Capítulo 251

Narrado por Fernanda

  Ser mãe é maravilhoso, mas certas fases curtimos bem mais que outras. Sem dúvida alguma! E eu estava vivendo esse meu melhor momento, sim tenho saudades dos meus filhos pequenos, na barriga, porém o agora tem sido tão gostoso. Essa época de término de escola e faculdade, namoro e primeiras vezes estava tomando todos os meus suspiros. Estava sendo gostoso reviver tudo outra vez, mas sendo o lado "chato", a mãe.

  Soube que Maria Luísa queria conversar desde quando chegou em casa na noite passada, ela estava inquieta e Arthur estava calado, coisa que aconteceu com ele quando a Melissa começou a namorar. Mas ela queria conversar comigo e a irmã juntas, e sim, eu fiquei ansiosa e por pouco não transformei nosso almoço em café da manhã.

_ Ana, estou indo almoçar com as meninas.

_ Volta hoje, chefe?

_ Vai depender muito do rendimento do papo (risos). Tenho reunião agora a tarde?

_ Não, só na terça que vem.

_ Sendo assim, bom final de semana. Mas se precisar não se intimide em me ligar, beijo.

Havíamos combinado de nos encontrar no restaurante do shopping em que estava mais próximo de nós. Cheguei e encontrei com as duas sentadas, rindo de alguma coisa.

_ Oi, meninas. -beijei o rosto de cada uma e me sentei.- Com fome?

_ Eu sim, nem comi no intervalo. -falou Maria Luísa tirando a bolsa do colo e colocando pendurada na cadeira.

_ Eu não tô com muita fome não, vim mais pela curiosidade. -Melissa deu de ombros, mostrando uma despreocupação que não existia.

_ Pois eu tô, vamos pedindo então? -abri o cardápio, olhei bem e optei por uma massa deliciosa e pedi suco para acompanhar as babys.

_ Gente, deixa eu contar de uma vez. Acho que vou aceitar o pedido de namoro, quer dizer, oficializar né? -revirou os olhos.

_ E por algum motivo específico? -perguntei.

_ Mãe, eu realmente gosto dele e acho que ele gosta tanto quanto eu. Aquela coisa de ser recíproco.

_ Você falando de reciprocidade? Aí Malu, que precoce. -riu.- Mas acho vocês dois tão lindinhos, um casal inocente sabe?

_ É, né... não muito. -falei "tossindo".

_ Eu contei pra mãe, Mê e comentei com você sobre estar confusa em relação ao pedido de namoro e... -Malu foi se soltando, contou das inseguranças que tinha e Melissa lhe deu uns conselhos de irmã mais velha e eu opinava vez ou outra. Do assunto "assumir compromisso sério", abrimos uma aba para "relações sexuais" e foi nessa hora em que as duas ficaram receosas e vermelhas.

_ Claro que a mãe sabe disso melhor que nós duas, mas sei lá Malu.

_ Foi o que a mãe te disse uma vez, Malu. Relacionamentos perfeitos, sem ciúmes, sem discussões, não existe. E é até saudável que tenha, desde que não seja rotina e o sexo é tão natural quanto.

_ Natural, mãe? Eu faltei correr quando vi o Henrique saindo do banheiro pelado, fiquei com muita vergonha. -cobriu o rosto.

_ Ah isso eu não tive não, tinha muita curiosidade e minhas amigas sempre me disseram que era muito bom, que eu não sabia o que estava perdendo e que quando descobrisse iria querer sempre. -olhei surpresa, até tomei mais um pouco do suco.- Rolou uma vergonha sim, mas quando aquela língua encontrou o meio das minhas pernas. 

_ Melissa!

_ É sério, mãe... é estranho, um estranho gostoso, mas estranho. Sabe que eu também tive vergonha de gemer alto.

_ Quem não, né? No dia em que nós ficamos a primeira vez no quarto dele eu estava ali como uma "marionete", não sabia nada nada nada.

