{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Capítulo 128

Narrado por Fernanda
  Voltei pra casa bem rápido e joguei uma água no corpo, foi tão rápido que nem quis molhar o cabelo pra não ter que perder tempo secando.
  Assim que sai, entrei no closet a procura do que vestir. Não estava calor, porém não estava aquele frio insuportável. Passei os olhos por cada peça de roupa e não muito contente fui tirando uma a uma e levando pro quarto, jogando em cima da cama. Parei, me sequei e depois de vestir uma calcinha, larguei a toalha e fui pra frente do espelho. Uma roupa aqui e outra ali, nada estava me agradando, nada estava caindo bem. Demorei um bom tempo escolhendo, tanto que começaram a me ligar e eu nem maquiagem tinha feito. Nem escolhido o sapato! Socorro!

"Uaaaau que gata! Tão gata que se eu fosse homem eu me pegava. Meu deus, fiquei com o maior corpão e com essa maquiagem ninguém sequer imagina que eu tenha chorado todos os dias antes de dormir. Obrigada por ter me ensinado como se maquiar mamãe, agora estou linda e pronta para aprontar todas... Ops, quase todas."


@fermarques: Batom na boca, maquiada nos cílios, mas se vacilar ela puxa o gatilho. #nãovacila #fui #choraenãomeliga 


_ Cacete, como demora.
_ Nossa, Davi. Pra quem não ia pra baladas está me apressando demais não acha?
_ O fato de não frequentar as mesmas baladas que você não significa que eu não vá. -piscou dando uma risadinha maldosa e arrancando com o carro em seguida.-
_ Ah, safado! Então quer dizer que você tá todo saidinho? -perguntei rindo e dando um tapa em seu ombro.-
_ Para que eu tô dirigindo. E todo saidinho nada, você que não acompanhou minha evolução.
_ Evolução? Aí cala a boca.
_ Só se for com um beijo. -parei de mexer no celular e o olhei, ele não aguentou muito tempo e riu, fiz o mesmo.- Tá muito séria, tenta relaxar. Estamos indo pra uma balada.
_ Tomara que seja boa, porque né...
_ Se não for, você vai encher a cara e fazer ficar ótima. Uma pena não se lembrar de nada no dia seguinte. -começamos a rir, Davi quando queria abandonar todo aquele lado ranzinza assumia sua verdadeira idade, e ficava um cara normal. Daqueles que amam se aventurar.- Tô mentindo?
_ Faz tanto tempo que eu não bebo mesmo, tipo de ficar bêbada. Que eu dou uma segurada.
_ Relaxa, você está comigo! Estou indo por causa de você.
_ De mim? -perguntei sem entender.-
_ Eu não gosto muito de balada não, prefiro um cinema. Mas, não ia te deixar sair sozinha com aqueles loucos do teatro.
_ E por que não?
_ Nenhum deles prestam, e na primeira oportunidade tirariam sua roupa e não seriam só os homens.
_ Credo, não sou lésbica não.
_ Então se fosse homem você não ligaria? -riu abafado.- Aí, aí vou Fernanda. Só me dá trabalho.
_ Ownt, que gracinha. Todo preocupado comigo, é isso mesmo?
_ Não, tô preocupado é com o meu salário. -olhei indignada.- Brincadeirinha, Fefê. -segurou meu queixo.- Toda rebocada.
_ Davi!
_ Você não precisa de maquiagem, na moral.
_ Ah, não!?
_ Não. Acho uma bosta maquiagem, deixa qualquer uma bonita. Aí tira isso, vira umas coisas feias.
_ Nossa, engoliu uma vitrola? Foi? -risos.-
_ Reclama que eu não falo muito, aí quando eu falo você vai e reclama também. Se decide, né?
_ Chato.
_ Sou mesmo.

  Ficamos em silêncio durante o resto do trajeto, porque eu estava mexendo no celular. Conversando com a Lila e a Bruninha que estavam perguntando pra onde eu estava indo e com quem, que tinham visto minha foto e blá blá blá...
  Não demorou muito e ele estacionou, descemos do carro e avistei o pessoal que estava parado do outro lado da rua.

