou meu irmão ir com a condição de ele me levar.
_ Ainda bem que minha mãe não é assim. -Arthur falou beijando meu rosto, ri.- Fala aí cara. -saiu cumprimentando os amigos.- Tudo bem, Clarisse?
_ Tranquilo. -piscou, piscou para o meu filho.
_ Bom, se me dão licença. -e voltei para a sala de jantar onde ainda estavam os outros, Luan me olhou e eu não falei nada. Terminamos de comer, ainda fizemos uma horinha sentados e depois fomos para a sala outra vez. Luan já foi pegando as chaves e chamando Arthur para saírem, Rober foi junto.
_ Arthur já está namorando, cunha? -Bruna perguntou.
_ Diz ele que não, mas a Malu tem uma cunhada na escola.
_ É verdade, ela me chama de cunhada (risos). Ela tem 16 também.
_ Laura trocou de namorado. -Bruna comentou e vi meu cunhado fazer careta.- Levou ele em casa, almoçamos juntos e tudo, parece ser um bom rapaz.
_ Eu não gostei dele, nem o Lucas.
_ Ciúmes. -falei rindo.
_ Rafael me mata de vergonha, gente. O menino chegou em casa com a Laura e ele fez o Lucas perguntar do ex-namorado da menina (risos).
_ Laura ficou vermelha, queria me matar.
_ E com razão, meu pai viaja madrinha. Ainda falou que era um sogro muito sério, que não gostava de muita brincadeira, que eu não podia sair de dia da semana e tinha horário pra chegar no fim de semana.
_ Ô cunhado, me ajuda né? -brinquei.
_ E ele concordando com tudo, quero ver até onde vai. -Rafael voltou a dizer.
_ Pai. -Laura cobriu o rosto com as mãos nos fazendo rir.
_ Felicidades minha princesa. -falei.
Narrado por Melissa
Leo foi me deixar em casa e bagunça estava armada, juntou com os meus tios, meu avô e meu pai e foi longe. Eu fui deitar e eles ficaram lá embaixo na sala.
_ Loira, vai dormir já? -entrou no quarto e me pegou trocando de roupa, estava terminando de vestir a blusa do pijama.
_ Tô com sono, loirão. Você vai ficar aqui?
_ Acho que não hein, nem falei com a véia.
_ Não fala assim amor... liga pra ela, fala que você vai ficar comigo.
_ Agarradinho? -me abraçou por trás e eu deitei a cabeça no peito dele, fechando os olhos.
_ É. Bem agarradinhos. -respondi sorrindo.- Tô indo deitar.
_ Daqui a pouco eu subo. -nos beijamos e ele saiu do quarto apagando as luzes. Peguei o celular e mandei mensagem no grupo das cabritas da minha vida.
_ Morram de inveja, vou dormir com o meu namorado hoje. -gravei o áudio e enviei, dei risada com a resposta de imediato.
_ Nossa, vai se ferrar Melissa! Tô indo embora da faculdade agora, puta merda. -Nayara mandou "brava".
_ Meu Bruninho está longe, amiga. Maldade isso. -Taci mandou mais tranquila, serena.
_ Desculpa, eu posso... vocês não. -ficamos nessa de áudios que nem notei a hora passar, tirei a atenção do celular quando o Leo abriu a porta devagarinho e acendeu a luz.
_ Tá acordada ainda, loira?
_ Conversando com as meninas, amor. Deita aqui.
_ Vou tomar banho, já venho. -e foi, fiquei falando com as meninas até ele voltar e tomar minhas amigas de mim.- Vocês falaram demais, estamos ocupados agora. Tchau! -e bloqueou meu celular.
_ Leonardo!
_ Te amo. -mordeu minha boca, mordeu mesmo.- Tá tarde, sabia?
_ Eu sei. -fiquei mexendo nos cabelos dele e dando muitos selinhos naquela boquinha.- Loirão?
_ Hm...
_ Meu irmão já chegou?
_ Ah, caralho... não acredito. -começou a rir.- Não dormiu esperando seu irmão chegar?
_ Ele não é de passar a noite fora de casa, vai saber onde ele se enfiou.
