{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Capítulo 128

Narrado por Fernanda
  Voltei pra casa bem rápido e joguei uma água no corpo, foi tão rápido que nem quis molhar o cabelo pra não ter que perder tempo secando.
  Assim que sai, entrei no closet a procura do que vestir. Não estava calor, porém não estava aquele frio insuportável. Passei os olhos por cada peça de roupa e não muito contente fui tirando uma a uma e levando pro quarto, jogando em cima da cama. Parei, me sequei e depois de vestir uma calcinha, larguei a toalha e fui pra frente do espelho. Uma roupa aqui e outra ali, nada estava me agradando, nada estava caindo bem. Demorei um bom tempo escolhendo, tanto que começaram a me ligar e eu nem maquiagem tinha feito. Nem escolhido o sapato! Socorro!

"Uaaaau que gata! Tão gata que se eu fosse homem eu me pegava. Meu deus, fiquei com o maior corpão e com essa maquiagem ninguém sequer imagina que eu tenha chorado todos os dias antes de dormir. Obrigada por ter me ensinado como se maquiar mamãe, agora estou linda e pronta para aprontar todas... Ops, quase todas."


@fermarques: Batom na boca, maquiada nos cílios, mas se vacilar ela puxa o gatilho. #nãovacila #fui #choraenãomeliga 


_ Cacete, como demora.
_ Nossa, Davi. Pra quem não ia pra baladas está me apressando demais não acha?
_ O fato de não frequentar as mesmas baladas que você não significa que eu não vá. -piscou dando uma risadinha maldosa e arrancando com o carro em seguida.-
_ Ah, safado! Então quer dizer que você tá todo saidinho? -perguntei rindo e dando um tapa em seu ombro.-
_ Para que eu tô dirigindo. E todo saidinho nada, você que não acompanhou minha evolução.
_ Evolução? Aí cala a boca.
_ Só se for com um beijo. -parei de mexer no celular e o olhei, ele não aguentou muito tempo e riu, fiz o mesmo.- Tá muito séria, tenta relaxar. Estamos indo pra uma balada.
_ Tomara que seja boa, porque né...
_ Se não for, você vai encher a cara e fazer ficar ótima. Uma pena não se lembrar de nada no dia seguinte. -começamos a rir, Davi quando queria abandonar todo aquele lado ranzinza assumia sua verdadeira idade, e ficava um cara normal. Daqueles que amam se aventurar.- Tô mentindo?
_ Faz tanto tempo que eu não bebo mesmo, tipo de ficar bêbada. Que eu dou uma segurada.
_ Relaxa, você está comigo! Estou indo por causa de você.
_ De mim? -perguntei sem entender.-
_ Eu não gosto muito de balada não, prefiro um cinema. Mas, não ia te deixar sair sozinha com aqueles loucos do teatro.
_ E por que não?
_ Nenhum deles prestam, e na primeira oportunidade tirariam sua roupa e não seriam só os homens.
_ Credo, não sou lésbica não.
_ Então se fosse homem você não ligaria? -riu abafado.- Aí, aí vou Fernanda. Só me dá trabalho.
_ Ownt, que gracinha. Todo preocupado comigo, é isso mesmo?
_ Não, tô preocupado é com o meu salário. -olhei indignada.- Brincadeirinha, Fefê. -segurou meu queixo.- Toda rebocada.
_ Davi!
_ Você não precisa de maquiagem, na moral.
_ Ah, não!?
_ Não. Acho uma bosta maquiagem, deixa qualquer uma bonita. Aí tira isso, vira umas coisas feias.
_ Nossa, engoliu uma vitrola? Foi? -risos.-
_ Reclama que eu não falo muito, aí quando eu falo você vai e reclama também. Se decide, né?
_ Chato.
_ Sou mesmo.

  Ficamos em silêncio durante o resto do trajeto, porque eu estava mexendo no celular. Conversando com a Lila e a Bruninha que estavam perguntando pra onde eu estava indo e com quem, que tinham visto minha foto e blá blá blá...
  Não demorou muito e ele estacionou, descemos do carro e avistei o pessoal que estava parado do outro lado da rua.

_ Jura que vamos pegar fila? -perguntei entrelaçando minhas mãos e apoiando em seu ombro, fazendo um bico enorme.-
_ Nunca pegou fila, né patricinha?
_ Não e me orgulho disso! -falei séria encarando aquele idiota que nem meu colega era.- Existe dinheiro, lista VIP. Fila pra que? Eu hein...
_ Então gata, estamos na lista só não sei se é VIP.
_ Affe. -revirei os olhos e senti um beliscão na costela.- Aí, Davi.
_ Não reclama, vamos entrar e curtir.

  Entramos na casa noturna depois de enfrentar uma fila quilométrica (eu que sou exagerada, mas a fila era grande). Pareceu ter valido a pena, já que por dentro era muito top. Muito mesmo. Conversei com o pessoal e decidimos pegar as pulseiras do camarote, porque vamos combinar que na pista não tem lugar pra ficar à vontade e quando a gente cansa de beber, cansa de dançar queremos apenas nos sentar e relaxar.
  O camarote era melhor ainda, me perguntei mentalmente o porque de não ter ido antes.

_ Já veio aqui antes? -perguntei pro Davi.-
_ Nunca, mas já tinha ouvido falar. Parece ser boa.
_ Está sendo por enquanto. -risos.-
_ Querem pedir alguma coisa? -perguntou o garçom.-
_ Eu quero sim, quero esse balde aqui. -mostrei à ele no cardápio.- Só pra começar bem a noite.
_ Claro, algo mais?
_ Por enquanto só isso. -ele anotou e saiu.-
_ Gostei hein. É das minhas. -Camila disse tocando minha mão e rindo.-
_ Beber é preciso pra dar uma esquentada, soltar um pouco o corpo e entrar no ritmo da música.
_ Com certeza, Biel entende disso melhor que nós duas juntas.
_ Por que?
_ Enquanto tá sóbrio fica quietinho, mas é beber que se deixar até na mesa ele sobe. -rimos, e ele nem pra se defender.-
_ É do clube dos cachaça então?
_ Nem tanto, vai. -risos.- Eu gosto de apreciar o ambiente e depois curtir.
_ Já eu faço o contrário.

  A tal balada era sertaneja, nada contra, eu até gosto. Então, o som estava alto e a música suave bem esquenta mesmo. Teriam dois shows que eu não fazia ideia de quem seria, mas com certeza começaria bem depois.
  Lucas um de nossos amigos me chamou pra dançar, não recusei. Queria me divertir e não tinha jeito melhor de fazer isso do que dançando.

_ Fez aula de dança, né? -perguntava enquanto me conduzia.-
_ Sim, mas não é difícil dançar. Só sentir a melodia e deixar o corpo falar por si só.
_ Hmm... Assim fica fácil. -rimos.- Mas, fala aí. Chegou a pouco tempo no teatro, e já se mostrou tão desinibida.
_ Ótimo jeito de perguntar se sou novata, e uma puta de uma sortuda. -ele riu abaixando a cabeça.- Eu fiz teatro quando mais nova, era muito timida e meus pais me colocaram no teatro. Acredita?
_ Não imagino você tímida. -me conduziu ao giro, parando quando eu estava de costas e colando seu corpo no meu.- Você não faz a linha quietinha. -falou bem no meu ouvido, virei de frente rindo sem saber o que dizer.-
_ Nem tudo é o que parece viu lindo.
_  Por que nem tudo é o que parece?
_ Nada, senti que deveria te dar esse alerta. -não demorou e a música teve fim depois de uns minutos. Retornei à mesa e o balde com as bebidas havia acabado de chegar.-

nandagurgell: Noite chata hein kkk sqn

_ Nossa, eu te seguia no Snap e nem sabia. -Camila comentou rindo.-
_ Mentira, né?
_ Não é você que é namorada do Luan Santana?
_ Não mais.
_ Não acredito que aquele boy está solteiro. Nossa, desculpa perguntar... Mas, ele te traiu?
_ Não. -menti.- Foi muito bom enquanto durou, demos muito certo. Só que agora decidimos levar apenas na amizade.
_ Nossa, primeira que eu não vejo falar mal do ex.
_ Pra mim quem fala mal de ex, fala mal do atual também. Resumindo, a pessoa que não presta. Não é porque não estou com ele que vou sair esculachando, fui muito feliz em um ano de namoro.
_ Ah, isso é verdade mesmo. Então um brinde a sua solteirisse.
_ Um brinde. -brindei sem muita vontade, e assim iniciamos a bebedeira que não foi extrapolada, apenas pra rir com mais facilidade.-
_ Devagar aí né? -ri.- É sério, já foram quatro desde que sentou.
_ Davi relaxa, bebe aí gatinho.

                                  (...)

  Chegou mais uma galera depois e se juntou conosco, e estava sendo diferente. Quanto tempo que eu não saía assim, sozinha e sem ter que me preocupar com absolutamente nada. Por volta de uma e pouco da manhã uma aglomeração na entrada do camarote nos chamou a atenção, tentei ver quem era e não consegui, estava apertada pra fazer xixi e arrastei Camila comigo até o banheiro (não queria ir sozinha). Depois que saímos esbarrei em alguém, não acreditando muito em quem era.

_ Nossa, você por aqui? -o abracei com força, lhe dando um beijo no rosto.- Não nos vemos desde que...
_ Desde que você terminou com o Boi e nem lembrou mais dos amigos.
_ Aí desculpa, Rober. Sério mesmo, é que você vive com o Luan e é mais amigo dele do que meu. E estou querendo evitar, até porque nossos últimos encontros não deram muito certo... Mas, e aí como você tá?
_ Nossa filha, vai ficar de papo na porta do banheiro mesmo? -Camila deu-me um empurrãozinho.-
_ Camila, esse é o Rober. E ela é Camila, uma amiga.
_ Prazer. -o cumprimentou.- Eu vou indo pra lá, tá. Beijos. -e saiu.-
_ Doidinha igual você.
_ Sim. Um pouco mais que eu. -risos.-
_ Eu, tô bem sim. Graças à Deus, quem não tá bem é ele e você sabe...
_ Cuida dele, não foi você que o chamou pra balada? Sabendo que a ex queria fazer uma surpresa? E que bela surpresa, um par de chifres na minha cabeça. Valeu hein.
_ Desculpa por isso, eu não sabia que isso aconteceria. Caso do contrário, ficaríamos no hotel.
_ Realmente, você não teve culpa. Ele sim. Mas, foi bom te ver viu. E nos vemos por aí. -beijei seu rosto lhe dando outro abraço e retornei para a minha mesa, onde não tinha ninguém sentado.-
_ Cansou, já?
_ Não, Lucas. Sentei pra respirar, senta ae.
_ Claro. Pra te fazer companhia.
_ Companhia pra mim? Mas, o Davi, ele...
_ Está bem ocupado. -riu apontando pro meu amigo que estava na maior pegação.-
_ Percebi, os únicos desocupados somos nós.
_ Porque você quer.
_ Sim, somente por isso. Porque sei que se dependesse de você estaríamos trancados naquele banheiro, ou naquela salinha. -apontei pra sala que era toda escura.- Ou no seu carro, não é?
_ Como sabe?
_ Intuição feminina.
_ E que bela intuição. Mas, me diz. O que um cara precisa pra ter você?
_ Me atrair.
_ Está dizendo que eu não sou atraente?
_ Estou dizendo que hoje eu não estou afim, nem de ficar com você, nem com ninguém.
_ Veio só pra beber? -assenti.- Então bora ali pedir um drink que eu te acompanho.

