Narrado por Melissa
O baile de máscaras teria sido bem melhor sem que Felipe estivesse presente, quase deu merda. Mas até que meu pai foi bem, continuou pleníssimo que nem a minha mãe percebeu a veia dele saltando de estresse e ainda ficou toda derretida com um beijão na boca.
Voltamos no carro comentando sobre o acontecido e a Malu que me perdoe, mas eu conversei sim com a Julia e ela me pareceu ser gente boa. Dei de ombros, pensando sozinha. Leonardo olhou franzindo a testa e eu mandei ele voltar a prestar atenção no caminho.
Assim que chegamos, me despedi dele e subi com a Julia. Mostrei a ela meu quarto, dei a ela um pijama e falei onde ficavam as toalhas limpas.
_ Dorme no meu quarto hoje?
_ Tá louco, Art? Minha mãe me mata.
_ Ela vai dormir, nem vai ver.
_ Maninho, não vai rolar. Eu e você sabemos que daria merda... vai lá, bom descanso.
_ Falou, tchau. -e saiu. Fechei a porta e tirei o vestido, os saltos e vesti uma camiseta velha do meu pai que estava jogada em cima da minha cama. Sentei na cama e enquanto a menina tomava banho fiquei no celular fofocando sobre a festa com as minhas amigas, mas quando ela saiu lhe fiz companhia até pegarmos no sono.
Domingo, acordamos tarde.
Aproveitei que não faria nada pra tirar a maquiagem toda da noite anterior, tomar aquele banho e lavar os cabelos sem pressa. Quando sai enrolada na toalha e descalça, dei de cara com o meu irmão deitada na minha cama e aos beijos com a Julia.
_ Isso, pra minha mãe dar o show da Maria Betânia. Art, me ajuda né? -ele riu.- Oi Julia.
_ Oi. -disse tímida.
_ Preciso me trocar, tchau Arthur.
_ Sou seu irmão, não vou nem olhar que você tá aqui.
_ Eu disse tchau, vaza. -ele enrolou, mas saiu e eu pude me vestir em paz.- Seu celular estava tocando hoje cedo.
_ Era minha irmã, queria saber se estava tudo e perguntando porque eu não voltei pra casa.
_ Sua mãe não sabia que você ia dormir aqui em casa?
_ Meus pais sim, minha irmã não. -riu.
_ Ah tá, entendi. -disse pegando o secador e ligando na tomada embaixo da penteadeira.
_ Melissa! Melissa! -escutei Malu me gritar.
_ Diga.
_ Minha mãe tá chamando você e a sem sal pra comer.
_ Maria Luísa! -a repreendi.
_ Já fiz minha parte, tchau. -e saiu, olhei toda sem graça e a Julia rindo.
_ Sem sal. -negou com a cabeça.- Ela é criativa.
_ Tá na idade. Quer trocar de roupa?
_ Por favor. -deixei o secador de lado e peguei uma troca para ela vestir, um shorts e um cropped.- Bom, sua bunda é grande... mas acho que serve.
_ Obrigada. -ela encostou a porta e trocou de roupa ali mesmo, disse que ia descer e eu voltei a secar os cabelos.
_ Melissa!
_ Pois não. -respondi separando a última mecha de cabelo.
_ Tô com fome, desce logo.
_ Tô terminando de secar o cabelo, podem comer. -falei e liguei o secador outra vez, não demorei. Guardei as coisas na gaveta e desci.- Bom dia família! -falei beijando o rosto do meu pai e sentando na cadeira que estava vaga entre ele e a Malu.
_ Boa tarde, né? -meu avô falou.- Chegaram bem tarde.
_ Só não fechamos o salão porque meu pai quis vir embora de tudo que é jeito, né pai?
_ Sim (risos).
_ A campainha está tocando. -minha avó disse.
_ É meu cunhado, eu abro. -e saiu correndo, nem me preocupei, continuei me servindo.
_ Oi, oi, oi gente. -falou chegando na sala de jantar, beijou meu rosto e continuou em pé.- E aí, vamos?
_ Pra onde, tá louco?
_ Eu te mandei mensagem, loira.
_ Mentiroso (risos).
Leonardo puxou uma cadeira e ficou conversando com o pessoal e eu comendo, estava morta de fome. Depois ajudei minha irmã tirar a mesa e voltei para a sala onde meu irmão estava combinando de ir no cinema junto a Julia e meu namorado que super concordou, estava no celular vendo o horário da sessão mais próxima.
_ Cinema? Ninguém pergunta se eu quero ir?
_ Vai ficar em casa? -perguntou levantando a sobrancelha pra mim.
_ Grosso.
_ Melhor que ficar em casa, vamos loira?
