Narrado por Luan
(...)
_ Nós já vamos indo viu, juízo vocês aí. -Xumba falou calçando os chinelos e meu pai a lata de cerveja, deram as mãos e foram entrando.
_ Eles são tão lindos juntos. -Laura comentou.- Dá vontade de morder as bochechas deles!
_ Meta de relacionamento. -falei virando mais uma latinha, Fernanda deitou a cabeça no meu peito e continuamos conversando até elas decidirem que também iriam subir e só ficamos Fernanda e eu lá fora.
_ Tá aproveitando a folga, amor?
_ Eu tô vida, aproveitando muito. Feliz também que veio todo mundo quase.
_ Até seu genro novo. -riu.- Acho que eles fazem um belo casal.
_ Você fala isso sempre, disse isso da Melissa.
_ Mas por causa das situações, amor.
_ Hmm... situações?
_ É. Assim, eu antes de me ajeitar na vida passei por poucas e boas. Fracassei nos três primeiros namoros, olha que merda! Três! O primeiro na época de escola, levei um chifre.
_ Que até hoje não me contou o por que?
_ Daqui a pouco, deixa eu contar. Aí fiquei triste, solteira e só vim namorar depois quando estava estagiando na Company perto de terminar a primeira faculdade. Resultado? Outro chifre!
_ Porra, amor. Tava nem passando nas portas de casa.
_ Furando os tetos dos carros... -brincou.- O terceiro foi o maior desastre, reflexo dos outros dois. Eu quem fui safada, traí e ainda apanhei por isso. Não estava nos meus planos namorar uma quarta vez, e vingar esse namoro né?
_ Era comigo né amorzinho?
_ Era, mas acertei na quarta tentativa e mesmo assim ainda tivemos nossos deslizes.
_ Verdade. -ri.- Pior que nem posso falar nada, tive tantas namoradinhas na vida. Confesso que a maioria, colegas da minha irmã. Até chegar na Ester teve um monte, minha nossa senhora.
_ Tá vendo só. Aprontamos muito, e graças à Deus nesse sentido nossos filhos não nos puxaram. -comentava aliviada.- Melissa deu uma escorregada e ainda assim o mais grave foi esconder o namoro.
_ E perder a virgindade com aquele vagabundo, sem vergonha!
_ É, mas depois desse incidente e ela assumir o Leo... não largou mais, tá até noiva.
_ Pra mim ainda é namoro, não ouvi mais falar nesse casamento.
_ Cuida da sua vida, eles disseram que iriam focar nos estudos... pensar nisso mais pro final da faculdade, amor.
_ Vida, na idade deles...
_ Você já era pai. -falou séria e eu ri.- Assanhado.
_ (ri) Se for ver por esse lado, Arthur mirou e acertou direitinho. Fala aí...
_ Hmm... lá vem você rasgar elogios pra ela.
_ Ah, amor! Admite, ela é uma boa garota.
_ O que é ser uma boa garota, Luan?
_ Que não está com nosso filho por interesse como fama ou dinheiro. -ela revirou os olhos, cruzando os braços.- Que não leva ele pro mal caminho, como as drogas. -ela continuou quieta, me deixando falar mais.- Sem contar que ainda faz de tudo para deixar o clima bom entre ele e a família dele, e digo mais... ainda procura ajudar ele na escola. Existe nora melhor? -sorri orgulhoso e me lembrando dela quando estávamos na fase antes e no início de namoro.- É praticamente você comigo e minha família.
Foram poucas as vezes em que deixei Fernanda calada, sem ter o que dizer. Quis comemorar por isso, mas apenas sorri vitorioso.
_ É você tem razão. -concordou quebrando o silêncio.- Apesar do meu ciúme em relação ao meu filho, meu Arthur. -continuou.- Não podemos negar que a Julia é uma boa pessoa e que o ajuda muito, fora o sorriso lindo que ele dar quando está perto dela, todo bobo, todo apaixonado.