  Nos levantamos e então seguimos até o bar. Pedimos um drink daqueles coloridos e que tinham cara de serem deliciosos. Bebemos em uma só, fazendo vira-vira. Pedimos outro e assim foram dez no total, cinco meus e cinco deles.

_ Caralho, Lucas, gostoso demais.
_ Desce igual água, uma delícia.
_ Delícia mesmo, mas deixa bêbada fácil.
_ Cê acha?
_ Tenho certeza. -risos.-
_ Se quiser a gente para.
_ Ela vai parar mesmo, já bebeu demais. -escutei aquela voz que eu conhecia tão bem. Era ele, meu Luan.-
_ Quem é você? -Lucas o perguntou e eu permaneci  calada.-
_ Não importa pra você saber.
_ Ele é Luan Santana, não conhece?
_ Fernanda, não começa.
_ Não começa você. Está fazendo o que aqui? Hein? Acabou, não estamos mais juntos.
_ É playboy, a Morena gata aqui oh, não quer mais nada com você.
_ Cala a sua boca, meu assunto é com ela.
_ Assunto? Que assunto? Não vai pensando que vai me controlar que está muito enganado. Não estou com você, não vim com você e não vou obedecer você. -passei a mão nos cabelos jogando-os pro lado, virei de frente pro bar.- Me vê um drink duplo.
_ Pra já. -sorriu o barman com aqueles dentes branquinhos, fazendo com que meus olhos se perdessem naquele rosto lindo. Quando olhei pro lado Luan me olhava com reprovação, mas não saiu de perto. Quando meu drink ficou pronto, ele simplesmente pegou tirando o canudo e tomou tudo de uma só vez.-
_ Ficou louco? -perguntei alto.-
_ Fiquei. Louco pra fazer isso aqui. -sem que eu esperasse Luan pegou e me deu uma juntada brusca, fiquei sem fôlego. Sua mão posicionada no meu quadril e meus braços em seus ombros, segurando-os firme.-
_ O que você tá fazen... -antes que eu terminasse a pergunta, sua boca tomou a minha com urgência, no começo eu tive vontade de pôr fim ao beijo mas não resisti, sentia falta e queria muito aquilo. Então acabei retribuindo da melhor forma, preocupada em sentir seu gosto, sentir seu cheiro e sentir principalmente sua pegada. Coisa que nenhum outro homem no mundo tinha, Luan apalpava minha bunda, alisando e puxando mais pra ela. Pensei em me afastar, ele subiu a mão pondo-a na minha nuca e continuou beijando. Paramos quando estávamos completamente sem fôlego, ele encostou sua testa na minha e não falamos nada.- Por que você faz isso comigo?
_ Porque eu te amo, e não aceito te perder. Volta pra mim?
_ Luan aqui não é lugar, nem hora pra conversar e você está se aproveitando que eu estou bêbada!
_ Não estou me aproveitando de nada.
_ Está sim, eu vou pra casa que minha noite já deu. -falei o empurrando, ele segurou meus braços e roubou outro beijo e saiu. "Louco! É isso que ele é e vai me deixar igualzinha ele."-

  Respirei fundo e pedi uma água bem gelada e tomei inteira. Cruzei meus braços sobre o balcão e abaixei a cabeça, estava bêbada o suficiente pra querer chorar.   Chorar, porque por mais que tenha acontecido o que aconteceu eu o queria comigo. Pra beijar quando sentisse saudades, pra abraçar, transar e tudo o que tinha direito. Mas, não. Eu tinha que terminar tudo e não daria o braço a torcer.   Se ele realmente me ama e me quer de volta terá que lutar por mim, pelo meu amor. Está decidido.



Narrado por Luan
  Saí de casa com o Testa rumo à tal festa, mas chegando lá por volta de onze e pouco da noite não estava aquela coisa, não estava legal. Então juntamos nossa galera e seguimos pra uma balada mesmo, balada sertaneja.

_ Tem certeza que é boa? -Marquinhos perguntou e o Testudo assentiu, dizendo que era boa até demais.-

  Chegamos num horário que não tinha tanta fila, aliás, não tinha fila. Mesmo assim entramos pelos fundos pra não causar tumulto, e subimos a escada que dava acesso ao camarote. Pegamos uma mesa próxima ao bar e da grade ao mesmo tempo, mais pro fundo.
  A noite estava boa, a música também, o que me incomodou foi o Testa dizer que Fernanda também estava presente e acompanhada dos amigos. E eu que estava tranquilo, comecei a procurar pelo camarote inteiro tentando de qualquer forma encontrá-la e não demorou, quando achei fiquei olhando por um bom tempo.   Vendo-a dançar com outros caras, encher a cara pra caralho e um cara cercando-a toda hora. Onde ela estava, lá estava ele também.
  Os vi indo pro bar, terminei minha cerveja abrindo outra em seguida e assim não tirava os olhos. Conclusão? Fui até ela e depois de uma discussão lhe roubei os dois melhores beijos da minha vida. Nunca imaginei que beijo roubado seria tão gostoso, ainda mais roubados daquela boca gostosa.
  Voltei pra perto dos meus amigos e continuei bebendo, mas sempre de olho para saber o que ela estava fazendo e não demorou para que aquele adestrador de tigres aparecesse e a abraçasse pela cintura, tirando-a dali. Fiquei aliviado em saber que ela estava indo pra casa e com um cara que não pensava em comê-la, pelo contrário, tratada Fernanda como uma irmã.

                                    (...)

  Poucas horas antes de amanhecer decidi e ir pra casa, e quem quis vir comigo foi de boa. Cheguei em casa e estava tudo em silêncio, quer dizer escutei gemidos vindo do corredor onde ficavam os quartos. Vinham do quarto da minha irmã, safada! Quero nem imaginar o que se passa ali dentro. Entrei no meu quarto batendo a porta e fui pro banheiro, tomei uma ducha e depois de me secar, vestir uma cueca e uma regata eu me deitei e fui pensar na minha noite (já que estava sem sono nenhum).



Narrado por Fernanda
                                  (...)

"Fala sério quem inventou a porra da cachaça tinha que pelo menos inventar algo que realmente curasse a ressaca. Mano, eu vou morrer! Morrer de dor de cabeça. Até pra pensar dói! Dor filha da puta!"

  Acordei e não tinha noção nenhuma de horário, as cortinas e janelas fechadas, nenhum barulho (avá, sério linda?). Sei que deve ser tarde, muito tarde. Bem tarde mesmo, porque sei que cheguei de madrugada e nem se eu quisesse, colocasse alarme eu levantaria antes das duas da tarde.
  Rolei na cama de um lado pro outro, fiquei tentando me lembrar do que tinha acontecido na real mesmo. Na minha mente eu tinha flashes, mas não em detalhes. E sempre que fazia a proeza de pensar, doía minha cabeça então... Fiquei quietinha e de olhos fechados por bons minutos.

                                    (...)

  Celular começou a vibrar e aquilo estava fazendo minha cabeça latejar, ôh ressaca do caralho mesmo. Peguei pra olhar e era minha comadre, porque agora estou sendo chamada assim... Viadagem, mas...

_ Queria entender porque você não atende o celular quando as pessoas te ligam.
_ Fala baixo, minha cabeça está explodindo, tá doendo pra caralho mesmo e assim... Qualquer som incomoda.
_ Quem manda ir pra balada, encher bem a cara?
_ Estou S O L T E I R A. Saio mesmo, danço mesmo, bebo pra caralho mesmo. Porque eu posso. -ri, mas voltou a doer mais então parei colocando a mão na cabeça.-
_ Tá bom, ôh solteira. É que o Rodrigo foi viajar, e eu não queria ficar aqui sozinha e sei que hoje você não vai pra empresa. E sem contar que tem dias que você não aparece aqui em casa. Agora só quer saber de teatro, do Davi e eu estou ficando pra trás.
_ Dramática demais, eu hein.
_ É verdade, trocou sua melhor amiga. Por um cara.
_ Troca mais que justa.
_ Se você estivesse usufruindo eu entenderia.
_ E quem disse que não?
_ Sua cachorra! Eu não acredito Fernanda e você nem pra me contar? Se você não vier pra minha casa, eu mesma vou na sua.
_ Pode vir. Juro que vou levantar da cama e tomar um banho, ficar cheirosa e esperar vocês. Só uma pergunta... Que horas são?
_ 16h44min.
_ Nossa, acho que dormi muito.
_ Hibernou querida. Agora levanta logo e vai lavar essa tcheca fedida.
_ Fedida nada, cheirosinha. Super cheirosa meu bem.
_ Bom, nunca cheirei então não posso falar... -rimos.-
_ Idiota. Tchau! -e desliguei.-

  Levantei ainda cheia de preguiça e caminhei lentamente até o closet, onde passei a escolher uma roupa pra vestir. Não queria nada apertado e sim muito confortável, por isso mesmo que peguei um shorts de malha fria e uma regata, separei também uma calcinha que não marcasse no shorts e peguei o sutiã (costas de nadador, oks?)
  Criei coragem pra me olhar no espelho. "Oi, linda? Olha essa cara de acabada, affe!" Sinceramente, eu estava horrível. Péssima mesmo, maquiagem toda borrada, cabelo embaraçado... Tava uma coisa de louco.
  Antes mesmo de tomar um remédio fui pro banheiro, liguei o chuveiro e entrei molhando logo a cabeça de vez... A água caía e levava meu cansaço embora, mas não minha dor de cabeça. Lavei os cabelos que estavam fedendo mesmo, aproveitei e escovei os dentes e depois de me ensaboar, enxaguar, sai.
  Tinha que me secar, mas não estava dando conta com a minha cabeça latejando muito, muito mesmo. Ainda enrolada na toalha, sai do quarto e desci as escadas encontrando Lucila na sala.

_ Luci! -choraminguei.-
_ Acordou, foi? Noite estava legal?
_ Minha cabeça está explodindo, preciso de um remédio com muita urgência. Pega um comprimido pra mim por favor?
_ Algo mais doninha?
_ Um vodka bem gelada com limão. -ela deixou a revista na mesa de centro e me encarou bem séria pondo as duas mãos na cintura, foi impossível manter a cara de séria.- É brincadeirinha, linda. Queria era dormir, maaaaaaaaaaaaas a Lila está vindo pra cá com os meninos. -falei dando as costas.- Quando ela chegar me chama.

  Voltei pro quarto, me sequei e vesti a roupa que havia separado. Fui pentear os cabelos, quando escutei um barulho vindo de dentro do quarto mesmo e depois vi um furacão cor de rosa correndo e pulando nas minhas pernas.

_ Oi meu amor! -falei enquanto me agachava, segurei seu rosto e dei um beijo bem forte e bem barulhento.- Tudo bem pequena!
_ Oi mamãe, sabia que eu queria te ver?
_ Ah, é? E quem te trouxe?
_ Meu pai. -gelei.-
_ Seu pai?
_ É mamãe, ele tá lá embaixo com a tia Lucila. Tá te chamando. -franzi a testa e mesmo desconfiada levantei jogando o  pente em qualquer canto, e saindo do quarto pra ir até a sala ver o que ele queria.-
_ É... Oi, Luan. Tudo bem?
_ Tudo Fernanda, Oi. Eu... A Mê queria te ver e como sei que não trabalharia hoje...
_ Tudo bem, ela pode vir me visitar quando quiser. Não vai sentar? Quer uma água? Alguma coisa?

"Ele quer é sua tcheca minha filha! E você tá doida pra dar a tcheca pra esse homem bem na sua frente de cueca vermelha e bermuda branca, com essa regata azul mostrando bem seus ombros agora mais largos e braços fortes! Não pira, Fernanda! Não pira!"