_ E o que mais? -perguntei incitando que ela continuasse falando, assim como a irmã. Soube mais detalhes da primeira vez das minhas filhas e consequentemente acabei falando da minha e comentei por cima da primeira vez do meu marido e elas ficaram "meu pai tem que ser diferente em tudo mesmo", rindo.- Mas se tem uma coisa engraçada é que eu primeiro fiz o oral antes de perder a virgindade.

_ Mãe, mas assim? De cara?

_ É que você tem que estar no clima, tem que partir de você a vontade... É muito gostoso, mas você não pode ficar com nojo de pegar, nojo de pôr a boca e só engolir se tiver vontade.

_ E tem gosto do que?

_ Ah, maninha... é meio salgado, não sei dizer.

_ Depende muito do que o cara comer.

_ Sério? -as duas perguntaram.

  Estava me sentindo uma Laura Muller naquele almoço que se estendeu por mais de duas horas, mas que foi muito gostoso, embora eu tenha deixado o recinto bem surpresa com as duas princesas que eu tinha dentro de casa. E feliz por aquele assunto não ser um tabu entre nós três, precisamos de mais momentos assim.

  Demos uma volta no shopping e na volta para casa Melissa perguntou pra Malu se ela já tinha feito anal e eu não segurei a risada quando ela contou sobre.

_ Mãe, foi horrível eu fiquei nervosa e em pensamento estava rezando pra ele não colocar ali.

_ Mas por que?

_ Não é lugar de colocar nada ali, mãe. Deve doer muito, muito!

_ Não dói, só não ir com força. -Melissa deu de ombros.- E não ir na cara e a coragem, tem que ter pelo um óleo...

_ Óleo, no meu tempo era cuspidas. -falei e elas arregalaram os olhos.- Aí, desculpem a mamis... sorry.

_ A senhora é bem safadinha hein, demorou pra perder, mas tem uma vida ativa até hoje.

_ Amém. Ninguém casa só pra passar raiva não, tudo tem seu lado bom. -pisquei.- Mas voltando ao assunto... é muito bom se o cara souber fazer.

_ Mãe, ele sabe... quem não sabe sou eu.

_ Aí Malu, aprende ué... sexo não vem com manual. -Melissa disse.

_ Eu sei que não, mas ainda não tô confiante nisso. É algo que eu não tenho curiosidade em saber como é.

_ Tudo no seu tempo, você tem que querer... leva isso pra vida e pra tudo.

  Entramos no condomínio e ao estacionar na garagem escutamos o Arthur gritando com a Helena que vinha correndo na rua e ele atrás com a mochila dela nas costas.

_ Posso saber por quê não fui convidado para o almoço de mãe e filhas? -perguntou sério, cruzando os braços.

_ Ô meu filho, a mamãe janta com você.

_ Só eu e a senhora?

_ É.

_ Ah não, a gente também vai.

_ Nunca, tá decidido e eu levo o carro. -beijou meu rosto e entrou.

_ E você, tava correndo por quê?

_ Apostando corrida, mamãe. É legal.

_ Sei, olha esse cabelo grudando na sua testa. Hora de tomar um banho, né? -beijei seu rosto e entramos. 

_ Mãe!

_ Oi Arthur.

_ A gente vai sair mesmo?

_ Jantar ou cinema?

_ Cinema, estreou um filme show! Quero muito assistir.

_ Então já olha o horário da sessão.

_ Tá bom.

_ Vocês vão sair mesmo?

_ Sim, ué. 

_ E vai me deixar em casa, nossa mãe.

_ Deixa de drama, Malu. Suas irmãs vão te fazer companhia, deixo até vocês pedirem pizza.

_ Já deixa o cartão então.

_ Pode deixar...

  Subi com a Nena e minha bolsa, e tomamos banho juntas. Separei para ela vestir um shorts jeans e camiseta, seus cabelos depois de secos ficaram soltos e ela pegou a boneca e desceu correndo.