_ Eu vou.
_ Posso saber onde? -Maria Luísa chegou sentando no sofá e pondo uma almofada no colo, prestando a atenção no que iríamos responder.
_ Cinema.
_ Hm...
_ Não vai perguntar se ninguém vai te chamar?
_ Não. -franziu a testa.- Por quê?
_ Você tá estranha. -falei e ela negou com a cabeça, rindo e se levantando do sofá.
_ E aí, vamos agora?
_ Tô chamando as meninas, o que acham?
_ Acho que vai ser gente demais, suas amigas são escandalosas.
_ Nada a ver Art, nada a ver. -continuei mandando mensagem para as meninas até que combinamos de nos encontrar no shopping mais tarde.
(...)
_ A namorada do seu irmão tem uma cara de nojenta. -Nayara cochichou quando meu irmão e Julia saíram de perto.
_ Ela é normal, nem chata nem muito legal. Ela é na dela.
_ Fresca. -deduziu ela.- E seus pais?
_ Meu pai está adorando, minha mãe mal olha na cara dela... morre de ciúmes.
_ Só ela? -Tacy perguntou.
_ Eu tenho ciúmes do meu irmão, fico preocupada. Mas também sei que é um pé no saco quando sua família não aceita seu namoro, um saco. -falei lembrando do meu início com o Leonardo.- Minha mãe é assim porque Arthur é o xodó da casa, o único menino. E meu pai está orgulhoso pelo mesmo motivo.
_ E suas irmãs?
_ Helena vai na onda da Malu, e minha irmã não esconde que não gosta dela.
_ Acho que é implicância a toa.
_ Sabe que não Tacy? Maria Luísa não é disso, não... pra ela não ir com a cara de alguém tem alguma coisa.
_ Muito estranho, eu hein.
_ Sim, Nay. Bastante, mas vamos ver.
_ Ver o que garota? Isso aqui é um teste?
_ Que teste, teste nenhum. Mas ela vai viajar com a gente agora no final do ano.
_ Ué, decidiu ir boneca?
_ Não foi bem um decidir, eu vou.
_ Ô tadinha vai passar o natal longe do namoradinho, buá! Buá!
_ Para de ser tonta, menina (risos). Dia 31 ele vai estar comigo em São Miguel dos Milagres.
_ Saudades de quando as prioridades na hora das viagens eram escolher as amigas, agora só Leonardo pra cá, Leo pra lá, meu loirão isso...
_ Tá com ciúmes Nayzinha? Tá bebê? -gargalhei.
_ Não, vocês dois se merecem (risos).
Logo meu namorado estava de volta com os amigos e nossas pipocas e refrigerantes. Eu agradeci e entramos para assistir ao filme de terror. Filme que me deu muitos sustos, que eu chorei de soluçar e arranhei o braço do Leonardo todinho.
_ Quer ir embora, loira? -assenti.- Tá com o nariz vermelho.
_ Estava chorando, né? -limpei o nariz.
_ É só um filme, amor. Quer tomar sorvete?
_ Não, quero ir pra casa dormir. -beijei sua boca.
_ Melissa, vamos jantar? -Tacy me chamou.- No P6.
_ Vamos. -Leonardo me olhou surpreso e eu ri.- Vamos todos?
_ Sim. -e fomos.
Jantamos e comemos a sobremesa também antes de ir para casa. Leo ficou lá comigo deitado na minha cama, mas foi embora no meio da madrugada dizendo que sairia cedo na segunda. Ai eu dormi, né.
Narrado por Fernanda
Viajaríamos no dia 23 e voltaríamos para casa só dia 03 de Janeiro do ano seguinte. Seriam dez dias fora, não tinha como levar pouca coisa na mala ou levar somente uma mala. Digo por mim... Então teria trabalho de sobra e começando desde cedo.
Acordamos e depois de dar banho e o café para a Leninha, trocar a água e colocar mais ração para o Thor, eu os deixei brincando e subi para o meu quarto outra vez. Luan estava dormindo, mas eu não tinha tempo pra isso. Entrei no closet e passei a manhã e minha tarde toda arrumando as roupas que iríamos levar. Tanto minhas quanto dele, aproveitando e fazendo a limpa naquilo que eu não usaria mais também.
Arrumei minhas coisas, as do Luan, dona Helena e Maria Luísa. Arthur estava com a missão de arrumar as dele e eu só iria dar uma olhadinha depois. E Melissa sabia como funcionava, estava com a mala dela pronta.
_ Mamãe, eu quero brincar.
_ Eu tô ocupada, cadê seu pai?
_ Jogando a Malu. -falou toda bicuda.- Não tem ninguém pra brincar comigo.