_ Na verdade eu queria saber se poderia vir buscá-la depois. Dudu me ligou e... Pediu que eu passasse por lá.
_ Tá não precisa explicar, não. Sei que aquele estúdio pra ela que tem quatro anos é uma chatisse porque só tem videogame e TV, e aqui ela tem o Lupy. -rimos.- Trouxe as coisas dela?
_ Tão no carro, eu não sabia se iria topar.
_ Vai lá com o papai amor, pegar sua bolsa no carro. -eles saíram e Lucila me olhou rindo, como se adivinhasse meus pensamentos pervertidos. Eu hein.-

  Melissa voltou e seu pai estava arrancando com o carro. Assim que ela entrou Lucila fechou a porta e eu peguei bolsa jogando em cima do sofá.

_ Já almoçou, amor?
_ Não. Papai não sabe cozinhar e nem a vó Mari, nem a tia Marina tão na casa.
_ E o que você comeu?
_ Creme verde! -ri sabendo que aquilo era o que Luan preparava de melhor. "Há! Pelo menos ele se arrisca, já você." Consciência mais sincera que a minha não existe, fico impressionada com isso.-
_ Luci? -olhei e ela entendeu o que eu queria, levou Melissa pra cozinha e quando voltou trouxe meu comprimido e a água.- Já falei que te amo? Porque eu amo você, Lucila! Sua linda! -coloquei na boca e tomei uma gole de água e engoli, remédio ruim do caramba, dei uma olhada no espelho da sala e meu cabelo até que não estava tão ruim assim, deixaria que ele secasse naturalmente e vamos ver o que sai né, ver como fica.-

                                  (...)

  Por eu ter uma amiga mega enrolada, mas do que eu. Dalila chegou na minha casa estava dando 19h da noite. Não era mais café da tarde, era jantar e no nosso caso pizza (Melissa quem deu a ideia). Mas, como estava "cedo" pra pedir pizza comemos o lanchinho que a Martinha tinha preparado, mini salgados deliciosos.

_ Eu ainda não estou acreditando que você ficou com o Davi, que conseguiu levar ele pra cama. Menina, desde que esse homem entrou aqui você tentava e nada e agora ele liberou assim, do nada.
_ Foi ótimo, sério mesmo. Não me arrependo. Só que acabou o encanto e levamos nossa amizade numa boa depois disso.
_ Fingem que nada aconteceu?
_ Não, mas, não ficamos voltando no assunto. Não sempre, aconteceu e de uma piadinha ou outra mas nada que constrange, sabe?
_ Louca! Bem no dia do aniversário do ex-boy.
_ Ganhei um belo de um presente, mas passou. Acabou, e agora chega, né?
_ Aí, amiga. Vai ficar solteira mesmo?
_ Por enquanto tô bem, passei anos da minha vida solteira e não morri por causa disso. Não vai ser agora que, né...
_ Solteira significa sem parceiro fixo.
_ Aí já é outra história, né... Mas, tô bem tranquila em relação à isso, não tô necessitada. Subindo pelas paredes.
_ Ainda bem, que sorte a sua. -risos.- Nossa, ela é quietinha né?
_ Tá concentrada no desenho, nem come direito.
_ Ela é um amor de criança, imagino você com o Luan e ela morando juntos.
_ Sinto dizer, mas não sei se sua imaginação é capaz de se tornar realidade.
_ Ah, para amiga. Ele parece estar arrependido do que fez, se é que fez mesmo. Porque você não estava lá, é a palavra dele contra a dela, e...
_ E fotos deles, e dela com a blusa dele. -falei pegando mais um salgado.- É difícil, sabe... Difícil aceitar uma traição.
_ Como se você fosse a santa e nunca tivesse traído. -ela falou na lata e eu fiquei de boca aberta, sim, me senti ofendida.- Desculpa a sinceridade, mas sou sua amiga e posso te mandar a real. Você errou muito. Ok, não foi com o Luan. Mas, pensa... Vocês se amam tanto, vai deixar uma mulher qualquer estragar isso? -ela dizia séria.- Você é uma mulher inteligente, deveria deixar um pouco do seu orgulho de lado e ir atrás de ser realmente feliz com o homem que você ama e que te ama ainda mais.
_ Como sabe que eu...
_ Meu bem, até um cego vê que suas saídas recentes são tentativas furadas de mostrar que está bem com isso. Você pode enganar quem for, mas a mim meu bem... Ha ha! Nunca.
_ Eu posso ser muito orgulhosa, eu sei. Mas, ele tem que me provar que vale muito a pena eu abandonar o meu orgulho pra voltar com ele e passar uma borracha nisso tudo.
_ Cacete, você não me escuta!
_ Eu escuto, só não concordo.
_ Tá, vamos mudar de assunto que esse já deu. Mas, que fique bem claro minha opinião é a mesma. Ok? Vocês tem que conversar, não lavar roupas sujas!
_ Você está do lado de quem?
_ Eu quero ver a minha amiga bem, e sei que ao lado dele você estará ótima!

  Essa foi sua frase final antes de voltarmos a atenção pro desenho. As crianças acabaram dormindo, ajudei ela colocar os dois na cadeirinha e ela se foi, indo pra casa dos pais.
  Fiquei na sala, Melissa ainda dormia toda espaçosa no sofá e eu assistia TV. Acabei cochilando, quando acordei era tarde da noite e nem sinal do Luan. Eu já estava com sono e queria dormir, mas e se ele chegasse?
  Subi até meu quarto e peguei duas cobertas, quando voltei à sala cobri Melissa e outra foi pra mim. Coloquei em um filme qualquer até que depois de mais algumas horas meu celular apitou, no reflexo (conhecido como vício) pude ver sua mensagem.

*Saí do Dudu agora. Melissa ainda está acordada?*

*Ela dormiu faz um tempo. Se quiser pode deixar ela aqui, não tem problema.*

*Mas, já estou no condomínio.*

*Mandando mensagem e dirigindo?*
*Você que sabe.*


  Ele visualizou e não respondeu mais. Peguei e então me ajeitei no sofá, e esperei a campainha tocar.

_ Entra, tá frio aqui fora. -falei depois de abrir a porta e vê-lo ali parado, sem blusa.-
_ Desculpa o horário, é que quando o assunto tá bom e a coisa fluindo, a gente não para.
_ Não. Tranquilo, relaxa. Ela dormiu no sofá mesmo, passou o dia todo bem e...
_ Você está linda. -fui pega de surpresa e sem jeito.- Muito linda...
_ Como um dragão. -ri e ele acabou me acompanhando.- Vou pegar a bolsa dela. -falei deixando-o ali e saindo na direção da escada, subi num flash e quando desci ele estava com ela no colo.- Pode levar, ela tá sem blusa e tá frio pra ela lá fora. -falei jogando a coberta por cima.- Assim fica bem melhor.

  Fui na frente, abrindo a porta, depois abrindo a porta do carro e arrumando a cadeirinha. Aproveitei pra colocar sua bolsa lá dentro, ele a colocou e jogou a coberta por cima. Dei a volta e fiquei parada na garagem, olhando-o fechar a porta e ir pro mesmo lado que eu.

_ Obrigada.
_ Pelo que?
_ Não faz ideia do quanto faz bem à ela e a mim.
_ Ela que me faz bem. -falei sorrindo. Luan entrou no carro, fechou a porta e ficamos nos olhando.- O que foi?
_ Não vai entrar?
_ Estava esperando você ir, mas... Boa noite, Luan.
_ Boa noite, Morena.

  Ah se ele soubesse a saudade que eu estava se ser chamada assim por ele. Entrei, tranquei a porta e voltei para o filme, mas minha cabeça estava pensando nos últimos dias, últimos acontecimentos e as palavras da Lila. E como eu pensei nisso.














~.~

  Amei o Capítulo! Achei lindo, achei demais.

PS: Oi meninas! Cadê eu na sexta e no sábado? Não havia terminado o Capítulo, queria deixá-lo mais intenso, mais real. E estou satisfeita com ele (apesar do atraso). Que venham os próximos não é mesmo? Porque ainda tem coisa pra rolar, continuem assim animadas e contando pra mim tudo o que estejam achando. Beijão, e bom começo de semana (e uma ótima semana, né?)

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Capítulo 127

Narrado por Luan
  Ela saiu me deixando ali sozinho e com nossas alianças, tive vontade de chorar. Não podia acreditar que o meu namoro chegou ao fim e por causa de uma coisa que eu não me lembro de ter feito. Peguei aquela aliança e guardei dentro da minha carteira, desci e passei pela adega que tinha em casa e fui escolhendo algo forte pra beber, entrei no estúdio me trancando ali e danei a beber sem consciência alguma. Tudo o que eu queria era encher a cara.

                                 (...)

  Não fazia ideia de quantas horas havia ficado ali, sei que não foram poucas. Escutei batidas na porta e não queria abrir de jeito nenhum, não queria que ninguém me visse daquele jeito.

_ Abre isso aqui, Luan! -era meu pai. Seu tom de voz era sério, então não demorei.- Meu deus! O que aconteceu aqui?
_ Ela me deixou, disse que cansou! -virei outra vez a garrafa.-
_ Ela quem Luan?
_ Como quem pai? A mulher da minha vida, cansou de mim...
_ Mas, vocês não iam conversar?
_ Eu estraguei tudo mais uma vez! -arremessei na parede a garrafa que estava vazia.- De novo!
_ E encher a cara vai resolver alguma coisa?
_ E daí que não vai? Dá na mesma! -bebi ainda mais, não estava mais aguentando e mesmo assim continuava bebendo.- Não posso fazer nada pra ela ficar, pai. -chorei.- Nada!
_ Bêbado não pode mesmo, mas depois você pensa nisso. Passa essa garrafa pra cá, vamos subir. Vai dormir um pouco antes que sua filha chegue e te veja nesse estado.
_ Não! Melissa não pode me ver assim não!
_ E nem vai, anda! -joguei a cabeça pra trás e tomei o resto que tinha, e fiz o que meu pai havia dito.-

                                  (...)

  Acordei no dia seguinte com uma puta dor de cabeça, tava doendo tanto que eu nem sentia vontade de abrir os olhos. Queria ficar quieto no meu canto, mas ninguém entendia isso e ficava ligando naquela merda de celular.

_ Alô?
_ Tava dormindo, Luan?
_ Não grita não viado. Minha cabeça tá explodindo.
_ Foi pra farra em plena segunda? Aí sim hein.
_ Fala logo o que você quer Roberval!
_ Como assim o que eu quero? Você tinha que estar no aeroporto, ou esqueceu que precisamos viajar pra Goiânia?
_ Viajar? Mas hoje eu não...
_ Não, essa semana você só tinha filha ontem e quis ir pra casa. E agora atrasamos e a Arleyde quer que comer vivo.
_ Eu esqueci cara!
_ Percebi, e por isso mudei seus compromissos todos pra parte da tarde. Tô no aeroporto já!
_ Eu...
_ O motorista da van tá indo te buscar, levanta logo! -e desligou.-

  Levantei contra minha vontade, do lado da cama tinham dois comprimidos e um copo com suco. Tomei e fui direto pro banho. Eu tinha que beber tanto? Puta que pariu, minha cabeça não melhora nunca! Ainda tive sorte da Melissa estar na escola e não vir me acordar gritando, pulando que hoje tava foda.
  Terminei meu banho e saí do banheiro encontrando Marina no closet guardando algumas das minhas roupas enquanto dona Marizete terminava minha mala.