_ Isso é, e como somos apaixonados.
_ Apaixonados e amigos. Fico feliz que ele não tenha quebrado a cara como eu disse que iria acontecer.
_ É vida, nossos filhos cresceram. Não são mais aqueles pequenos que faziam birra e tinham ciúme por tudo, tão aí quase casando ou namorando e só ficou a Leninha pra gente matar saudades dessa época, que não é um terço do que os outros 3 eram.
_ Aí amor, Leninha é oposto dos outros irmãos... pelo menos na infância, uma criança adorável, não é manhosa demais... Um pena que tá crescendo rápido demais, quase oito anos.
_ Mas se você quiser a gente providência outro agora -sorri malicioso, deslizando minha mão por sua perna ao encontro de sua virilha.
_ Safado uma vez, safado sempre. -segurou minha mão.- Para com isso...
_ Já vivemos essas aventuras, com a sensação de perigo, proibido...
_ Também não tínhamos filhos adolescentes em casa, que namoram e precisamos dar exemplo. -riu.
_ Porra, tá séria hein.
_ Não amor... -me olhou sorrindo, nos beijamos.- ... eu amo esse seu jeito safado, uma das coisas em que sou apaixonada em você.
_ Aé minha princesa?
_ Uhuum, nosso casamento não tem tempo de esfriar.
_ Sou foda.
_ E além de um maridão, é um pai excepcional e babão. Imagina quando for avô. -riu e eu fiquei pensando nisso, eu avô, que louco tudo isso.- Queria tanto um netinho, amor.
_ Não agora, né? Melissa tá nova, Arthur terminou nem a escola e Maria Luísa ainda é uma criança.
_ Sim, eu quero, mas no tempo certo.
_ Enquanto nós estamos na idade certinha.
_ Já pensou, eu grávida outra vez? Que loucura, não amor.
_ Pega nada, você vai tirar de letra.
_ Ah é sim (risos). Essa madrugada está tão linda, gostosa pra andar na areia... vamos?
_ Agora?
_ É amor, passear um pouquinho. Aproveitar que as crianças estão dormindo.
_ Tá, bora muié.
Nós nos levantamos e fomos dar uma volta pela praia somente com a roupa do corpo, chinelos e mãos dadas. Parecíamos namorados, Fernanda ao seu natural estava perfeita. Cabelos ao vento, risada gostosa e os olhos apaixonados.
Andamos até as pedras e nos sentamos ali, olhamos a Lua, continuamos nosso papo e namoramos também bem gostoso.
Deitamos, quietos e ouvindo as ondas.
_ Vontade de ficar aqui pra sempre. -ela disse deitando a cabeça no meu peito.- Esse lugar é perfeito.
_ Sim, é. -continuei acariciando seus cabelos.
_ Tá afim de ver o nascer do Sol?
Não fazíamos ideia de que horas eram, mas a empolgação falou mais alto e só voltamos pra casa depois que o Sol apontou em meio as nuvens, junto com o mar. Entramos e a sala estava vazia, TV desligada e enquanto subimos para o quarto encontramos minha mãe que nos olhou sorrindo.
_ Isso são horas?
_ Xumba, estávamos vendo o nascer do Sol.
_ Vi daqui da janela mesmo, lindo demais. -sorriu.- Bom dia meus filhos.
_ Bom dia sogra. -beijou seu rosto.
_ Bom dia minha linda, vou dormir um pouco.
_ Descansem, tá cedo mesmo.
Terminamos os degraus, entramos no quarto e nos deitamos com a intenção de dormir, mas não foi bem o que aconteceu de imediato. Nos amamos antes.
Narrado por Melissa
Acordei descansada no domingo, que delícia. Tomei um banho, vesti o biquíni e um shorts por cima. Passei protetor solar, penteei os cabelos e acordei as companheiras de quarto antes de descer.
_ Bom dia família!
_ Bom dia. -responderam meus avós e minha madrinha.
_ Cadê o povo dessa casa? Olha o sol que está lá fora.