_ Melissa tá no quarto dela, por que você não vai lá conversar com a sua irmã?
_ Ela tá dormindo mamãe, eu já fui.
_ E o Arthur?
_ Jogando bola com o vovô e o tio Heitor. E a vovó Ana saiu. -disse deitado no chão e fechando os olhos, entediada. Fiquei morrendo de dó, não aguentei e levantei para irmos dar uma volta. Prendi o Thor na coleira e saímos, fomos até o parquinho infantil do condomínio.- Vem mamãe, no balanço. -e saiu correndo, soltei Thor também e soube que me arrependeria quando ele pulou na caixa de areia e ficou rolando de um lado para o outro. Guardei o celular no bolso e me permiti brincar com a minha caçula. Empurrar no balanço, ir na gangorra e esperar no final do escorregador. Ainda tinha um negócio pra ficar girando, a caixa de areia que estava super divertida sem ter brinquedo nenhum.
Ficamos ali em torno de duas horas, voltamos pra casa estava escurecendo e minha filha estava grudando. Sugeri que déssemos banho no cachorro antes de subir e quem tomou um banho fomos nós, de mangueira. Eu estava cansada, mas feliz por ter cansado a Helena.
Pedi para Melissa secar o Thor com a toalha e passar o secador e subi para dar banho na Leninha.
_ Fecha o olho que eu vou tirar o shampoo do seu cabelo.
_ Mamãe eu tô com fome.
_ Daqui a pouco, tá? Primeiro a mamãe vai tomar banho.
_ Tá legal, mamãe.
_ Fernanda?
_ Oi, tô dando banho na Helena. -falei de volta.
_ Piroca ligou, tá chamando a gente pra jantar na casa dela.
_ E que hora vai ser isso, Luan?
_ Daqui umas duas horas. Tô indo tomar banho.
_ Tá bom.
Nossos passeios eram meio em cima da hora, mas eram os mais gostosos. Troquei a Nena e falei pra ela ficar quietinha esperando a gente na sala. Invadi o banheiro enquanto Luan estava lá e tomamos banho juntos, mas sem prolongar muito.
_ Sua irmã está aprontando alguma, certeza.
_ Também tô achando. -riu.- Tá calor hein.
_ Para de gracinha, deixa eu me trocar. -falei fugindo dele que estava querendo me agarrar.- Luan.
_ Um beijo, vem aqui, não foge não. -ele tinha todo um jeito pra ficar com safadeza, era todo carinhoso e ousado. Abraçou minha cintura e segurou firme meus cabelos para me dar aquele beijão, gostoso.- Agora vai lá. -deu um tapa na minha bunda e deixou que eu me vestisse. Coloquei um shorts saia mais folgadinho, blusa ombro a ombro e uma sandália sem salto nenhum. Deixei os cabelos soltos e penteados, coloquei algumas pulseiras e um relógio. Perfume borrifado e estava pronta.
Encontrei-me com os outros na sala, todos prontos, saímos.
A casa da Bru não ficava longe, algumas ruas para cima da casa dos meus sogros. Chegamos em certa de 25 minutos e fomos recebidos com beijos, abraços e lambidas do Tobias.
Estávamos nós de casa, meus pais, meus sogros e os pais e irmãos do Rafael. Era um jantar para reunirmos, apenas. Comer e jogar conversa fora.
_ Amei que vocês vieram, até amanhã né? -riu.- Tchau, vão com Deus e avisem quando chegarem. -pediu ela enquanto estávamos nos despedindo.
_ Amém, eu mando mensagem. -respondi entrando no carro, colocando o sinto e esperando meu marido.
_ Tão quietinhos aí atrás.
_ Dormindo. -falei virando a cabeça, dormiam encostados uns nos outros.- Hoje foi um dia e tanto.
_ Eu vi, Helena chegou outra criança em casa.
_ Toda descabelada, cheia de areia e com o rosto sujo de terra. -ri.- Mas estava feliz.
_ O que importa, não é?
_ Ah sim, ela está entediada. Deitada no chão do closet falando, falando e falando.
_ Eu chamei ela pra jogar. -deu de ombros.
_ Helena gosta de correr, de dançar... e dama só se joga de dois.
_ Ela jogava comigo, uai.
_ Não (risos). Melissa dormindo, Arthur e meu pai jogando... minha mãe tinha saído.
_ E você arrumando malas. -riu.- Nem te ajudei, não é?
_ Novidade. Quando é pra arrumar qualquer coisa você corre.
_ Você sabe que eu não ia ajudar em nada.
_ Sei mesmo, mas não custava a boa vontade né, meu amor...
_ Ano que vem eu prometo mudar nisso.
_ Cara de pau. -ri mordendo sua bochecha.