_ E a educação?
_ Bom dia. -falei indo pegar o que vestir.-
_ Tomou remédio?
_ Ahaam...
_ Melhorou?
_ E nem vai tão cedo. -disse pondo a cueca sem que tirasse a toalha, em seguida coloquei a calça jeans e fui secar os cabelos com a toalha.-
_ Rober ligou, disse que você estava atrasado. Porque não avisou que viajava hoje cedo meu filho?
_ Porque eu esqueci, não tava com cabeça pra nada e esqueci, foi o que aconteceu.
_ Deixei seu café da manhã pronto e você não saí daqui de estômago vazio.
_ Pode deixar Xumba, pode deixar. -terminei de secar o cabelo, calcei o tênis depois de colocar a meia e vesti uma camisa.-

  Desci e comi rapidinho, fui até o banheiro e escovei os dentes e subi só pra pegar a mala e uma touca. Peguei também óculos escuros e estava pronto. Me despedi da família, e entrei na van em silêncio...

                                  (...)



Narrado por Fernanda
  Voltei a encarar minha realidade, o trabalho. Passei a estar cada vez mais presente na empresa e enfiada em meio à um monte de papéis. Isso tem algumas semanas, três talvez. Nossa, e o aniversário do Luan? A família dele fez uma surpresa em um show, eu estava sabendo só que não fui. Não quis, desde o dia que "conversamos" eu não o procurei mais, não liguei (nem o atendi), não mandei mensagem (nem respondi). Quando queria falar algo ligava pra Mari, ou pra Bruna e perguntava sobre elas, sobre a Mê e o Amarildo. Lógico que eu tinha notícias de como ele estava, mas procurava sempre evitar.
  Se estou bem? Não. Não estou, ando muito abalada. Mas, ao invés de recorrer à noitadas, bebedeira eu resolvi voltar a fazer teatro. E estava me readaptando. Não queria seguir carreira, queria apenas abstrair!

_ Por hoje é isso e repassem os textos em casa. -disse a professora e pudemos nos levantar e sair.-
_ Cansada? -perguntou ele.-
_ Muito. Tudo o que eu quero é um banho e uma massagem bem gostosa nas costas. -falei mexendo os ombros e fechando os olhos.-
_ Posso fazer a massagem se quiser.
_ Vai pra casa comigo?
_ Só se você quiser minha companhia.
_ É bom, odeio ficar sozinha...

  Seguimos pra minha casa, mas antes passamos em uma pizzaria e fizemos nossos pedidos e nos sentamos pra esperar. Bebemos uma coca e conversamos sobre a peça que estávamos ensaiando.

_ Voltou mesmo pro teatro hein, algum motivo especial?
_ Ocupação! Vontade de atuar bem, só isso.
_ Quer atuar? Você não precisa disso.
_ E do que eu preciso, Davi?
_ Ser você! É disso que precisa.
Fiquei pensando naquela frase, mas não por muito tempo. Logo que a pizza chegou nós fomos pra casa, comemos enquanto assistíamos um filme e depois fui cobrar minha mensagem.
_ Aí, Davi. Devagar, né? -suas mãos fortes massageavam bem meus ombros, bem nas áreas tensionadas e trazia alívio. Mas, eu me conheço e sei que a melhor maneira de relaxar é depois de uma boa transa. "Ótima maneira, se o amigo aí quisesse."-
_ Melhorou assim? -apertava mais e eu  adorando aquilo.-
_ Sabe o que realmente seria bom agora? -ele riu.- Um beijo. -fiquei olhando  seu rosto, procurando entender o que se passava até porque ele estava em silêncio.-

  Davi me virou de frente e segurou meus braços, deitando-me na cama e tirando sua camisa dando a visão de seu corpo definido e gostoso. Ousei passar a mão e ele riu, segurando as duas acima da minha cabeça e me deu um beijo... "É hoje que depois de anos eu pego esse homem." Sua língua explorando minha boca sem pressa, estava ansiosa e com bastante tesão. Queria mais, ou melhor não queria que ele parasse no melhor.
  Quando o beijo se deu por encerrado ele foi tirando minha roupa e tendo a visão do meu corpo nu, tirou a calça que vestia e quase que eu morro com o volume que estava naquela cueca. Não perdi tempo, prendi minhas pernas em sua cintura e continuamos a nos beijar. E que beijo gostoso, dando espaço à mãos bobas e quando dei por mim estávamos transando e nossa, que transa boa gostosa. Não tinha sentimento nenhum de ambas as partes, era só prazer sem compromisso. Ele chupava meu pescoço, mamava em meus seios e eu louca puxando seu cabelo e mordendo seu ombro. Nos deitamos exaustos depois de chegar ao ápice.
  Estava ofegante e pensativa. Não que tivesse sido ruim (isso nunca), era apenas diferente transar com outro homem que não fosse o Luan, que não tivesse aquela pegava brusca e romântica ao mesmo tempo. Mas, deixei isso pra lá. Davi levantou e foi vestindo sua roupa enquanto eu levantei e fui ao banheiro precisava de um banho, um bom banho pra tirar o suor do corpo. Lavei os cabelos que estavam grudando, ensaboei todo o meu corpo e depois de um belo enxague saí enrolada na toalha.

_ Não vai ficar? -perguntei rindo.-
_ Melhor não, né. Se cuida. -veio até mim beijando minha testa e dando um longo abraço.-
_ Tá, mas... Espera eu por uma roupa pra te levar até a porta. -entrei no closet indo até a parte dos pijamas e camisolas, me sequei bem rapidinho. Coloquei um pijama de shorts e blusinha rendada, enrolei a toalha na cabeça e voltei pro quarto.- Prontinho. Vamos?
_ Agora. -risos.-

  O levei até a porta e depois que ele se foi, tranquei e fui até a cozinha pegar um copo d'água. Subi com o Lupy vindo atrás de mim, fui secar o cabelo com o secador e aproveitei pra escutar músicas.



Narrado por Luan
  Desde o dia que briguei uma última vez com a Nanda não voltamos a nos falar pra nada e isso estava me incomodando muito, muito mesmo. E por consequência afetando o meu humor.
  Eu não tinha saco pra nada, não tinha paciência pra nada e os fãs começaram a me bombardear nas redes sociais dizendo que eu sumi do twitter, que eu mudei. Aí vem também os que nem fãs são e começaram a dizer que a fama estava subindo pra cabeça (isso depois de anos de carreira, né). Mas, ninguém sabia o que realmente se passava e nada mais era do que saudades.
  Saudades da minha namorada, de conversar e chorar de rir, passar noites abraçados, dos momentos ao lado dela que sempre eram incríveis. Cara, eu não entendia o porque de me sentir assim tão mal. Mal ao ponto de querer ficar sozinho sempre que tinha a oportunidade e ficar relembrando o que passamos através de fotos, lendo mensagens antigas. Estava foda!

_ Pi?
_ Fala. -continuei olhando o celular, sabendo que ela estava entrando no quarto e não demorou para que se sentasse na minha cama e tirasse o celular da minha mão.-
_ O que eu posso fazer pra te ver sorrir outra vez? Pra você abandonar esse seu mal humor e voltar ser meu chatinho e brincalhão de sempre. -suspirei e mesmo olhando em seus olhos não tive resposta.- Luan...
_ Sei lá.
_ Levanta daí vai, toma um banho e bora fazer alguma coisa.
_ Tipo?
_ Levar a Mê pra passear, e depois ela tem ballet.
_ Ela vai estar lá?
_ Não, agora ela está fazendo teatro.
_ Teatro, mas ela não tem cara de quem...  Tem certeza, Bruna?
_ Tenho. Agora vai logo!

  Sabia que ela não me daria paz e eu não queria contrariar uma grávida. Então levantei e fui me arrumar, banho e fazer a barba, depois vesti uma roupa legal e bem simples, penteei os cabelos e estava pronto. Saí pro quarto e Bruna estava deitada na minha cama cochilando, acordei ela com jeitinho e descemos pra sala onde encontramos Melissa com Puff e meu pai.

_ Cadê a Mamusca?
_ Na cozinha, foi cuidar do almoço.
_ Vou falar com ela. -fui até a cozinha e lá estava ela, ia começar mexer nas coisas quando eu tive uma ideia.- O que acha que almoçarmos fora?
_ Fora? Hoje?
_ É eu queria sair um pouco de dentro de casa e acho que seria legal.
_ Tudo bem meu filho, vamos então. -sorriu largando a cozinha do jeito que estava e indo pra sala abraçada comigo.-
_ Ué, cadê?
_ Vamos almoçar fora, bora família?
_ Hmmm...

  Saí com a minha família e me esforcei demais pra aproveitar cada segundo, foi bom. Eu me distrai, mas depois que voltamos do ballet tudo voltou a mesmice. Procurar por notícias dela, e não ter nada além de fotos postadas no instagram que mostravam que ela estava bem, bem melhor que eu.

@fermarques: Eu e minha pequena, quando ela era pequena. ❤ #MinhaPrincesa #PrincesaMelissa

  Sim, uma foto dela e da Melissa. Não tive medo de curtir, de comentar "amo vocês ❤" até porque ninguém sabia do nosso término. Parei de me torturar um pouco e liguei pro Testa, fiquei sabendo de uma festinha e acabou que iríamos juntos.



Narrado por Fernanda
  Meu celular estava repleto de fotos, mais da Melissa do que minhas. Postei uma delas e além de muitos comentários dos fãs, Luan também comentou fazendo meu coração pulsar com rapidez outra vez.
  Deixei o celular em cima da cama e fui me trocar pra ir a aula de teatro, Davi estava me esperando na sala.

"Sim eu sei que ele é muito gostoso, agora sei que fode bem demais. Porém, não voltamos a ficar e ir pra cama depois daquela noite. Triste, mas preciso. O tinha como irmão e depois que passou o fogo e supri minha carência, o desejo passou... Eu desejava outro, isso sim!"

_ Nossa, pensei que ia demorar mais algumas horas!
_ Trabalhei o dia inteiro, tava suada e fedida, então... Eu precisava de um banho. Mas, agora estou cheirosa. Vamos.
_ Vamos.

  Seguimos para a aula que foi muito produtiva, muito boa. Saímos de lá combinando de curtir a noite em uma balada próxima de casa. Queria muito ir, e estava torcendo pra que fosse realmente boa. Porque tudo o que eu preciso pra sair dessa fossa.











~.~
  Não vou falar NADA. Deixo pra vocês falarem o que foi esse capítulo. Beijão!

PS: Pensei em coisas que podem acontecer nessa balada, quem tiver mais idéias que derem pra encaixar serão muito bem vindas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Capítulo 126

Narrado por Luan
  O dia que sucedeu a balada foi um susto enorme e um pesadelo daqueles que  sondavam minha mente todos os dias e a qualquer hora do dia.

#FlashbackOn
  Depois de finalizar minha bebida fui chamado pra dançar com a Karii, foi bacana ri muito e voltei a me sentar, bebendo e aproveitando mais do show.
  Fui ficando com sono e quis ir pro hotel e não sei porque que raios Angélica foi junto, disse ela que estava no mesmo hotel.
  Na subida pros quartos cada um foi pro seu e estava indo pro meu quando ela começou no maior papo, e acabei conversando com ela dentro do meu quarto. Pedimos uma bebida e enquanto não chegava fui tomar uma ducha rápida, coloquei uma bermuda (e camisa) e voltei pro quarto. Bebemos bastante, eu estava mais pra lá do que pra cá e não lembro tanta coisa assim que tinha acontecido. A única coisa que eu me lembro foi que no dia seguinte ao abrir os olhos eu estava completamente nu, minha cabeça doía muito. Olhei pro lado e vi aqueles cabelos loiros jogados no travesseiro e levantei o lençol vendo que Angélica estava ali e nua também. Levantei da cama no susto, eu não seria capaz de fazer aquilo. Não com a Nanda que eu tanto amo.