_ Jura que vamos pegar fila? -perguntei entrelaçando minhas mãos e apoiando em seu ombro, fazendo um bico enorme.-
_ Nunca pegou fila, né patricinha?
_ Não e me orgulho disso! -falei séria encarando aquele idiota que nem meu colega era.- Existe dinheiro, lista VIP. Fila pra que? Eu hein...
_ Então gata, estamos na lista só não sei se é VIP.
_ Affe. -revirei os olhos e senti um beliscão na costela.- Aí, Davi.
_ Não reclama, vamos entrar e curtir.

  Entramos na casa noturna depois de enfrentar uma fila quilométrica (eu que sou exagerada, mas a fila era grande). Pareceu ter valido a pena, já que por dentro era muito top. Muito mesmo. Conversei com o pessoal e decidimos pegar as pulseiras do camarote, porque vamos combinar que na pista não tem lugar pra ficar à vontade e quando a gente cansa de beber, cansa de dançar queremos apenas nos sentar e relaxar.
  O camarote era melhor ainda, me perguntei mentalmente o porque de não ter ido antes.

_ Já veio aqui antes? -perguntei pro Davi.-
_ Nunca, mas já tinha ouvido falar. Parece ser boa.
_ Está sendo por enquanto. -risos.-
_ Querem pedir alguma coisa? -perguntou o garçom.-
_ Eu quero sim, quero esse balde aqui. -mostrei à ele no cardápio.- Só pra começar bem a noite.
_ Claro, algo mais?
_ Por enquanto só isso. -ele anotou e saiu.-
_ Gostei hein. É das minhas. -Camila disse tocando minha mão e rindo.-
_ Beber é preciso pra dar uma esquentada, soltar um pouco o corpo e entrar no ritmo da música.
_ Com certeza, Biel entende disso melhor que nós duas juntas.
_ Por que?
_ Enquanto tá sóbrio fica quietinho, mas é beber que se deixar até na mesa ele sobe. -rimos, e ele nem pra se defender.-
_ É do clube dos cachaça então?
_ Nem tanto, vai. -risos.- Eu gosto de apreciar o ambiente e depois curtir.
_ Já eu faço o contrário.

  A tal balada era sertaneja, nada contra, eu até gosto. Então, o som estava alto e a música suave bem esquenta mesmo. Teriam dois shows que eu não fazia ideia de quem seria, mas com certeza começaria bem depois.
  Lucas um de nossos amigos me chamou pra dançar, não recusei. Queria me divertir e não tinha jeito melhor de fazer isso do que dançando.

_ Fez aula de dança, né? -perguntava enquanto me conduzia.-
_ Sim, mas não é difícil dançar. Só sentir a melodia e deixar o corpo falar por si só.
_ Hmm... Assim fica fácil. -rimos.- Mas, fala aí. Chegou a pouco tempo no teatro, e já se mostrou tão desinibida.
_ Ótimo jeito de perguntar se sou novata, e uma puta de uma sortuda. -ele riu abaixando a cabeça.- Eu fiz teatro quando mais nova, era muito timida e meus pais me colocaram no teatro. Acredita?
_ Não imagino você tímida. -me conduziu ao giro, parando quando eu estava de costas e colando seu corpo no meu.- Você não faz a linha quietinha. -falou bem no meu ouvido, virei de frente rindo sem saber o que dizer.-
_ Nem tudo é o que parece viu lindo.
_  Por que nem tudo é o que parece?
_ Nada, senti que deveria te dar esse alerta. -não demorou e a música teve fim depois de uns minutos. Retornei à mesa e o balde com as bebidas havia acabado de chegar.-