_ Dormindo.
_ Af, vou subir e acordar todo mundo. Vó, me empresta uma panela. -minha avó mesmo não concordando muito não se opôs em me arrumar uma panela e uma colher de madeira. Subi as escadas bem linda, entrei no quarto dos meninos e comecei a bagunça. Todos eles acordaram no susto e quiseram me matar, inclusive meu noivo.
_ Palhaça. -ele disse me abraçando com aquele corpo todo suado e cheirando cama, se jogou na cama e me levou junto.- Chega de bater panelas.
_ Tá um sol lindo lá fora e vocês dormindo.
_ Fomos dormir tarde. -me deu um selinho.- Tô querendo dormir de novo.
_ Não, Leo! Daqui a pouco vamos embora e nem aproveitamos o dia.
_ Quero dormir.
_ Fica aí então, dormindo. -me soltei dele e levantei, as meninas estavam da porta querendo saber o que estava acontecendo e eu contei rindo.
_ Deixa eles aí, vamos pra praia. -Laura sugeriu e não pensamos duas vezes.
Antes de irmos tomamos café, pegamos as cadeiras e guarda sol e fomos. A praia estava movimentada, mas não lotada. Nós nos acomodamos um pouco mais distante da casa e do quiosque, como de costume. Ficamos mais próximas as pedras e tendo uma visão melhor da ilha.
_ Quem vem? -Malu perguntou tirando a saída de praia e os chinelos.
_ Eu topo. -Julia fez o mesmo, Laura se animou e eu no embalo também fui.
_ Que delícia! -falei ao submergir.- Nesse calor ainda.
_ Não sei como eles conseguem ficar dentro de casa com um calor desses. -Julia comentou.
_ Idiotas, ficaram no videogame até tarde. Tanta coisa pra fazer.
_ Meninos (risos). Bem que a gente poderia jogar, né?
_ Eu trouxe a bola, está na sacola.
_ Quando voltarmos pra areia então.
Aproveitamos mais a água que estava boa demais da conta, quando voltamos para a areia inventamos de jogar vôlei outra vez. Dividimos as duplas e com os chinelos marcamos nossa "rede".
Um caras saíram da água com pranchas e largaram bem próximos da gente, quando pensa que não outros foram chegando e três deles tiveram a cara de pau de se oferecerem para jogar com a gente. Por mim a resposta seria não, mas minha prima já ficou de olho em um deles e super curtiu a ideia.
Jogamos. Por alguns minutos, quase uma hora. Depois voltamos a nos sentar, compramos água de coco e continuamos ali tranquilas e nem nos demos conta do horário.
_ Tá boa a coisa aqui, né loira? -senti as mãos do Leo nos meus ombros e olhei para cima fazendo bico.- Amigos novos?
_ Colegas. -corrigi e deixei que ele, meu irmão e os meninos se apresentassem.- Não queriam descansar?
_ Não dá, tenho que fazer a guarda. -sentou encaixando as pernas nas minhas, abraçando minha cintura e beijando meu pescoço.
_ Tá calor.
_ Eu sei, tô suando já.
_ Vai um pouquinho só pra trás, vai?
_ Não quero não, quero ficar bem aqui. -ri.
_ Tá com ciúmes, é?
_ O maluco não para de te olhar, não tô gostando não.
_ Bem feito, deveriam ter vindo conosco.
_ Tava gostando né?
_ Eles são legais e ainda surfam, acredita?
_ Babação de ovo hein, cacete.
_ Ciumento.
Nossos meninos chegaram e instantaneamente os outros rapazes foram se afastando, uns voltaram para a água e os outros eu nem vi pra onde foram. Namorei um tempo com o meu noivo, fomos para a água também, mas voltamos pra casa para almoçarmos e subir pra arrumar nossas coisas.
_ Sogrão, chegamos lá e as bonitas cheias de amigos.
_ Bem feito pra vocês, querem dormir a vida toda. -disse minha mãe.- Acho é pouco.