_ Oi amor. -atendi sua chamada de vídeo. Ele estava todo largado na cama do hotel, cabelos bagunçados e sem camisa.- Descansando?

_ Tudo bem vida? -assenti.- Acordei agora cara.

_ Também... aposto que foi dormir de manhã.

_ Quase quatro horas. -bocejou.- Tá chegando agora?

_ Nada. -me sentei na cama.- Almocei com as meninas e como não teria reunião hoje, vim pra casa.

_ Arthur não quis ir?

_ Iremos sair mais tarde, amor.

_ Vão pra balada?

_ Pra balada eu vou com você, ué. Com o meu bebê eu vou no cinema, estreou um filme novo e ele está bem empolgado pra assistir.

_ Sei qual é, queria ver também... mas nessa correria tá difícil.

_ Eu sei que sim. Mas se quiser podemos te mandar uns áudios contando tudo.

_ Sem graça. Tudo bem por aí? 

_ Sim, graças a Deus. Tudo vai bem, Melissa até riu hoje.

_ Ela não te contou o motivo da briga?

_ Não, ainda não amor. Mas não deve ser sério não, eles nunca brigaram antes.

_ Por isso fiquei preocupado.

_ Não fique, está tudo bem. -falei passando tranquilidade a ele.- E os shows? Como tem sido?

_ Muito massa, bom demais cara. Antes de ontem ganhei um presentão, vida.

_ Que presentão?

_ Uma foto antiga minha que eu nem sabia que as fãs tinham, junto com uma carta, até chorei depois que li.

_ Vai deixar eu ver?

_ Não, foi pra mim. Segredo meu e das minhas negas.

_ Hmmm então tá (risos).

_ Mãe! -escutei Arthur me chamar.

_ Calma aí amor. -pedi.- Fala, Arthur!

_ Cadê aquela minha calça jeans hein?

_ Pendurada aí no cabide, perto das blusas.

_ Valeu.

_ Que horas é o show hoje?

_ Só às 23h. Saímos daqui lá pelas 21h30, 22h.

_ Dá pra dormir bastante... -conversamos por um tempão mesmo, só desligamos porque ele tinha que ir tomar banho e eu me arrumar para sair com o meu outro homem.

  Arthur já estava pronto, me apressando. Entrei no closet e peguei a roupa que usaria, um shorts saia cintura alta e uma blusa mais soltinha. Pulseiras, relógio e calcei os saltos. Na bolsa coloquei minha carteira, celular e as chaves do carro.

  Passei perfume, dei uma mexida nos cabelos e estava pronta.

_ Mamãe você vai aonde toda linda?

_ A mamãe vai sair com o Arthur, mas já já a gente volta tá?

_ Tá bom, mas eu vou ficar com quem?

_ Com a Malu e a Mê, pode ser?

_ Pode, eu vou poder ver desenho?

_ Vai meu anjo. Fica direitinho, viu?

_ Uhuum.

_ Nossa, uau! -Maria Luísa elogiou.- Tá gata e não é porque é minha mãe não hein.

_ Obrigado, filha. Arthur?

_ Tá... -fez sinal pra eu esperar.- ... com a minha mãe, bebê. -riu.- Tchau, beijos. 

_ Já estava dando satisfação?

_ A senhora está linda. -beijou meu rosto.- Tchau irmãs, se comportem e nada de trazerem os namorados. Thor, morde a canela deles. -piscou e saímos juntos, entramos no meu carro e seguimos rumo ao shopping SP Market.

_ Falei com o seu pai hoje, deixei ele morrendo de inveja porque vamos ver o filme e ele não.

_ Mancada hein mãe, mas ele pode ir com o tio Rober assistir.

_ E você acha que ele não vai? Curioso do jeito que é, capaz de ir amanhã mesmo.

_ Não duvido (risos). Mãe, deixa eu falar uma coisa.