nandagurgell: Noite chata hein kkk sqn

_ Nossa, eu te seguia no Snap e nem sabia. -Camila comentou rindo.-
_ Mentira, né?
_ Não é você que é namorada do Luan Santana?
_ Não mais.
_ Não acredito que aquele boy está solteiro. Nossa, desculpa perguntar... Mas, ele te traiu?
_ Não. -menti.- Foi muito bom enquanto durou, demos muito certo. Só que agora decidimos levar apenas na amizade.
_ Nossa, primeira que eu não vejo falar mal do ex.
_ Pra mim quem fala mal de ex, fala mal do atual também. Resumindo, a pessoa que não presta. Não é porque não estou com ele que vou sair esculachando, fui muito feliz em um ano de namoro.
_ Ah, isso é verdade mesmo. Então um brinde a sua solteirisse.
_ Um brinde. -brindei sem muita vontade, e assim iniciamos a bebedeira que não foi extrapolada, apenas pra rir com mais facilidade.-
_ Devagar aí né? -ri.- É sério, já foram quatro desde que sentou.
_ Davi relaxa, bebe aí gatinho.

                                  (...)

  Chegou mais uma galera depois e se juntou conosco, e estava sendo diferente. Quanto tempo que eu não saía assim, sozinha e sem ter que me preocupar com absolutamente nada. Por volta de uma e pouco da manhã uma aglomeração na entrada do camarote nos chamou a atenção, tentei ver quem era e não consegui, estava apertada pra fazer xixi e arrastei Camila comigo até o banheiro (não queria ir sozinha). Depois que saímos esbarrei em alguém, não acreditando muito em quem era.

_ Nossa, você por aqui? -o abracei com força, lhe dando um beijo no rosto.- Não nos vemos desde que...
_ Desde que você terminou com o Boi e nem lembrou mais dos amigos.
_ Aí desculpa, Rober. Sério mesmo, é que você vive com o Luan e é mais amigo dele do que meu. E estou querendo evitar, até porque nossos últimos encontros não deram muito certo... Mas, e aí como você tá?
_ Nossa filha, vai ficar de papo na porta do banheiro mesmo? -Camila deu-me um empurrãozinho.-
_ Camila, esse é o Rober. E ela é Camila, uma amiga.
_ Prazer. -o cumprimentou.- Eu vou indo pra lá, tá. Beijos. -e saiu.-
_ Doidinha igual você.
_ Sim. Um pouco mais que eu. -risos.-
_ Eu, tô bem sim. Graças à Deus, quem não tá bem é ele e você sabe...
_ Cuida dele, não foi você que o chamou pra balada? Sabendo que a ex queria fazer uma surpresa? E que bela surpresa, um par de chifres na minha cabeça. Valeu hein.
_ Desculpa por isso, eu não sabia que isso aconteceria. Caso do contrário, ficaríamos no hotel.
_ Realmente, você não teve culpa. Ele sim. Mas, foi bom te ver viu. E nos vemos por aí. -beijei seu rosto lhe dando outro abraço e retornei para a minha mesa, onde não tinha ninguém sentado.-
_ Cansou, já?
_ Não, Lucas. Sentei pra respirar, senta ae.
_ Claro. Pra te fazer companhia.
_ Companhia pra mim? Mas, o Davi, ele...
_ Está bem ocupado. -riu apontando pro meu amigo que estava na maior pegação.-
_ Percebi, os únicos desocupados somos nós.
_ Porque você quer.
_ Sim, somente por isso. Porque sei que se dependesse de você estaríamos trancados naquele banheiro, ou naquela salinha. -apontei pra sala que era toda escura.- Ou no seu carro, não é?
_ Como sabe?
_ Intuição feminina.
_ E que bela intuição. Mas, me diz. O que um cara precisa pra ter você?
_ Me atrair.
_ Está dizendo que eu não sou atraente?
_ Estou dizendo que hoje eu não estou afim, nem de ficar com você, nem com ninguém.
_ Veio só pra beber? -assenti.- Então bora ali pedir um drink que eu te acompanho.

  Nos levantamos e então seguimos até o bar. Pedimos um drink daqueles coloridos e que tinham cara de serem deliciosos. Bebemos em uma só, fazendo vira-vira. Pedimos outro e assim foram dez no total, cinco meus e cinco deles.