_ Pô sogra, me ajuda né? -riu.
_ E ai Lau? Algum gatinho?
_ Vários, né prima? -Malu contou rindo.- Ruivo inclusive... nossa mãe, era natural. A coisa mais linda.
_ Não mais que eu. -Henrique brincou.
_ A única comportada foi a Julia. -Arthur falou e foi automático eu olhar para a minha mãe e ver ela fazendo careta, ri.
_ O que foi?
_ Minha mãe não muda. -ri deixando-o sem entender.
_ Bora comer, né cambada?
Almoçamos pertinho da piscina e emendamos na sobremesa e ainda tivemos uns minutinhos para um cochilo. Acordei e as meninas já estavam de banho tomado, ajeitando as malas. Optei por arrumar minhas coisas e já deixar uma troca para fora. Fui a última a tomar banho, porque dei banho nas pequenas ainda e descemos cada uma as suas coisas.
_ Vão com Deus e avisem quando chegarem, tá?
_ Sim, mãe. Pode deixar. -falei entrando no carro e batendo a porta.
Estávamos voltando para São Paulo juntos, nos dividimos nos três carros. Leo levaria eu e as pequenas, que iriam na cadeirinha. Meus avós com os João's e minha prima, e o Henrique voltou com a Malu, Arthur e a Ju. Meus pais e minha madrinha iriam dar uma estendida na viagem, o que significaria que estaríamos sozinhos em casa até terça-feira.
Narrado por Luan
Sábado e domingo em casa e com toda a família, incluindo os afilhados, namorada do filho e namorados das filhas, mas essa parte a gente pula (risos). Nos despedimos deles no final da tarde de domingo, fiquei apenas com duas das minhas mulheres e melhores amigas. Minha esposa e minha irmã.
_ Agora que somos nós três vamos fazer o que?
_ Praia! -Fernanda disse em alto e bom tom.- Praia e mais praia! Esse horário não está cheio, sol não está ardido e a água sem dúvidas uma delícia... podemos ir mais pro fundo, né?
_ Disparou, segura Pi. -Bruna riu.
_ Tô animada, apenas. -riu também.- Sugerem algo?
_ Podemos ir para a praia sim, querer levar cerveja?
_ Claro, freezer tá cheio.
_ Exagerado você amor.
_ Aí cunha, anos se passaram, mas ainda fico besta vendo você chamar meu irmão de "amor".
_ Mudei um tiquinho só. -riu.- E ele tem merecido, né amor?
_ É, vida. -nos beijamos.
_ Tô vendo que vou ficar de vela.
_ Vai nada, você é parte desse relacionamento Bubuzinha. -falei bagunçando seus cabelos como sempre.- Bora.
_ Enche o cooler primeiro.
_ Cachaceira.
_ E eu você.
Nem pegamos cadeiras e guarda sol, só as bebidas, celulares e fomos. Ficamos mais próximos da água, deixamos as coisas na areia e fomos dar uma refrescada.
_ Cunha se achando a sereia. -comentava vendo a Nanda mergulhar e submergir.
_ Pensa que é sereia.
_ Corpo e cabelo ela tem. -riu.- Tá calor, Pi. Se molha! -e jogou água em mim, rindo.
_ Engraçadinha você né?
_ Tá calor, você na água... bem sugestivo.
_ Ah é, Bruna? -corri até ela, abracei sua cintura e "caí" na água.- Se molhou Bruninha?
_ Isso, aí mata minha cunhada afogada. -Nanda me empurrou e lá vai eu cair na água outra vez.- Firme igual prego na areia.
_ É. Vai ter volta viu.
_ Vai não, mozão. -fez bico para que eu a beijasse e levou foi água na cara. Brincamos um pouco antes de voltarmos para a areia.
_ Ah, era disso que eu precisava. Olha que lindo. -olhei e sol estava se pondo.- Fazia um tempinho que não vínhamos pra cá em Pi.