_ A vontade, iremos conversar muito hoje. -sorri.

_ Tô maior que a senhora e a senhora tá de salto.

_ Besta. -riu.- Eu já desisti de crescer, os gêmeos estão me passando. 

_ Todo mundo, né mãe. -dei de ombros.- Ô que a gente vai fazer no aniversário do meu pai?

_ Eu pensei de irmos para Orlando, porque é parque e todo mundo se diverte. Porém vocês estudam e não sabemos ainda se ele vai ter show.

_ Ah mãe, não pega nada faltar uns dias na escola.

_ Ah pega sim senhor, você está no último ano, filho. Não pode ficar faltando.

_ Ê Hugo hein, falava do meu vô e é igualzinha ele.

_ Fico no pé mesmo, você é bem preguicinha pra estudar. Aliás, vocês todos.

_ Mas sempre fui bem na escola, pode falar. -piscou.

_ Não faz mais que sua obrigação, meu anjo. -apertei sua bochecha.

_ Toda mãe fala isso. Cadê o incentivo?

_ Quem vai repetir se não se empenhar?

_ Já entendi, mãe. -dei risada.- Mas não seria nada mal uma viagem, poderíamos ir pra Caldas Novas.

_ Sim, mais perto até. Ou Capitólio!

_ Ninguém vai pra Capitólio em família, mãe. Nem a senhora foi.

_ Não mesmo. -ri.- Quando fui estava na primeira faculdade e foi num feriado prolongado, só os amigos mesmo. Seu avô não queria que eu fosse porque estava próximo da semana de provas e eu tinha que estudar. -revirei os olhos.

_ Viu só, nem você gostava de estudar.

_ Ah, não na época. Mas até que era gostoso, você vai sentir falta quando acabar.

_ Tá bom viu, mãe. Todo mundo fala isso, menos a Melissa! -começou a rir.

_ Arthur, Arthur...

_ Brincadeira, mãezinha. Agora ela é uma mulher séria, finalmente terminando a faculdade e quase casada. Louca!

_ Arthur!

_ Se bem que os dois não largam mais não, tem que casar mesmo. -deu de ombros, pensando.

  Arthur era uma ótima companhia pra qualquer coisa que fosse. Gostava muito de conversar e conversar sobre qualquer coisa, então não nos faltou assunto até entramos naquele estacionamento e quando já estávamos dentro do shopping indo para a bilheteria comprar os ingressos.

_ Assistiu o trailer, mãe?

_ Não deu nem tempo, fiquei conversando com o seu pai.

_ O trailer é foda! É muito louco, mãe a senhora vai curtir.

_ Tô até curiosa, pra saber se é tudo isso mesmo. 

_ É melhor dona Fernanda, vai por mim. -beijou meu rosto.

  Fomos os próximos da fila, compramos os ingressos e seguimos para a fila seguinte para comprarmos pipoca, refrigerante e alguns doces.

_ Agora fica aqui bonitinha que eu preciso mijar.

_ Filho! -falei em tom de repreensão.

_ Desculpa. Eu não demoro.

  E saiu, me deixando as coisas e com um tempinho para olhar o whatsapp. Mandei mensagem para a Malu perguntando como estavam em casa e até mesmo responder minhas amigas antes de ele voltar e nós entrarmos para assistir ao filme.

  Havíamos escolhido as poltronas mais centralizadas ao fundo, a anti penúltima fileira, nos acomodamos e esperamos para o filme começar.

  Arthur não desgrudava o olhar da tela. Meu bebê estava prestes a completar 18 anos, mas quase se tratava de filmes, desenhos, a idade dele era a mesma do Bernardo. Ele nem piscava, e suas reações eram instantâneas.

_ Ah, a senhora viu como acabou?

_ Final idiota, como é que o cara ainda sobreviveu?

_ Mas não mostra ele vivo, mãe.

_ Não mostra ele vivo, mas tem a continuação. Não vai ter?