_ Caralho, Lucas, gostoso demais.
_ Desce igual água, uma delícia.
_ Delícia mesmo, mas deixa bêbada fácil.
_ Cê acha?
_ Tenho certeza. -risos.-
_ Se quiser a gente para.
_ Ela vai parar mesmo, já bebeu demais. -escutei aquela voz que eu conhecia tão bem. Era ele, meu Luan.-
_ Quem é você? -Lucas o perguntou e eu permaneci  calada.-
_ Não importa pra você saber.
_ Ele é Luan Santana, não conhece?
_ Fernanda, não começa.
_ Não começa você. Está fazendo o que aqui? Hein? Acabou, não estamos mais juntos.
_ É playboy, a Morena gata aqui oh, não quer mais nada com você.
_ Cala a sua boca, meu assunto é com ela.
_ Assunto? Que assunto? Não vai pensando que vai me controlar que está muito enganado. Não estou com você, não vim com você e não vou obedecer você. -passei a mão nos cabelos jogando-os pro lado, virei de frente pro bar.- Me vê um drink duplo.
_ Pra já. -sorriu o barman com aqueles dentes branquinhos, fazendo com que meus olhos se perdessem naquele rosto lindo. Quando olhei pro lado Luan me olhava com reprovação, mas não saiu de perto. Quando meu drink ficou pronto, ele simplesmente pegou tirando o canudo e tomou tudo de uma só vez.-
_ Ficou louco? -perguntei alto.-
_ Fiquei. Louco pra fazer isso aqui. -sem que eu esperasse Luan pegou e me deu uma juntada brusca, fiquei sem fôlego. Sua mão posicionada no meu quadril e meus braços em seus ombros, segurando-os firme.-
_ O que você tá fazen... -antes que eu terminasse a pergunta, sua boca tomou a minha com urgência, no começo eu tive vontade de pôr fim ao beijo mas não resisti, sentia falta e queria muito aquilo. Então acabei retribuindo da melhor forma, preocupada em sentir seu gosto, sentir seu cheiro e sentir principalmente sua pegada. Coisa que nenhum outro homem no mundo tinha, Luan apalpava minha bunda, alisando e puxando mais pra ela. Pensei em me afastar, ele subiu a mão pondo-a na minha nuca e continuou beijando. Paramos quando estávamos completamente sem fôlego, ele encostou sua testa na minha e não falamos nada.- Por que você faz isso comigo?
_ Porque eu te amo, e não aceito te perder. Volta pra mim?
_ Luan aqui não é lugar, nem hora pra conversar e você está se aproveitando que eu estou bêbada!
_ Não estou me aproveitando de nada.
_ Está sim, eu vou pra casa que minha noite já deu. -falei o empurrando, ele segurou meus braços e roubou outro beijo e saiu. "Louco! É isso que ele é e vai me deixar igualzinha ele."-

  Respirei fundo e pedi uma água bem gelada e tomei inteira. Cruzei meus braços sobre o balcão e abaixei a cabeça, estava bêbada o suficiente pra querer chorar.   Chorar, porque por mais que tenha acontecido o que aconteceu eu o queria comigo. Pra beijar quando sentisse saudades, pra abraçar, transar e tudo o que tinha direito. Mas, não. Eu tinha que terminar tudo e não daria o braço a torcer.   Se ele realmente me ama e me quer de volta terá que lutar por mim, pelo meu amor. Está decidido.



Narrado por Luan
  Saí de casa com o Testa rumo à tal festa, mas chegando lá por volta de onze e pouco da noite não estava aquela coisa, não estava legal. Então juntamos nossa galera e seguimos pra uma balada mesmo, balada sertaneja.