_ Nossa, que susto! -disse ela.-
_ O que você ta fazendo no meu quarto, na minha cama e pelada ainda por cima?
_ Não lembra do que fizemos? -levantou e ficou de frente pra mim que tentava desviar os olhos de seu corpo.- Nós conversamos, bebemos um pouco e você me pediu pra tirar a roupa e sentar no seu colo... -passava a mão por todo o meu corpo.- Pediu pra eu rebolar bem aqui... -colocou a mão no meu membro, alisando, e eu tirei logo.- Foi uma madrugada tão gostosa, uma pena que você não se lembre de nada. Porque eu lembro, e lembro de cada detalhe!
_ Você está mentindo.
_ Tem certeza? -apontou pro chão e lá estavam três preservativos usados e no criado mudo as embalagens rasgadas.- Não se preocupa, o que aconteceu aqui... Pode ficar só aqui, se você quiser.
_ Isso não pode ter acontecido. -a empurrei e virei de costas passando as mãos na cabeça apressadamente.-
_ Foi tão gostoso! -riu completamente maliciosa.- Ah, Luan! Por que eu não te procurei antes? Realmente sua namorada tem sorte, ter tudo isso só pra ela.
_ Não fala da minha namorada! Saí daqui, some.
_ Tá triste? Dá próxima eu convido ela pra nossa festinha.
_ Vou entrar naquele banheiro e quando sair não quero ver nem você, nem nada seu aqui. -ela assentiu, e mandando um beijo ainda mais provocativa.-

  Entrei no banheiro fechando a porta, tomei um banho frio pra acalmar quem já tinha acordado lá embaixo e quando saí Angélica não estava mais no quarto, nem ela nem suas roupas e nem nada. Vesti uma cueca e me joguei na cama encarando o teto e sem acreditar no que tinha feito. Não podia ser verdade.
#FlashbackOff



Narrado por Fernanda
         {...} Uma semana depois {...}

  Chegamos em São Paulo de madrugada, estava frio e chovendo. Pegamos as malas, colocamos no bagageiro e seguimos para o condomínio.
  Não imaginava que ficaria tanto tempo longe e completamente desligada do mundo, né... Cheguei em casa e depois de uma ducha bem quente e um pijama de frio, tomei um pouco de chocolate quente feito pela dona Elize e fui dormir. Ou melhor, tentar.
  Mas não consegui, a curiosidade de saber o que aconteceu enquanto eu estive foi maior e decepcionante também.

      Curtindo a noite de "namorada" nova

  Luan Santana foi visto na inauguração de uma casa noturna no RJ acompanhado de alguns amigos e de uma bela mulher, que estava longe de ser a jovem advogada, Fernanda Gurgell. Loira e dona de um corpo escultural, Angélica Matozzo (24, professora de dança) era quem acompanhava o cantor. 
  Apesar de tentarem disfarçar e não demonstrar tanto envolvimento, Angélica foi embora na mesma van que o cantor e os amigos. Foi flagrada entrando escondida no hotel e na manhã seguinte saiu vestida com a mesma camisa que Luan usava na noite anterior.
  E aí, rolou ou não rolou? Estaria Luan solteiro e por isso livre de preocupações? Ou o cantor fez de tudo pra esconder por estar comprometido? 


  Mesmo dizendo que não iria procurar eu não aguentei, fui procurando mesmo em sites e fiquei ainda pior quando vi mais fotos. Deles esperando o elevador, ela no fundo da van, os dois de sorrisos no camarote.
  Ok. Se ele queria tanto curtir a vida de solteiro, se já tinha outras (porque com certeza essa não foi a primeira). Por que não abriu o jogo? Por que me ligou dizendo que me amava? Safado! Igual à todos os outros e eu aqui amando esse canalha.
  Não dormi depois de ficar pensando nos meus chifres, tirei um cochilo e acordei por sonhar que estava dentro de um quarto vendo os dois transarem e darem risada da minha cara enquanto Luan fodia aquela mulher. Que nojo! Era isso que eu tinha.
  Tomei um banho daqueles, caprichei na maquiagem de uma maneira que parece bem natural e escondesse minhas olheiras. Prendi os cabelos e depois de vestir uma roupa de frio (legging, que eu quase não usava e uma blusa de moletom do meu pai que ainda tinha o cheiro dele) desci.   Encontrei as duas mulheres mais lindas entrando e corri para abraçá-las.

_ Suas lindas, cheguei! E cheia de fotos do Heitor para vocês babarem. -risos.-

  Me sentei com as duas na sala e batemos o maior papo, mostrei as fotos e continuamos o assunto na cozinha enquanto o café da manhã vinha sendo preparado. Meus avós acordaram e se juntaram à nós, comemos todos juntos e depois pedi o táxi e eles foram embora, disseram que passariam na casa dos meus tios antes de irem mesmo pra casa.
  Aproveitei o horário pra ligar pra casa do Luan, conversei com a Mari e perguntei pela Melissa disse que queria fazer uma surpresa e ela disse que a neta estava na escola. Que eu poderia buscá-la e ia pra lá almoçar. Fiquei receosa por saber que Luan poderia estar lá, mas estava indo pra ver minha filha, a Bruninha, o Amarildo e a Mari, já que eu estava cheia de saudades.

                                    (...)

  Dada a hora de buscar Melissa na escola, calcei um tênis coloquei um cachecol e fui de carro, levando somente a carteira, documento do carro e celular. Cheguei de frente pra escola e tudo calmo, ainda faltavam alguns minutos. Desci e fiquei esperando, quando então se abriu o portão fui até sua sala lhe buscar.

_ Bom dia, Prof. Vim buscar a Melissa. -falei sem entrar na sala. A professora sorriu e foi chamá-la.-
_ Tchau, Mê. Até amanhã, né?
_ É Prô, amanhã eu tô de volta. -quando ela olhou e me viu parada na porta ficou em silêncio, me agachei  sorrindo e abrindo os braços, ela veio correndo e pulou no meu colo.- Mamãe você voltou! -beijou meu rosto.-
_ Voltei amor e vim te buscar pra passar o dia juntas, o que você acha?
_ Acho muito legal, vamos vamos embora!
_ E sua mochila? -ela desceu e foi buscar com a professora.- Sem correr, vem.

  Lhe dei a mão e fomos conversando até o carro, coloquei nela o cinto de segurança deixei sua mochila no banco de trás e seguimos ainda conversando enquanto eu dirigia. Por fora estava tudo bem, mas por dentro nem tanto. Assim que estacionei Melissa desceu correndo, nem ligou pra bolsa. Eu mesma que peguei e levei. A porta já estava aberta, entrei e lá estava ela em pé em cima do sofá tapando os olhos do Amarildo.

_ Vô eu troxe uma surpresa procê!
_ Surpresa? Muito boa?
_ É.
_ É de comer? -ela fez uma careta e disse que não.- É o que então?
_ Uma pessoa.
_ Pessoa? Deixa eu ver... -fingia pensar.- É o tio Rafa?
_ Não vovô é mais linda, e é a minha mamãe. -riu pondo a mão na boca.-
_ Gostou da surpresa? -sorri me aproximando para um abraço apertado.-
_ Faz muito tempo que não te vejo em mocinha, some mais não que eu tenho saudades. Viu.
_ Agora não viajo tão cedo, não posso.
_ (risos) Não mesmo, Melissa pergunta de cinco em cinco minutos de você e se é longe, fica igualzinha quando o pai dela viaja.
_ Ôh tadinha da minha criança. -ri.- Cadê a Mari? Bruninha?
_ Marizete tá na cozinha, e a Bruna dormindo. Só dorme agora que tá grávida.
_ E vomita, vô! -acrescentou.-
_ Vou ir lá falar com a Mari. -caminhei até a cozinha e ela estava mexendo nas panelas, até pensei em dar um sustinho. Mas, fogão é perigoso achei melhor não.- Oi sogra. -ela olhou sorrindo.-
_ Chegaram, já? Rapidinho né?
_ Perto de casa, por isso.
_ Falta pouco pro almoço sair, dispensei a Marina hoje e ficou eu pra dar conta. -dizia limpando as mãos no pano de prato.- Tudo bem com você? -nos abraçamos, ela beijou meu rosto e ficou me olhando.- Tá mais bonita!
_ Obrigada, estou bem sim e você? O pessoal?
_ Bem graças à Deus. Você sumiu menina, cada hora tava num lugar e eu crente que cê pra Campo Grande com o Luan.
_ O clima entre nós não estava do melhores, então preferi ficar sabe...
_ E ficou sozinha?
_ Não. Voltei pra chácara dos meus avós, depois viajei pra Angra dos Reis. E terminei em Nova Iorque. -risos.-
_ A Bruna disse mesmo, seu irmãozinho nasceu né? -assenti.- E sua mãe como tá? Seu pai?
_ Foi um susto porque nasceu prematuro, mas já está em casa. E meus pais babando muito nele, muito mesmo. Nossa, tem que ver Mari.

  Assuntos entre eu e a Mari não faltavam nunca, ainda mais quando passávamos um tempinho (nesse caso, dois meses) sem nos ver. Por fim ela terminou o almoço e eu ajudei cortando a salada e temperando (com a ajuda dela, porque em cozinha eu sou uma negação). Arrumamos a mesa e fomos chamar os outros pra almoçar, aproveitei e chamei Melissa pra tirar o uniforme da escola e guardar a mochila.

_ Pronto. Agora sim, tá quentinha. -apertei muito, muito ela que só sabia rir.-
_ Mamãe, tá forte hein. Até doeu.
_ Desculpa Princesa. Vamos chamar sua tia?
_ Não, tenho que acordar o papai e você acorda a tia Bru.
_ Tá. Tá bom! -ela saiu e eu continuei sentada naquela cama, minha cabeça estava tão focada em bater papo que eu nem lembrei do Luan e sequer procurei saber se ele estava em casa. E ele estava.

  Levantei dali e fui acordar a Bruna que ainda dormia gostoso, virada de lado e com um sorriso no rosto. Cheguei devagar, chacoalhei seu braço e ela abriu os olhos toda manhosa.

_ Acorda, né filha! Pelo amor que tanto sono é esse? -risos.-
_ Nossa, já chega nessa festa toda. Aí! (bocejou) Tá me chamando faz tempo?
_ Não, vim chamar agora porque a comida está pronta.
_ Por isso que minha mãe disse que o almoço era especial, norinha dela estará presente. -se sentou na cama passando as  mãos pelo rosto.-
_ Claro né meu bem, estamos falando de mim querida. Eu mesma, bem gata! -rimos.- Mas, e aí, e essa barriga? Safada!
_ Não fala assim de mim!
_ Eu falo sim, não é possível. -ri.- Curtindo?
_ Curtindo meu sono, comidas. Rafa me ligando de hora em hora. Nossa! Fora que estou aproveitando que não faço nada pra ver as coisas do nosso casamento.
_ Ê folga hein. Quer dizer, por um lado né. Que de outro é correria pura.
_ Ainda bem que minhas madrinhas irão me ajudar.
_ Ah sim, aí fica fácil.
_ Saiba que eu quero você como uma delas e ao lado do meu irmão apenas.
_ Nossa, mais uma meu deus?! Lila disse o mesmo.
_ Sintonia de mamães.
_ Besta! Vamos descer?
_ Assim, de pijamas?
_ O que é que tem? Tem ninguém de diferente. Põe uma blusa e já era.