_ Saímos amanhã de madrugada, tá?
_ Hmmm sério? -fiz careta.
_ Sério.
_ Pelo menos iremos de van, dá pra descansar.
_ Amém. -ele começou a rir sozinho, revirei os olhos rindo também sem nem saber do que se tratava.- Ô amor, o Testa vai ser pai de novo.
_ Luan! E você só me conta isso agora?
_ Ele está desesperado, disse o que o Bernardo está muito novo e que ele vai ficar maluco.
_ Não acredito, amor. Que lindos, a Isa deve estar muito feliz.
_ Feliz até eu estou. -sorriu.- Achei até que demorou, nós tivemos quatro.
_ Fomos bem apressadinhos, isso sim.
_ Ah, eu teria outros dez.
_ Deve ter por aí seu safado.
_ Perdida só tinha a Melissa. -gargalhou.- Mas ainda não é gravidez de risco não né?
_ Ela é saudável, então não... porque tem todo o acompanhamento, né amor.
_ Entendi. Testudo está fodido, ela vai pôr ele doido.
_ Só por estar grávida?
_ Grávidas são temperamentais, cheia de frufrus.
_ Era isso que você pensava de mim seu cachorro, safado!
_ Ah, tinha dia que você acordada toda seca... ai tomava um banho, comia bem no café da manhã e era a esposa mais amorosa do mundo. Ia pra empresa e me ligava chorando, chorando que estava com saudades e eu ia atrás de você... quando chegava você ficava "Luan eu entendo seu trabalho, você tinha que entender o meu também" e voltava pra casa brigada comigo.
_ Tá me chamando de bipolar, então?
_ Sim, mas a bipolar mais linda de toda a minha vida (risos).
Chegamos em casa e pra descer do carro foi um pouco difícil. Arthur levou Helena no colo, Luan subiu levando Maria Luísa e Melissa esperou por mim para subir. Fechei o carro, a porta e apaguei as luzes.
Cada um no seu quarto, Luan deu a ideia de tomarmos uma cerveja e comermos um salaminho antes de deitarmos e como não tínhamos um limite e estávamos em casa tomamos mais de cinco latinhas cada um.
_ Você está bêbada. -assenti.
_ Tô morrendo de calor, já quero ficar pelada. -ri.
_ Eu não iria achar ruim.
_ Eu sei, vamos dar um mergulho?
_ Não... tá tarde...
_ Mas eu não tô com sono. -ri.- Quero namorar, o que você acha? Tá cansadinho pra isso?
_ Tô nada muié, pra namorar nóis nunca tá cansado.
_ Safado. -ele riu.- Sabe o que eu queria?
_ O que?
_ Colocar minha fantasia de mulher gato e te dar uma surra de chicote.
_ Depois da surra vou ganhar o que? -surrei no ouvido dele uma sacanagem daquelas e mordi sua orelha.- Posso terminar minha latinha antes?
_ Porra, Luan. Depois de tudo o que eu falei você ainda quer terminar a latinha? -cruzei os braços.
_ Não, vamos subir.
Praticamente corremos pelas escadas, rindo e receosos de acordarmos nossos filhos. Mas deu tudo certo, entramos no quarto batendo a porta e eu corri para o closet. Tirei a sandália, o shorts saia e blusinha que vestia... sai procurando minha fantasia de mulher gato, mas não estava achando a lingerie.
Improvisei, coloquei uma lingerie fininha e toda preta, a máscara e um salto preto pra entrar na personagem.
_ Oi, cheguei. -falei saindo do closet e encontrando meu marido sentado na cama, mexendo no celular.- Não larga essa merda, puta que pariu.
_ Ô amorzinho, tô falando com a minha irmã.
_ Bruna cunhada preciso dar uma foda, amanhã vocês se falam. -ri.
_ Desliguei já. Agora vem aqui minha gatinha.
_ Miau.
_ Vai dançar pra mim hoje?
_ Faço o que você quiser... -falei me aproximando dele e iniciando nossa madrugada de muitas loucuras e risadas também.
~.~
Eu sou apaixonada por eles, SOCORRO! ❤
Não sei lidar com essa família, muito menos com o "Adeus!" a ela. Quero mais!
Não sei lidar com essa família, muito menos com o "Adeus!" a ela. Quero mais!
Essa família e linda essa fic é maravilhosa so não termina ela tão já não por favor🙏🙏😁...maria implica com julia por que eu acho que ela tá com Arthur por causa dele ser filho do luan por fama só acho kkkk continua por favor não demora eu essa fic
ResponderExcluir*Eu amo esse fic
ResponderExcluirContinua 🙏🙏🙏
ResponderExcluirContinuei Jhuly, corre pra ler. rs
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