_ Tem certeza que é boa? -Marquinhos perguntou e o Testudo assentiu, dizendo que era boa até demais.-

  Chegamos num horário que não tinha tanta fila, aliás, não tinha fila. Mesmo assim entramos pelos fundos pra não causar tumulto, e subimos a escada que dava acesso ao camarote. Pegamos uma mesa próxima ao bar e da grade ao mesmo tempo, mais pro fundo.
  A noite estava boa, a música também, o que me incomodou foi o Testa dizer que Fernanda também estava presente e acompanhada dos amigos. E eu que estava tranquilo, comecei a procurar pelo camarote inteiro tentando de qualquer forma encontrá-la e não demorou, quando achei fiquei olhando por um bom tempo.   Vendo-a dançar com outros caras, encher a cara pra caralho e um cara cercando-a toda hora. Onde ela estava, lá estava ele também.
  Os vi indo pro bar, terminei minha cerveja abrindo outra em seguida e assim não tirava os olhos. Conclusão? Fui até ela e depois de uma discussão lhe roubei os dois melhores beijos da minha vida. Nunca imaginei que beijo roubado seria tão gostoso, ainda mais roubados daquela boca gostosa.
  Voltei pra perto dos meus amigos e continuei bebendo, mas sempre de olho para saber o que ela estava fazendo e não demorou para que aquele adestrador de tigres aparecesse e a abraçasse pela cintura, tirando-a dali. Fiquei aliviado em saber que ela estava indo pra casa e com um cara que não pensava em comê-la, pelo contrário, tratada Fernanda como uma irmã.

                                    (...)

  Poucas horas antes de amanhecer decidi e ir pra casa, e quem quis vir comigo foi de boa. Cheguei em casa e estava tudo em silêncio, quer dizer escutei gemidos vindo do corredor onde ficavam os quartos. Vinham do quarto da minha irmã, safada! Quero nem imaginar o que se passa ali dentro. Entrei no meu quarto batendo a porta e fui pro banheiro, tomei uma ducha e depois de me secar, vestir uma cueca e uma regata eu me deitei e fui pensar na minha noite (já que estava sem sono nenhum).



Narrado por Fernanda
                                  (...)

"Fala sério quem inventou a porra da cachaça tinha que pelo menos inventar algo que realmente curasse a ressaca. Mano, eu vou morrer! Morrer de dor de cabeça. Até pra pensar dói! Dor filha da puta!"

  Acordei e não tinha noção nenhuma de horário, as cortinas e janelas fechadas, nenhum barulho (avá, sério linda?). Sei que deve ser tarde, muito tarde. Bem tarde mesmo, porque sei que cheguei de madrugada e nem se eu quisesse, colocasse alarme eu levantaria antes das duas da tarde.
  Rolei na cama de um lado pro outro, fiquei tentando me lembrar do que tinha acontecido na real mesmo. Na minha mente eu tinha flashes, mas não em detalhes. E sempre que fazia a proeza de pensar, doía minha cabeça então... Fiquei quietinha e de olhos fechados por bons minutos.

                                    (...)

  Celular começou a vibrar e aquilo estava fazendo minha cabeça latejar, ôh ressaca do caralho mesmo. Peguei pra olhar e era minha comadre, porque agora estou sendo chamada assim... Viadagem, mas...

_ Queria entender porque você não atende o celular quando as pessoas te ligam.
_ Fala baixo, minha cabeça está explodindo, tá doendo pra caralho mesmo e assim... Qualquer som incomoda.
_ Quem manda ir pra balada, encher bem a cara?
_ Estou S O L T E I R A. Saio mesmo, danço mesmo, bebo pra caralho mesmo. Porque eu posso. -ri, mas voltou a doer mais então parei colocando a mão na cabeça.-
_ Tá bom, ôh solteira. É que o Rodrigo foi viajar, e eu não queria ficar aqui sozinha e sei que hoje você não vai pra empresa. E sem contar que tem dias que você não aparece aqui em casa. Agora só quer saber de teatro, do Davi e eu estou ficando pra trás.
_ Dramática demais, eu hein.
_ É verdade, trocou sua melhor amiga. Por um cara.
_ Troca mais que justa.
_ Se você estivesse usufruindo eu entenderia.
_ E quem disse que não?
_ Sua cachorra! Eu não acredito Fernanda e você nem pra me contar? Se você não vier pra minha casa, eu mesma vou na sua.
_ Pode vir. Juro que vou levantar da cama e tomar um banho, ficar cheirosa e esperar vocês. Só uma pergunta... Que horas são?
_ 16h44min.
_ Nossa, acho que dormi muito.
_ Hibernou querida. Agora levanta logo e vai lavar essa tcheca fedida.
_ Fedida nada, cheirosinha. Super cheirosa meu bem.
_ Bom, nunca cheirei então não posso falar... -rimos.-
_ Idiota. Tchau! -e desliguei.-