  Descemos e quase gelei quando o vi sentado e com as mãos entrelaçadas sobre a mesa, olhei e falei um "Oi." sem muita animação, me sentei ao lado do Amarildo deixando que Bruna se sentasse ao lado dele. Nos servimos e comemos como se nada tivesse acontecido.
  Assim que terminamos. Ajudei a tirar a mesa, fomos nos sentar na sala e continuamos o papo que era sobre bebês.

_ A Lila ligou mesmo, falou pra eu ir lá. Tô morrendo de saudades dos meninos.
_ Podíamos ir lá hoje, né? -Bruna sugeriu.-
_ Agora? -Mari perguntou e ela assentiu.- Por mim tudo bem.

*Ôh quenga. Vamos ir aí tá?*

*Você e o boy?*

*Não. Eu, a Mari, Bruninha e Melissa. E antes que me pergunte ele está aqui e ainda não nos falamos.*

*Mas você é devagar, meu deus!*
*Tô esperando vocês!*


_ Ela disse que está nos esperando.
_ Vou subir pra tomar banho então. -Bruna já dizia indo em direção as escadas.-
_ E eu dou um banho na Mel, vem querida. -disse se levantando e antes mesmo que eu ficasse ali sozinha com o Luan disse que iria com elas e subi.-
_ Não quis esperar lá embaixo? -Bru perguntava rindo, e eu fazendo careta.- Para de fugir uma hora vai acontecer.
_ Que não seja agora. -ri.- Nossa olha que fofura de barriga, isso merece foto.
_ Começou, né?
_ Shiiu...


@fermarques: Minha barrigudinha linda. ❤ #TãoGrande #VemNeném #TitiaBabona

_ Luan colocou a mesma tag. -ria.-
_ Qual?
_ "TitioBabão" achei fofo da sua parte.
_ Vai a merda você também, Bruna. -ela riu indo pro banheiro e eu fiquei mexendo no celular durante o banho dela.-

  Bruna acabou não demorando, Melissa e Marizete estavam prontas e então descemos juntas indo em direção ao carro. Luan não estava lá embaixo e Amarildo também estava na garagem, iria dar uma volta pra não ficar sozinho em casa. Entramos todas no carro, eu iria dirigindo e na hora que fui ligar o carro me dei conta de que não estava com as chaves.

_ Deixei a chave lá pra dentro, vou buscar. Esperem aqui é rapidinho. -elas assentiram e eu fui.

  Entrei "correndo" e não estava na sala, e o único lugar que eu tinha ido era no quarto da Bruna. Então subi as escadas, entrei rapidamente no quarto dela e quando estava saindo na pressa esbarrei no Luan que saía do quarto dele.

_ Desculpa, eu não te vi.
_ E está fingindo não ver faz tempo. Vai fugir de mim até quando?
_ Fugir de você? Nunca precisei disso!
_ Não é o que parece, está me tratando como um estranho desde que chegou aqui, me tratando com indiferença.
_ E você merece muito mais por ter me feito de trouxa, ter me feito de palhaça.
_ Eu te fiz de palhaça quando? Quem é que aproveitou nossa tempo e fugiu não foi eu não. -dizia irônico.-
_ Deixa de ser ridículo que o motivo que me levou a viajar não foi capricho, muito menos briguinha de namoro e sim a saúde da minha mãe.
_ E por causa disso precisa sumir? Não ligar, não mandar mensagens...
_ Você não pareceu ter sentido nem um pouco da minha falta. -cruzei os braços.-
_ Você está falando como se eu tivesse ficado com alguém.
_ E não ficou?
_ Não! Não fiquei porque a única mulher que sempre me interessou foi você!
_ (risos irônicos) Luan, quantos anos você acha que eu tenho? Não, me fala a verdade. Seja sincero comigo, pelo menos uma única vez. Você não me traiu, Luan? Ficou esses dois meses sem "pegar" ninguém?
_ Não fiquei com ninguém!
_ Cínico. Eu vi as fotos, eu li as "notícias" se é que se pode chamar aquilo de notícias, estão mais pra fofocas.
_ Outra vez você vai acreditar nisso?
_ Então quer dizer que a Angélica não estava na balada? Que ela não foi embora na mesma van que você? Que ela não ficou no mesmo no hotel e nem no seu quarto? -ele ficou quieto.- Já entendi sua resposta. -dei as costas e estava pronta pra descer as escadas quando ele segurou meu braço e me puxou de volta entrando no quarto dele e fechando a porta.- Tá ficando louco?
_ Agora você vai me escutar!
_ Não vou te escutar e vou gritar se você não me deixar sair.
_ Eu não tô ligando pros seus gritos! Eu quero conversar com você e te contar a verdade.
_ Que verdade? Que eu sou chifruda? Sou chifruda e o Brasil inteiro sabe disso enquanto aquela vagabunda fica de sorrisinhos, se achando a top porque ficou com um cara comprometido.
_ Fernanda, me ouve. -ele fechava os olhos e dizia com calma, ele estava nervoso, perdendo a paciência. Assim como eu.- Você é sempre assim. Nunca quer escutar, nunca quer tentar entender eu sempre sou o errado e fica por isso mesmo.
_ Eu? Então tá Luan, me conta... Conta pra mim como foi beijar outra boca, deixar outro sentar no seu colo e gemer no seu ouvido! Me conta, porque eu não sei né?
_ Essa sua ironia me irrita, me tira do sério! -falou alto me fazendo engolir seco e ficar toda arrepiada.- Me faz perder a cabeça!
_ Não seria a primeira vez, mas fique sabendo que não é ironia não. É a mais pura verdade! Sabe, eu que fui muito trouxa, muito idiota mesmo! Mesmo, porque enquanto eu pensei em nós dois. Enquanto eu perdi o sono, chorei e pensava em como melhorar pra te ter de volta você estava me traindo com outra!
_ Para de falar isso, eu não traí você!
_ Traiu! E eu deveria fazer o mesmo. Deveria sair com mais de um mesmo, voltar a ser a Fernanda de antes que aí você iria me valorizar não é? Ia correr atrás de mim como um cachorrinho! Eu fui muito trouxa, porque você merecia ser corno! -fechei os olhos quando escutei algo se quebrando.-
_ Para! Já chega! -seus olhos transmitiam raiva, ódio e da última vez que um homem ficou desse jeito eu tive que parar numa delegacia pra prestar queixa e isso não vai acontecer de novo.- Cansei disso!
_ Não Luan, quem cansou foi eu. -falei tirando a aliança e deixando em cima da cama, levantei e passei por ele e saí escutando as coisas se quebrarem dentro do quarto. Cheguei no carro assustada, mais branca que o normal.-
_ Nossa Nanda, correu foi?
_ E muito. -ri sem jeito e coloquei a chave na contato, mas estava trêmula.-
_ Tá tudo bem, Nanda?
_ Eu tô tonta, não vou conseguir dirigir. Você dirigi, Mari?
_ Claro, mas quer tomar uma água? Alguma coisa?
_ Não, daqui a pouco passa. É só por segurança mesmo.

  Trocamos de lugar e seguimos pra casa da Lila, eu não estava muito ligada nos assuntos que rolaram durante o camarim me liguei mesmo quando chegamos.
  Descemos do carro e entramos, Lila nos recebeu fazendo toda aquela festa que era bem a cara dela e nos chamando pra sentar no sofá enquanto ia buscar os meninos.   Aproveitei pra ir até a cozinha e beber um copo d'água, passei no banheiro e joguei uma água no rosto. Me encarei no espelho e voltei pra sala.

_ Olha esses pequenos da Dinda meus deus, que coisas mais gostosas! -falei pegando-os no colo.- Aí que delícia tia!
_ Nem sabe quem é quem, né sua quenga.
_ Lógico que sei. Esse aqui é o Pedrinho e esse é o Miguii! -falei dando um beijo na testa de cada um.-
_ Estão grande, né Dalila? -Mari dizia toda boba.- Isso me faz lembrar que daqui uns meses teremos um lá em casa. -risos.-
_ Será que vem mais um menino? Porque eu tive dois, a tia Lice teve um. Falta mulher. -risos.-
_ Os filhos do Luan com a Nanda. -disse a Bruna e riram, enquanto eu olhei pro dedo agora sem aliança e senti um nó na garganta e uma vontade imensa de chorar.- O que foi cunhada?
_ Saudades.

  Aquela única palavra fez com que nossos assuntos mudassem, e falassemos de outras coisas que estavam longe de ser relacionamentos. Falamos sobre filhos, escola, faculdade, trabalho e moda, muita fofoca e foi bem gostosa nossa tarde.   Agradável demais. Depois do Café da Tarde nos despedimos, fui deixar as meninas em casa e segui pra minha.

_ Aí, cansei! -falei trancando a porta, tirando o tênis e me jogando no sofá.-

  Deveria ser pouco mais que oito da noite. As luzes da escada estavam acesas, aproveitei pra soltar o Lupy e subimos. Fechei toda casa e subi pra tomar um banho quente e relaxante na banheira.
  Eu precisava disso, estava tensa, estava nervosa, estava confusa. Estava com um misto de sentimentos. Estava entre o acreditar e não acreditar. Luan me disse com todas as letras que nada aconteceu, mas as evidências provam completamente o contrário. Sei que não devo levar tudo ao pé da letra, mas aprendi na faculdade muitas coisas e entre elas a saber quando alguém fez merda e assim assim quer se passar por inocente.
  Saí da banheira mais relaxada e inspirada pra expor meus pensamentos. Eu não era muito adepta a sair contando da minha vida nas redes sociais, mas há momentos que isso é bom. Faz bem alguém saber e faz bem todo mundo saber.
  Fui pro closet e escolhi um pijama bem quentinho, e fui me deitar. Lupy estava no meu quarto quietinho quase dormindo, deitei na cama após apagar as luzes e peguei o celular procurando por uma foto que de alguma forma batesse com a legenda. Estava emotiva.



@fermarques: Tem dias em que vamos dormir tristes, pensativos ou até mesmo confusos. E tudo isso porque muitas vezes nossa rotina nos cansa, não digo de trabalho e sim de acreditar que as pessoas se doam tanto quanto você, que são 100% sinceras e leais. A nossa mente fica exausta, cansa de bater sempre na mesma tecla, persistir no mesmo erro e lutar sozinha por algo que você precisaria de apoio, de alguém que te ajudasse. Mas. Quando tomamos a decisão de seguir em frente devemos ser determinados o suficiente pra deixar pra trás tudo o que magoa, tudo o que decepciona e tudo aquilo que não é real. Devemos PERDOAR para que sejamos livres de toda e qualquer culpa! É isso, apenas reflita. Boa noite! <3

    Aquela legenda foi mais pra mim do que qualquer outra pessoa, li e reli por muitas vezes. Muitas mesmo, e dormi imersa em lágrimas. Será mesmo que eu cansei? Que eu coloquei um ponto final em tudo? Não estava me sentindo completa, algo me faltava (minha aliança) que era o símbolo do nosso compromisso e que agora eu nem sabia onde estava.

"Aí socorro! Posso mesmo com isso? Jura que vou sofrer, vou chorar por causa de homem? Por causa de um amor? Fernanda! Acorda, você é uma mulher forte..."