_ Daqui um ano e meio, uma vida. -fez bico. 

_ Que triste filho. -ri.

_ Só uma coisa poderia me deixar feliz agora.

_ E o que seria? -perguntei rindo.

_ Comida.

_ Hm... tô com fome mesmo. 

_ Ótimo, Johnny Rockets nos espera.

_ Lanche, filho?

_ Ah mãe, hoje é sexta! Hoje pode...

_ Pode né seu cara de pau. Mas você sabe que vamos dar uma caminhadinha, né?

_ Por?

_ Porque esse restaurante é no último piso, não tem na praça de alimentação.

_ De frente com aquela loja lá que a Maria Luísa gosta.

_ YouCom.

_ Essa mesma, bora lindeza da minha vida.

  Arthur me abraçou de lado, pela cintura e ficou beijando meu rosto. Eu me perdia ao olhar toda e qualquer vitrine enquanto passávamos em frente, Arthur se distraiu olhando o celular e eu olhei para o outro lado, onde era a vitrine da loja Vivara e tinha uma mulher de costas. Lembrava muito minha nora, mas eu balancei a cabeça rindo... não poderia ser, né?

  Fiquei olhando uns segundos e nada dela virar.

_ O que foi, mãe?

_ Aquela ali não é sua namorada? -apontei com a cabeça discretamente.

_ A Julia?

_ E por acaso tem outra?

_ Não dona Fernanda. -riu.- Vem, vamos lá dar um oi.

  Pois ele nem esperou por mim, foi na frente tapando os olhos dela e dando um beijo no pescoço dela.

_ Oi bebê.

_ Oi mô, oi dona Fernanda. -sorri sem mostrar os dentes, respondendo seu "oi".

_ Tudo bem Julia?

_ Sim, tudo tranquilo. -sorriu.- Vieram ver a estreia também?

_ Por que você disse que viria? Poderíamos vir juntos. -engasguei e os dois me olharam, me desculpei.

_ Eu disse que estava vindo no shopping com a Mila.

_ É, mas não disse que era esse né bebê. -disfarçadamente revirei os olhos.- E sua irmã, cadê?

_ Foi embora, vai sair com o Matheus.

_ E você vai ficar sozinha? Vem com a gente. -quis falar um não bem redondo, "vem com a gente", não mesmo.

_ Não mô, só ia comprar uma blusinha e vou pra casa. Não quero atrapalhar o momento de vocês juntos. -quis agradecer o bom senso, mas lembrei que prometi ao meu filho que seria menos chata.

_ Não vai atrapalhar não, estamos indo comer. Pode nos acompanhar se quiser.

_ Vamos vai, depois minha mãe te deixa em casa. -ergui as sobrancelhas, e ele nem ligou. Deu as mãos para ela e fomos para o restaurante fast food, nos sentamos e realizamos os pedidos.- Tava falando pra minha mãe, eu amo vir aqui.

  Arthur puxava assunto sempre que notava um silêncio e de preferência assuntos que nos faziam interagir e comemos nesse clima harmonioso com a mãe de vela, mas faz parte não é mesmo.

  Na volta para casa primeiro deixamos ela e só aí seguimos para a nossa casa.    Chegamos, entramos e antes de subir para o quarto Arthur me agradeceu "por hoje" e sei muito bem que não era do cinema que ele estava falando.

_ Amo a senhora, mãe.

_ Também te amo meu filho, boa noite. -sorri e fui ver as bonitas na sala de cinema e quase matei as duas do coração.- Filme de terror?

_ Aí mãe, a Nena dormiu já.

_ Ainda bem, se não vocês iam ver só. -acendi as luzes.- Vocês comeram?

_ Sim, pizza.

_ Ótimo, tô indo deitar... bom filme pra vocês.

  Voltei para a sala, tranquei a porta e subi com o Thor me acompanhando até o quarto. Tirei os sapatos, acessórios, guardei a bolsa, troquei de roupa e cama.