_ Tempinho? Nem lembro quando foi a última vez e olha que é tão gostoso. -respondi.
_ Gostoso e renovador. -Fernanda disse olhando na mesma direção.- Foi um ótimo investimento comprar aqui, né amor?
_ Quase apanhei por isso, lembra?
_ Ah, assustei lógico. Você me diz que comprou uma casa no interior de São Paulo, sou louca tenho paranóias.
_ Toda mulher cunhada. -as duas riram e eu concordei com elas.- Mas até que depois de você meu irmão sossegou.
_ Ele que não pensasse em sossegar...
_ Ih cunha, você não sabe o que é homem mulherengo não. Luan já era um sem vergonha antes da fama, tempo de escola, acredita?
_ Pra que voltar nisso agora hein? Tô casado já, vai que a muié quer divorciar depois disso (risos).
_ Isso ele não contou não, onde já se viu. Eu, uma mulher decente... mãe... casada.
_ Dão certinho, que você também não era nenhuma santa. -continuou minha irmã.
_ Até hoje, mas olha que eu melhorei viu. Deus fez foi um milagre aqui minha gente.
_ Amém! -dissemos juntos, rindo depois.- Ô pessoas complicadas eram vocês, minha nossa senhora.
_ Demos trabalho pra você, cupido?
_ Muito (risos).
Com aquelas duas ali o que não faltou foi conversa. Relembramos coisas que minha mente tinha apenas flashes, coisas de antes da minha família pensar em sair de Londrina e soube de coisas de antes da Nanda ir para São Paulo. Sem contar que minha irmã contou umas coisinhas que eu nem imaginava, dos namoradinhos, de ter perdido a virgindade antes do Rafael aparecer na vida dela e mais uma porrada de coisas.
_ Não, não, não. Nada a ver, Pi.
_ Tudo a ver, minha nossa senhora. Pensava que minha irmã era uma anja.
_ Tá vendo, amor. Ela te iludiu também. Laura teve a quem puxar. -Fernanda riu.
_ E a Melissa não? Cunhada do céu, minha sobrinha é você todinha, dava sinais desde pequena.
_ Ah, saindo da maternidade. Ô menininha viu, olha e ficou pior quando cresceu. -falei e ganhei um tapa por isso.- Graças a Deus meus filhos são minha cara, porque tem o gênio igualzinho dela.
_ Mentira, Pi. São ciumentos iguais a você, Maria Luísa então... lembro quando ela aprendeu a falar que reclamava com a mãe que a Nanda te beijava na frente dela.
_ Luan não podia me abraçar que ela chegava a chorar. Como pode né?
_ Só com os pais, acho um absurdo. Lucas e a Laura, os dois quando pequeninhos tinham um ciúmes desse pai deles.
_ A gente carrega nove meses pra que né?
_ Boa pergunta. -riu.- Mas que é uma delícia, é.
_ Delícia é pouco, é uma fase única na vida de um casal...
_ Única mesmo, cada desejo louco. -revirei os olhos.
_ Eu não tinha muitos não, mas comia muita pipoca. Toda hora e só salgada.
_ Fernanda comia até pedra com sal se deixasse.
_ É né?
_ Sim. Af Maria.
_ Você tinha que me entender amor...
Eram duas contra um, eu estava em desvantagem, mas fazer o que né? Voltamos para a casa, tomamos um banho e fomos rodar pela cidade e procurar por um restaurante para jantar. O que não foi difícil, mas era mais uma lanchonete do que restaurante.
_ Hoje que a dieta vai pro saco! -minha irmã comemorou.
_ 41 anos e esse corpo de Barbie, ainda tem coragem de falar que faz dieta. Pra que?
_ Eu como muita besteira, cunha. Até hoje.
_ Fernanda na vida. -falei.
_ Eu tento ir pra academia, voltar a fazer dança... mas o tempo não é mais o mesmo, né? Ou cuido do meu corpo, todo regradinho e tal. Ou acompanho as crianças na escola, por exemplo.