~.~

  Ih gente! A conversa aconteceu e agora a coisa foi ainda mais séria. #TôChorosa

PS: Ultimamente tenho falado muito aqui, mas faz parte e eu acho legal porque a interação é maior. Como eu disse alguns capítulos atrás a Fanfic entraria num momento tenso, pra poder depois caminhar pra reta final. Vai ter um pouco de drama, a famosa sofrência. Mas, ela não será eterna e forma que ela vai acabar vai ser show e surpreender muitas de vocês. Ah, mas por quê você tá falando isso? Porque não quero que aconteça do interesse diminuir por causa disso, quero todas aqui comigo e eu continuarei aqui com vocês para atravessar essa fase. Beleza? Posso contar com isso? Um grande beijo, e bora que amanhã tem mais!
 Gente está sendo um sufoco colocar fotos, daqueles que eu edito o Capítulo inteiro e essa merda de foto não entra e por isso muitas vezes eu demoro. Affe ++'

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Capítulo 125

Narrado por Luan
  Sexta-feira na hora em que acordei meu celular já apitava com inúmeras mensagens, ou melhor, notificações. "Não sei porque ainda não desativei isso."  Peguei o celular pra olhar e eram sobre o nascimento do Heitor, meu único cunhado.   Tanto que comentei isso em sua foto depois de ler a legenda fofa. "Coisa que só acontece quando a Nanda está amando demais, porque ela é bem ogrinha."

_ Ôh papai! Acordou? -batia na porta e não demorou para abrir e vir correndo pra cima da cama.- Bom dia!
_ Bom dia, Princesa. -beijei seu rosto, ajudei que ele subisse em cima da cama e se sentasse em cima da minha barriga.- Tá toda cheirosa, vai sair é?
_ Eu ia, mas a vovó já foi e o vovô tamém. Eu quis ficar.
_ Onde eles foram?
_ Na casa da amiga dela! Aí a tia Bru disse que hoje vai ver o bebê dela. Vamos?
_ Nós dois?
_ É né papai, eu e você. Ela disse que espera.
_ Num sei não...
_ Credo papai, deixa de se ruim. -dei risada, ela falava toda séria.- Quem é esse neném?
_ Esse aqui? -perguntei mostrando no celular e ela assentiu.- Heitorzinho. Irmão da Nanda.
_ Da mamãe?
_ É. Nasceu hoje. -ela tomou o celular da minha mão.-
_ Ele é bem pequeno, quase do tamanho de uma mão. -franzia a testa, analisando a foto.-
_ Ele nasceu antes da hora, é prematuro.
_ Hmm... E que é isso? -ri.-
_ Nóis pergunta pra médica da Piroca.
_ Piroca? Que isso?
_ Nada não, falei demais...
_ Pode pergunta pra médica tamém?
_ Não! Nada disso! Um dia quando você for grande vai entender.

  Ela negou com a cabeça e deitou em cima de mim. Ficamos uns minutinhos ali, até invadirem meu recinto.

_ Vocês não vão? -perguntou toda manhosa e cruzando os braços.-
_ Vamos, só não levantei ainda que essa gordinha está em cima de mim! -ela riu e me respondeu algo que nem mesmo imaginava.-
_ Não sô gorda, sô gostosa! -disse rindo e se levantando.-
_ Cê é o que Melissa?
_ Gostosa papai, gostosa!
_ E o que é ser gostosa?
_ Se que nem eu. -ri mais ainda daquela resposta e Bruna ria junto comigo enquanto Melissa olhava sem entender nossas risadas, até porque havia dito com seriedade.-
_ Deixa eu tomar meu banho.
_ Aí Pi, não demora que eu não quero e nem posso chegar atrasada.
_ Bubuzinha, não me apressa não coisa linda do irmão! Vai dar uma volta pela casa e me deixa com o meu banho. Tchau! -a empurrei pra fora do quarto rindo.- Quer ir tamém?
_ Não!
_ Então já sabe, né? -ela assentiu. Passei pra dentro do banheiro e já fui tirando a cueca e entrando no box. Liguei o chuveiro e tomei aquela ducha esperta, bem rapidinho. Saí com a toalha enrolada na cintura e nem sinal de Melissa pelo quarto. Olhei pra cama e meu celular também não estava, saí do quarto à sua procura e ela estava em frente ao espelho do quarto dos meus pais tirando foto.- Tamém quero tirar foto.
_ Cê tá pelado papai, num pode.
_ Pode sim, tô de toalha. -ri quando ela disse que não.- Faz pose.
_ Só uma hein! -ela tirou e depois me mandou embora.-

  Voltei pro quarto, troquei de roupa e fui secar o cabelo e a Bruna me apressando, disse que se eu demorasse mais um pouco ela se atrasaria e não sei o que mais e eu bem de boa. Terminei o cabelo e peguei a carteira, celular e as chaves do carro e fomos.

                                   (...)

_ Cadê ele tia? -Melissa perguntava tentando achar o bebê na ultrassonografia.-
_ Bem aqui. -mostrava a Dr.-
_ Essa mancha? -perguntou de um jeito completamente confuso e todos rimos.-
_ Não é uma mancha, Mê. É um feto. -tentava explicar da melhor maneira como era e Melissa apareceu entender, já que não fez nenhuma pergunta.-

  Ficamos ali sentados, escutando o que a Dr. dizia a consulta todinha. Bruna ficava toda besta e eu por mais que não quisesse admitir estava muito feliz por participar da vida do meu sobrinho desde a barriga.
  Assim que acabou, fomos pro carro e decidimos dar uma volta no shopping e foi um dia muito legal. Melissa ficou no "parquinho" enquanto eu e Bruna conversamos por muito tempo e sobre tantas coisas que eu nem imaginava, e sentia falta de momentos como estes.

_ Aí Pi, tô com vontade de tomar aquele sorvete do Mc, cheio de chocolate. Hmmm... Dá até água na boca. -falava com os olhos brilhando.-
_ Você não quer que eu sem segurança nenhum enfrente aquela fila, né? -ela abaixou os olhos e cruzou os braços fazendo o maior bico.-
_ Mas, Pi...
_ Eu arrumo seu sorvete, mas calma hein...
_ E batata frita! -levantei do banco e fui atrás de qualquer pessoa que me fizesse esse favor, achei um menino que nem acreditou que era eu ali pedindo. Ficou todo quieto, mas aceitou fazer isso por mim. Lhe dei o dinheiro e fiquei esperando próximo à saída de emergência.-
_ Toma aí cara.
_ Valeu mesmo hein. -falei pegando as coisas e saindo.-
_ E seu troco?
_ Fica pra você.
_ Cinquentão?
_ Todo seu. -ri enquanto saía.-
_ Nossa! Que delícia! -disse tirando da minha mão e já comendo tudo junto.-
_ De nada Bruna, e nem sei como eu consegui.
_ Você é o melhor irmão e agora titio do mundo. Meu filho irá te agradecer muito, muito mesmo.
_ Sei. -disse pegando o celular.-


@luansantana: No fraga né @brusantanareal ? Não me mate Bubuzinha linda do Pi... shuahshaus' Te amo ❤

_ Papai! -veio correndo.- Tô com fome.
_ Quer comer o que?
_ Aquela batata lá do Tiback, papai.
_ Cheia de bacon, muito cheddar, muito queijo mesmo daqueles que deixa a boca toda engordurada e...
_ Preciso vomitar. -Bruna saiu praticamente correndo e eu até iria atrás se ela não entrasse no banheiro feminino. Mas, esperei na porta.-
_ Gastei dinheiro à toa, foi?
_ Fiquei enjoada, Pi. Vamos pra casa?
_ E minha batata frita, tia?
_ Ê laia hein. Vamos lá Bruna, cê num precisa comer.
_ Se bem que aquela cebola frita... -passava a língua nos lábios.- Hmmm... Muito gostosa, eu quero Pi...
_ Eu não aguento vocês duas não, não mesmo!
_ Por que, papai?
_ Nada não Princesa, vamos lá comer.

                               (...)

  Comi junto com as duas, saí da dieta e pedi um Milkshake de chocolate e Melissa quis de morango. Bruna que tinha enjoado por causa da batata quase que comeu uma inteira sozinha, Melissa que não gostou muito disso. Mas depois as duas ainda quiseram uma sobremesa lá e eu só no drink.

_ Chega, né? -perguntei depois de pagar.- Bora pra casa?
_ Aí não tô aguentando levantar de tão cheia.
_ Tamém não papai. Minha barriga tá pesada.
_ Gulosas, as duas.
_ Lógico que não, Pi.

  Esperamos mais uns minutinhos e depois fomos pra casa. Ainda nem sinal dos meus pais, sentei lá pela sala e ficamos brincando com o Puff. Bruna levantou a blusa e sua barriga já estava redondinha, por ela ser magra estava aparecendo. Não resisti em lhe dar um beijo ainda alisando sua barriga, senti o flash e quando olhei Melissa tinha tirado foto e estava linda.

_ Posso?
_ Pode sim, eu não tenho coragem. -falando tapando o rosto.-
_ Ignora os comentários desnecessários.


@luansantana: Bubuzinha ❤ #TitioBabão

  Postei e guardamos o celular, fui assistir filme com elas e acabei vendo sozinho porque elas dormiram.

               {...} Dias Depois {...}
  Malas prontas e aqui estou viajando pra mais um show em uma outra cidade.   Chegamos por volta do 12h e a aglomeração na pista de pouso do jatinho era grande, vários fãs com cartazes, cartas e presentes e outra com DVD e camisas e CDs para serem autografados caso desse tempo.
  Por estar atrasado, não pude atender de forma demorada. Foi coisa bem rápida, chegamos no hotel e fui somente deixar as coisas no quarto e me arrumar pra entrevista que seria na cobertura acompanhada de uma sessão de fotos.

                                 (...)

_ E encerramos por aqui, muito obrigada Luan por nos ceder essa entrevista e que outras venham surgir. Agradeço por todo esse carisma e continue sendo esse home de muito sucesso e de grande humildade.
_ Magina, eu que agradeço o carinho de vocês sempre e podem aparecer mais vezes (risos). Beijo enorme e abraços para todos os meus fãs que eu amo demais.

  Desci pro quarto, troquei de roupa e partiu academia. Em seguida passagem de som e depois de uma pausa para a refeição foi o momento de descansar alguns minutos antes do show, estava exausto.
  Fui acordar eram oito e pouco da noite, comecei a me arrumar. Escutei batidas apressadas na porta e era a Arleyde dizendo sobre o atendimento que teria antes do atendimento dos fãs, além de me apressar um pouco mais. Coloquei uma touca pra não demorar tanto e seguimos de van pro local do cheio que graças à Deus estava com todos os ingressos esgotados e com recorde de público na cidade. Fiquei feliz demais ao saber disso.
  Atendi aos organizadores, sorteados da rádio que fazia parceria e teria que atender os sorteados pela central depois do show. "Não gosto disso, pra mim meus fãs mesmo tinham que ser os primeiros sempre." A realização de mais um show me deixou mais cheio de vida e com ainda mais motivos pra sorrir. A galera que entrou no camarim foi muito bem recebida e depois nos ajeitamos pra ir pro hotel.

_ Ê boi, o que acha de uma balada?
_ Balada? Em plena quarta?
_ É bem top, inaugurou esses dias e vai ser massa. Uma amiga minha quem nos convidou.
_ Amiga sua? Que amiga, Testa?
_ Deixa de ser desconfiado. Bora que vai ser top.
_ Não tô com uma sensação boa.
_ Ih! Tá com sexto sentido agora? Tá trocando de lado.
_ Logico que não, eu só... -pensei.- ... Quer saber, eu vou.
_ Ae, boi. Assim que se fala! -comemorou e saiu. Fui trocar de blusa, tênis e minha touca.-

  No horário marcado nos encontramos no hall do hotel, fomos de táxi pra tal balada.   Ao chegar a fila pra entrar estava enorme, muitas mulheres lindas, cabelão, salto alto... Umas de calça, outras de vestido. Decotes? Isso tinha em quase todas, ou uma blusa transparente que mostrasse muito bem o que muitos homens gostariam de ver.
  Entramos sem pegar fila e seguimos pro camarote, já colocando as pulseiras. Os camarotes eram individuais, o nosso era bem espaçoso e nos deixaria bem à vontade. Fomos eu, Testa, Karielle (Marlinha tava com dor e não quis ir), Diego e Well.