  Foi um dia e tanto, tudo o que eu queria era descansar dessa semana exaustiva.

Narrado por Arthur

  Minha mãe era a melhor de todas, sem dúvidas! Não pensei que iríamos encontrar a Ju no shopping e que no final ela ficaria conosco e minha mãe não fez careta, não foi grosseira e nem irônica. Nossa conversa serviu de alguma coisa, ela estava tentando melhorar em relação ao meu namoro e minha namorada ficou muito feliz.

_ Sua mãe é muito legal, mô. Ela só é ciumenta com os filhos.

_ Sim ela é. -ri.

_ Não pensei que ela faria o convite pra eu ir junto com vocês no Johnny. Achei o máximo, primeiro ela me convidou pra viajar com vocês, agora pra comer... acho que ela agora gosta de mim, né?

_ Ai bebê, que isso cara. Minha mãe sempre gostou de você. -menti.- Ela só era mais fechada.

_ Não precisa mentir, mô. Eu sei que ela não me engolia, não me suportava e eu sempre respeitei ela... quer dizer, respeito sua família.

_ Ela é meio paranóica às vezes, mas é um amor de pessoa depois que você conhece. Minha irmã se parece muito com ela nesse sentido.

_ Mas agora eu e minha cunhadinha estamos bem, mô. 

_ Amém, né (risos)? Tô indo deitar, tô cansado... boa noite, bebê.

_ Vou tomar banho, a Mila me chamou pra sair com ela.

_ Você já foi mais humilde, convidava eu. -brinquei.

_ Estamos indo na Caribbean, quer ir?

_ Não, obrigado. Ficarei em casa, juízo hein Juju.

_ Pode deixar, mô. A gente vai se falando, tenha uma ótima noite.

_ Obrigado. -coloquei o celular pra carregar e levantei da cama pra tirar a roupa. Fiquei sem camisa, sem o jeans também e coloquei uma samba-canção. Entrei no banheiro para escovar os dentes e dar uma mijada, quando sai Maria Luísa estava parada na porta e com a mão na maçaneta.- O que foi?

_ Todo mundo já foi dormir... e eu não tô conseguindo. -revirou os olhos, quis rir.- Tô com medo do filme, dorme comigo hoje?

_ Filme? Que filme?

_ Daquele palhaço idiota. -fez bico.- Posso?

_ À vontade senhorita. -apaguei a luz e deitei, não deu um minuto e ela abraçou minha cintura, deitando a cabeça no meu peito.- Tá cheirosa hein Malu.

_ Tomei banho, né? -riu.- Como foi no shopping?

_ Engraçado, encontramos a Julia.

_ Af, e a mãe?

_ Ficou de boa, acredita?

_ Não (risos). Ainda bem que deu tudo certo. -bocejou.

_ Cê cresceu hein... a gente costumava dormir juntos quando você era pequenininha.

_ Ainda sou, tá?

_ Eu sei, tô falando da idade. -ri.

_ É que depois você começou a namorar e eu não ia deitar bem no meio de vocês.

_ Obrigado, né. Agora você tá namorando sabe bem o que é dormir.

_ Deu desse assunto, né?

_ Ué, vai me dizer que é virgem?

_ Arthur... para... -pediu toda manhosa.

_ Respondido. -ri.- Mas olha, você continua sendo minha irmãzinha.

_ Eu sei, você também é o irmão da minha vida desde sempre. -me apertou.- Boa noite, Art.

_ Boa noite, Maria. -beijei a testa dela e fechei os olhos.

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   Ah gente, que capítulo mara e com um final bem fofinho. Amei o almoço das meninas e depois o passeio no shopping, engraçado a Nanda sendo a sogra sociável com a Ju, não é? Maaaaaas ela tem melhorado, vai. KK 

  Ainda teve uma irmã "medrosa" indo dormir no quarto tô irmão mais velho, lindos eles né? Sou apaixonada! <3