_ Eu vou com a Lau enquanto o Luquinhas está na escola. E em casa o cardápio precisa ser colorido, porque meu amado filho se pudesse viveria só de pão e Toddy.
_ Eu com pães de queijo (risos).
_ Eu como de tudo. -falei dando de ombros, despreocupado.
_ Menos carne moída, né amorzinho.
_ Sim, tudo menos isso.
_ Só na coxinha, o que eu acho estranho, mas ok.
_ Você não toma suco de goiaba até hoje.
_ Mas tomei na gravidez, necessidade.
_ Imagino.
_ Nossos lanches chegando. -a garçonete nos trouxe os lanches e as bebidas, comemos cheios de vontade e partimos para uma barca de açaí em seguida.
Enrolamos um pouco antes de irmos embora, chegamos em casa e subimos para descansar.
(...)
Segunda e terça-feira passaram até que rápidas, mas deu pra aproveitar muito e descansar também. Saímos de Ubatuba depois do almoço, chegamos em São Paulo por volta das 16h, deixamos minha irmã na casa dela e seguimos para a nossa.
Ninguém em casa, tudo arrumado e em absoluto silêncio. Tirei a camisa, o tênis e me joguei no sofá.
_ Já bateu a preguiça, é? -perguntou sentando perto de mim, apoiando o braço na minha barriga.
_ Já, tô vermelho desse sol cara.
_ Tá mesmo, e só de um lado. -riu me beijando.- Tô na lavanderia, tá?
_ Uhuum. -respondi já de olhos fechados.
Fernanda colocou toda roupa suja pra lavar, subiu as poucas que estavam limpas e ainda quando cheguei no quarto minha mala estava aberta em cima da cama e ela no closet separando algumas trocas.
_ Precisa de ajuda, aí?
_ Não, tá sossegado. Mas se quiser me fazer companhia eu não me importo, amor.
_ Essa cueca, vida? Tá velha...
_ Alguém vai te ver com a nova?
_ Lelê. -ri.- Depois de você e minha mãe ela é a mulher que mais me viu sem roupas.
_ Coitada.
_ Privilegiada, isso sim. -dei uma ajudinha e logos terminamos, minha mala ficou no closet mesmo e fomos para a cama.- Escuta só esse silêncio.
_ Raro nessa casa (risos). Depois de amanhã tenho consulta, acredita?
_ Consulta?
_ É, de rotina. Refazer uns exames...
_ Hmm ginecologista? -assenti.- Pode passar comigo, te conheço como ninguém.
_ Eu sei, amor. -riu e foi tirando a roupa e deitando na cama apenas de calcinha.- Voltei da praia com marquinha, amor... sem querer hein.
_ Linda. -beijei seu ombro, abracei sua cintura e ficamos nos encarando.- Quer dormir?
_ Eu quero, você não?
_ Eu tambem... não vamos buscar as crianças hoje?
_ Daqui a pouco, né?
_ Pode ser. -falei despreocupado, nos beijamos e ela virou para o outro lado, dormindo em seguida.
Abracei sua cintura e também fechei os olhos, queria descansar da viagem e aproveitar o silêncio no recinto. Dormimos por algumas horas, quando acordei já estava de noite e meu celular tocando.
_ Alô?
_ Pai, ninguém vem buscar a gente não?
_ Não, vai morar aí agora.
_ Haha que graça... tô falando sério, pai.
_ Eu estava dormindo, sua mãe também. Acordei agora... como cê tá?
_ Bem e o senhor?
_ Ótimo. -bocejei.- Seus irmãos?
_ Melissa não tá aqui, Arthur muito menos... minha vó precisou sair, tá eu, meu vô e a Nena.
_ E onde eles foram?
_ Tão com os namorados, né pai...
_ Sua tia Bruna já foi aí buscar a Laura?
_ Sim.
_ Vou acordar sua mãe e te ligo, tá?
_ Tá bom, tchau paizinho. -e desligou.