_ Deixa o menino, deixa. -me apertou e ficou me distraindo até eu pegar no sono. Estava dormindo bem, dormindo gostoso, mas meu celular tocou e eu ainda sonolenta atendi.
_ Oi.
_ Mê, sou eu... o Arthur.
_ Art? O que foi?
_ Tem como você vir me buscar? Tô ligando pro pai, mas tá dando desligado.
_ Nem sei onde é... onde você tá?
_ Vou te mandar no whatsapp, você vem mesmo?
_ Eu vou daqui uns minutos eu tô aí. -respondi bocejando e desliguei.- Leo...
_ Hm...
_ Meu irmão ligou, pediu pra eu ir buscar ele... vamos lá?
_ Tá. -respondeu passando a mão no rosto.
_ Então vamos... -levantei acelerada e ele bem tranquilo, levantou, foi ao banheiro e depois pegou os chinelos e esperou trocar de blusa. Descemos de mãos dadas, fomos para o carro dele e esperei Arthur me mandar o endereço, colocamos no GPS e fomos.- Tá com uma carinha linda. -beijei seu rosto.
_ Um sono da porra, puta que pariu. -bocejou.- Você ligou pra ele, né?
_ Não loirão, juro. -ri.- Ele disse que o celular do meu pai estava dando desligado.
_ Sei. -dizia manobrando o carro, ele dirigia bem até com sono. Foi o caminho todo falando comigo para não cochilar e logo entramos no condomínio da tal amiga.- Vou ficar por aqui hein. -falou quando estacionamos em frente a casa.
_ Você que sabe bobão. -peguei o celular e liguei pro meu irmão.- Art?
_ Chegou?
_ Cheguei, tô aqui fora.
_ Tô saindo. -falou antes de desligar, fiquei olhando o movimento enquanto isso.
_ Aquela ali sou eu na vida, aí gente. -a menina estava encostada no capô do carro, no celular.
_ Sei bem o celular que você fica na mão. -bateu na minha coxa, olhei rindo e nos beijamos, beijo gostoso demais.- Olha seu irmão. -olhamos para o lado e ele se despedia de uma fulana aos beijos, beijos. Ele estava beijando, beijando uma estranha.- Faz bico não, deixa o cara. -falou me tirando dos pensamentos.
_ Quem era aquela Arthur? -perguntei assim que ele entrou no carro limpando a boca.
_ (risos) Uma amiga. -respondeu rindo, tocando a mão do Leo.
_ Amiga o caramba que é amiga. -virei para frente e cruzei os braços.- Vai Leo, vamos embora.
_ Não tô acreditando que você tá com ciúmes do seu irmão, mano.
_ O irmão é de quem?
_ Ela é igual minha mãe, loucas. -apertou minhas bochechas, rindo.
_ Ha, somos loucas? Ela vai saber disso também viu.
_ Outra fofoqueira (risos)?
_ Deveria ter deixado você ir de a pé pra casa, besta.
_ Você me ama, não ia deixar.
_ Me acordou pra vir te buscar, nem pediu.
_ Você mente, Leonardo. Fui super fofa.
_ Ah, eu imagino. -meu irmão zuou e foi assim até chegarmos em casa. Entramos que meus pais nem viram, antes de voltar para o quarto passei na cozinha pra tomar água com o mozão e fomos dormir em seguida.
~.~
Ê família doida, louca, mas feliz. Estou amando, rs. ❤ Quero mais, Arthur está de namorico com quem hein? E a Malu na matinê? Eita, que o trem ferve!
👏👏👏👏👏
ResponderExcluirQuerooo maaiss 😍
Muito bom, sério
Uma das melhores fic's que já li
Você não pode parar nunquinha 👏👏
#viciada 😆😆
Não fala assim que eu acredito hein rs
ExcluirBora ler o próximo mulher!
Porque está demorando tanto para postar?
ResponderExcluirDesculpa a demora, mas tive um final de semana corrido e só dei conta de terminar o capítulo hoje. Bora ler?
ExcluirIhulllll
ResponderExcluirConsegui acompanhar
Quero só ver Malu Nessa Matinê
E esse Art tá um safadinho
Aeeeee!
ExcluirMaluzinha tá que tá, Arthur então nem se fala!