_ Cadê sua amiga?
_ Acabou de chegar.
_ Conheço?
_ Até demais. -riu malicioso e eu fiquei sem entender.- Oi minha loira linda. -olhei pra trás e ele estava cumprimentando  mulherão que minha nossa senhora, era linda demais. Até arrepiei.- Falei que vinha.
_ Oi Rober, fiquei feliz que veio e que não veio sozinho. -disse se afastando um pouco e quando se virou não acreditei no que via.- Oi Luan, quanto tempo... -sorriu dando um tchauzinho.- Não ganho nem um abraço?
_ Angélica, nossa! Está linda. -falei indo até ela, cumprimentando com um beijo no rosto e dando um abraço apertado. "Tão apertado que estava sentindo perfeitamente seus seios, durinhos.. Aí papai."-

Angélica Matozzo, 24 anos. Professora de dança (Pole dance)


_ Obrigada, você também está lindo. -piscou.- Nem acreditei que veio, ainda mais depois da nossa última conversa. Não é mesmo? -com as mãos apoiadas em meu ombro ela falava devagar, toda manhosa.-
_ Não vamos começar a noite com isso, já passou. Esquece isso... -ela se aproximou ainda mais e quando colocou seu corpo no meu disse baixo para que somente eu escutasse.-
_ Pode até ter passado, mas como eu te disse... Não irei desistir, não tão cedo e tão fácil.
_ Eu namoro, amo minha namorada.
_ Não estou pedindo uma aliança no meu dedo, apenas querendo relembrar algo bem marcante... -beijou meu pescoço me arrepiando por inteiro.- E que eu sei que tem saudades..  -disfarçadamente levou sua mão até meu membro segurando, me fazendo perder o ar.- Mas, enquanto não consigo o que eu quero... -suspirou.- Aproveite muito bem a noite que está linda e quente como eu. -beijou o canto da minha boca e saiu para falar com os outros.-
_ Por que não me disse que ela era a tal amiga? -segurei ele pela blusa.-
_ Porque ela disse que queria fazer surpresa pra você.
_ Surpresa? Quer me matar isso sim.
_ Se for com chave de coxa é uma boa, hein.
_ Não brinca não, Testa.
_ Tá tenso, hein. Tá fugindo? Não está solteiro?
_ Estou distante da minha namorada, isso não faz de mim solteiro.
_ Uma pena. Porque uma loira dessa gostosa, solteira e te dando mole e você nada. Ah se ela me quisesse.
_ Deixa de ser safado, não acabou de ficar com a ruiva no show?
_ O que acontece no show, fica no show. -riu saindo de perto e indo até o bar.-

  Demorei uns segundos pra voltar pro ambiente, dar conta de escutar a música alta e piscar mais algumas vezes pra esquecer os flashes das minhas noites com a Angélica. Angélica era "A Mulher" cara, independente e sedutora, me ganhou se fazendo de difícil e quando ficamos entre quatro paredes... Antes da Nanda ela foi a melhor mulher que eu já levei pra cama, sofá do camarim e banheiro da casa de um amigo nosso em uma festa.
  Mas já foi, passou e hoje serão apenas lembranças. "Ótimas por sinal!"

                               (...)

  A noite seguia com as músicas sertanejas rolando, teve dois shows ao vivo pra animar ainda mais a galera e Angélica passeando sempre que tinha a oportunidade. No intervalo do show foi a hora de tocar funk, eu estava de frente pra grade (bebendo com os caras), ela e Karielle de frente pra grade dançando. Cada rebolada de tirar o fôlego, que eu fingia ignorar. Fui aí banheiro, quando voltei ela estava no meu lugar e com o meu copo na mão. Peguei de volta e fui dar uma olhada no show enquanto terminava de beber.

                                 (...)



Narrado por Fernanda
  Minha mãe estava bem e havia recebido alta, porém Heitor ainda não estava no peso ideal para ir pra casa e isso fez com que eu e meu pai ficassemos revezando entre ficar no hospital e em casa ajudando na recuperação da mamis por causa da cesária.

_ Deve estar doida pra voltar pro Brasil não é mesmo querida?
_ Nem tanto. Sinto falta de vocês, então por mais que esteja longe dos meus pequenos de lá (me referia aos gêmeos, Melissa) eu gosto é disso, tomar café juntos, rir com vocês de coisas momentâneas que falar pelo telefone não teria a menor graça... Por isso estou amando ficar aqui.
_ Ôh querida, sabe que pode vir sempre que quiser.
_ Eu sei que sim, mas não posso viajar todo fim de semana pra cá sendo que tenho os compromissos lá.
_ Isso eu sei, mas nos feriados talvez... Datas comemorativas, como meu aniversário por exemplo.
_ Claro né mãe. -risos.-
_ E o Luan? Não te vejo falar muito dele.
_ É que nós, quer dizer eu... Pedi um tempo... -me abri completamente, contei foi tudo. Desabafei pra minha mãe, coisa que eu não tinha o costume de fazer. E ela soube me ouvir com paciência e dizer o certo na hora certa, então com isso eu estava tranquila. Estava melhor e aliviada.- Ele me ligou tem um tempo e também disse que... -falei sobre a ligação e minha mãe me olhava toda boba, sorridente e dizendo que se isso não fosse amar. Ela não sabia o que era. Além de não esconder que ama ter o Luan e só o Luan como genro, essa é minha mãe (risos).-

                                  (...)

@fermarques: Olha quem vai pra casa hoje, depois de 14 dias. #Heitor ❤

  Sim, no dia 1 de Março foi quando Heitor recebeu alta e quem o levou pra casa foi eu e meu pai. Minha mãe? Ficou quietinha em casa nos esperando, porque não podia abusar e não demoramos, porque isso foi bem cedinho.

_ Chegamos mamãe! -falei assim que meu pai abriu a porta e demos de cara com a minha mãe em pé encostada no sofá e falando com alguém no celular.-
_ Acabaram de chegar, mãe. Vou curtir o pequeno e te ligo mais tarde, pode ser? (risos) Beijos, tchau. -deixou o celular no sofá e veio até nós.- Que príncipe!
_ Com essa roupa então... Me deixou babando desde que cheguei lá. -lhe entreguei Heitor que foi só ir pro colo da mãe que abriu os olhos.-
_ E meu marido, cadê? -dizia olhando pra porta que ainda estava aberta.-
_ Carregando as bolsas (risos). Quer ajuda, pai?
_ Não filha, tá tudo bem aqui. -me sentei no sofá, minha mãe no outro e ficou ali. Ela babando no meu irmão e eu no celular mandando mensagem pra Lila.-


*Não acha que está na hora de voltar não? Meus filhos e a mãe deles precisam de ver a madrinha.*

*Nossa, tô com muitas saudades dos MEUS pequenos e de uma loira chatinha.*
*Volto em uma semana, junto com os meus avós.*

*Seus avós estão aí, também?*

*Ainda não chegaram. Mas, de noite estão por aqui.*
*Vão ficar uns dias e voltam junto comigo, eu acho né.*

*Vontade de ir pra NY! Dona Analice faz uma falta aqui, quem vai puxar minhas orelhas? Ficar indignada com as fotos indecentes no insta? Kkkk*

*Puts! É mesmo, né?*
*Mas ela está babando tanto no Heitor que não tem muito tempo pra isso menina.*
*Ele tá tão fofo! ❤*
*Dá até vontade de ter um bebê.*

*Bom... Eu tenho dois. Bruna já encaminhou o dela. Sua mãe teve outro, daqui a pouco sua sogra engravida e você não!*

*Ah, amiga. Não é assim também.*

*É como?*

*Quero filhos depois de casada.*

*Do jeito que você e o Luan são SAFADOS, é você transar com ele que pimba acontece.*

*Idiota!*
*Sabe que não estamos nesse grude de ir pra cama matar a saudade, ainda não conversamos. Esqueceu?*

*Linguagem melhor que o sexo não existe!*
*Um pau e uma ppk tem uma infinidade de assuntos. Vai por mim!*

*Affe!*
*Quem te merece hein?*

*Você me merece.*
*Merece meu amor, minha amizade e ser madrinha dos meus filhos.*
*Além de minha madrinha de casamento.*

*De novo, Dalila?*

*Irei casar de branco. Algum problema?*
*E outra, só te aceito com o Luan.*


"Difícil a vida assim hein. Luan! Luan! Luan! Caralho, o povo só fala dele. Tudo envolve ele como se o mundo girasse em torno dele. Isso me incomoda as vezes."


*Deixa o Luan na casa dele!*
*Com a família dele, que eu estou com a minha.*

*Ih, tá de TPM?*
*Ou é falta de sexo, amiga?*
*Eu estava com falta de sexo, mas oh, acabou o resguardo e minha festa só está começando.*

*Ser madrinha dos seus filhos e sua melhor amiga inclui saber da sua vida sexual?*

*Sim, tirando os detalhes. A menos que queira saber umas posições pra inovar com o cantor, aí dou umas aulinhas.*

*Vai a merda!*
*Tchau!*

*Amiga! Volta!*

*Não. Vou dar banho no Heitor.*


  A hora do banho foi onde tive mais cuidado ainda, minha mãe ficou do lado me auxiliando (já que eu me ofereci pra dar o primeiro banho no meu irmão em casa).   Depois, lhe troquei e ela foi amamentar enquanto eu arrumava as coisas e mesmo de longe escutava as mensagens chegarem.   E corri pra ver assim que tive tempo.

_ Oi mamãe! Quando cê volta? Eu tô com saudades! Muitas mesmo! Beijão, te amo muito. Não esquece. -era Melissa que mandou áudio pelo celular do avô.-
_ Oi meu amor, mamãe também está morrendo de saudades de você! E assim que chegar aí vou te ver. Pode ser?
_ Pode sim (riu). Mas, vai demorar?
_ Não meu amor, semana que vem eu já estou em casa. -conversamos por áudio durante bons minutos, ótimos minutos que me deixaram com ainda mais saudades. Mas, aliviada por saber que tudo estava bem.- Mamãe te ama, tá. Beijos.
_ Que coisa mais linda vocês duas. -fui pega de surpresa pelo meu pai que estava em pé, escorado na porta.- Mãe e filha de coração.
_ O que é mais importante. -sorri me sentando na cama.- Sabe, Melissa me fez ver que eu ate que levo jeito pra ser mãe.
_ Toda mulher leva jeito pra isso minha filha, só precisam desenvolver isso de uma maneira melhor e com a Melissa você tirou isso de letra.
_ Desde pequena ela foi uma criança que me encantou muito, desde que nasceu. Eu acompanhei toda a gravidez da Ester, tive que estar ali e quando nasceu mais ainda. Lembro até quando ajudei o Luan com ela, em um aniversário da Bruna se eu não me engano.
_ Foi Deus quem a colocou no seu caminho pra te trazer coisas boas.
_ E trouxe mesmo, o amor de uma filha. -olhei pra nossa foto de plano de fundo.- Minha filha.

  Ele sorriu e veio até mim me puxando pra um abraço e dizendo que se orgulha ao ver a mulher que eu havia me tornado. E com isso ganhei o dia, ganhei mesmo. Escutar aquilo do meu pai depois de TUDO o que aconteceu ainda mexe comigo. Mas, foi bom. Uma massagem no meu ego, saber que eu ainda sou capaz de surpreendê-lo de maneira positiva.












~.~

  Eu curtindo tudo isso e quero curtir ainda mais a volta dela pro Brasil. Está chegando hein!