Deixei Fernanda dormindo e fui ao banheiro, depois troquei de roupa e sai do quarto. Mandei mensagem no celular dela avisando que tinha ido na minha mãe buscar as meninas e logo voltaria.
Peguei o carro e segui meu rumo.
_ Fala seu Amarildo! -cumprimentei meu pai com um abraço forte, rindo.- Tudo tranquilo?
_ Tranquilo, né Nena?
_ É papai, tudo numa boa. -falou vindo me abraçar.- Cadê a mamãe?
_ Ficou dormindo.
_ Como foram de viagem?
_ Bem demais. -respondi me sentando.- Pegamos quase nada de trânsito lento, mas já foi aqui em São Paulo.
_ Normal (risos).
_ Cadê a adolescente apressada?
_ No quarto, acabou de subir.
_ Filha da mãe, ligou me apressando e nem tá com as coisas prontas. Ô MARIA LUÍSA! -chamei da sala e não demorou para ela aparecer e sorrindo.
_ Paizinho, oi.
_ Bora?
_ Sim, tô indo pegar o Thor.
_ Ótimo. Nena, dá tchau pro vovô.
_ Tchau vovô. -levantou para se despedir com um abraço e beijou o rosto do meu pai, fiz o mesmo e peguei as mochilas das bonitas e estava esperando próximo a porta.- Papai, e o Art hein? Ele não vai pra nossa casa?
_ Vai sim, pequena. Tô ligando pra ele, já. -falei pegando o celular e discando o número.
_ Alô, pai?
_ Tudo bom? Tá onde?
_ Tudo, e o senhor? Tô na Julia.
_ Tá meio tarde, não acha?
_ Já chegaram?
_ Sim, chegamos. Vim buscar suas irmãs... vai direto pra casa, tá?
_ Pode deixar, pai. Até daqui a pouco.
_ Até. -e desliguei.- Maria Luísa?
_ Olha o que ele fez! Me sujou inteira, pai.
_ Tava brincando, né garotão? Bora, vai. Dá tchau pro seu avô e vamos.
_ Tchau vovô, até mais.
Abrimos a porta e fomos para o carro, nos acomodamos e seguimos para casa. Encontrei Fernanda deitada no sofá, trocando os canais da Tv.
_ Chegamos. -dei um selinho nela.- Tá tudo bem?
_ Tá sim, tudo bem. -sorriu.- Cadê os outros dois?
_ Arthur tá na Julia, Melissa eu não sei.
_ Vou ligar pra ela. -disse trocando o controle pelo celular.- E vocês duas? Banho tomado, já?
_ Eu tomei mamãe, a Maria não.
_ Tomei de manhã, mas vou tomar outro antes de dormir... tô grudando.
_ Porquinha (risos).
(...)
Maria Luísa subiu para tomar banho e Helena dormiu deitada no meu colo, ainda continuamos na sala, primeiro chegou Arthur e depois Melissa com uma carinha de poucos amigos dizendo estar com dores de cabeça, dando boa noite e dizendo que iria subir.
_ Eles brigaram. -Fernanda afirmou.
_ Logo se acertam, cê vai ver. -nos beijamos.- Bora subir?
_ Uhuum, mas eu não tô com sono.
_ Quem disse que a gente precisa dormir?
~.~
Luan aproveitou muito bem essa folga, não foi? Esteve com a família, e ainda pode passar mais dois dias só com a irmã e a esposa. Estava precisando, né? Mas as "crianças" foram pra SP sozinhos. Será que correu tudo bem? Bora pro próximo, né?
Fic maravilhosa amo ela... Melissa chegou com cara de poucos amigos então brigou com o noivo, oque será que está acontecendo com o leo por favor que não seja nada grave. Continua logo por favor
ResponderExcluirCorra para o próximo capítulo e continue amando, rs.
ResponderExcluirHmmm esses dois estão num climão, né? Quer saber o que aconteceu? Contei tudo no capítulo novo! Bj.