  Levantei ainda cheia de preguiça e caminhei lentamente até o closet, onde passei a escolher uma roupa pra vestir. Não queria nada apertado e sim muito confortável, por isso mesmo que peguei um shorts de malha fria e uma regata, separei também uma calcinha que não marcasse no shorts e peguei o sutiã (costas de nadador, oks?)
  Criei coragem pra me olhar no espelho. "Oi, linda? Olha essa cara de acabada, affe!" Sinceramente, eu estava horrível. Péssima mesmo, maquiagem toda borrada, cabelo embaraçado... Tava uma coisa de louco.
  Antes mesmo de tomar um remédio fui pro banheiro, liguei o chuveiro e entrei molhando logo a cabeça de vez... A água caía e levava meu cansaço embora, mas não minha dor de cabeça. Lavei os cabelos que estavam fedendo mesmo, aproveitei e escovei os dentes e depois de me ensaboar, enxaguar, sai.
  Tinha que me secar, mas não estava dando conta com a minha cabeça latejando muito, muito mesmo. Ainda enrolada na toalha, sai do quarto e desci as escadas encontrando Lucila na sala.

_ Luci! -choraminguei.-
_ Acordou, foi? Noite estava legal?
_ Minha cabeça está explodindo, preciso de um remédio com muita urgência. Pega um comprimido pra mim por favor?
_ Algo mais doninha?
_ Um vodka bem gelada com limão. -ela deixou a revista na mesa de centro e me encarou bem séria pondo as duas mãos na cintura, foi impossível manter a cara de séria.- É brincadeirinha, linda. Queria era dormir, maaaaaaaaaaaaas a Lila está vindo pra cá com os meninos. -falei dando as costas.- Quando ela chegar me chama.

  Voltei pro quarto, me sequei e vesti a roupa que havia separado. Fui pentear os cabelos, quando escutei um barulho vindo de dentro do quarto mesmo e depois vi um furacão cor de rosa correndo e pulando nas minhas pernas.

_ Oi meu amor! -falei enquanto me agachava, segurei seu rosto e dei um beijo bem forte e bem barulhento.- Tudo bem pequena!
_ Oi mamãe, sabia que eu queria te ver?
_ Ah, é? E quem te trouxe?
_ Meu pai. -gelei.-
_ Seu pai?
_ É mamãe, ele tá lá embaixo com a tia Lucila. Tá te chamando. -franzi a testa e mesmo desconfiada levantei jogando o  pente em qualquer canto, e saindo do quarto pra ir até a sala ver o que ele queria.-
_ É... Oi, Luan. Tudo bem?
_ Tudo Fernanda, Oi. Eu... A Mê queria te ver e como sei que não trabalharia hoje...
_ Tudo bem, ela pode vir me visitar quando quiser. Não vai sentar? Quer uma água? Alguma coisa?

"Ele quer é sua tcheca minha filha! E você tá doida pra dar a tcheca pra esse homem bem na sua frente de cueca vermelha e bermuda branca, com essa regata azul mostrando bem seus ombros agora mais largos e braços fortes! Não pira, Fernanda! Não pira!"

_ Na verdade eu queria saber se poderia vir buscá-la depois. Dudu me ligou e... Pediu que eu passasse por lá.
_ Tá não precisa explicar, não. Sei que aquele estúdio pra ela que tem quatro anos é uma chatisse porque só tem videogame e TV, e aqui ela tem o Lupy. -rimos.- Trouxe as coisas dela?
_ Tão no carro, eu não sabia se iria topar.
_ Vai lá com o papai amor, pegar sua bolsa no carro. -eles saíram e Lucila me olhou rindo, como se adivinhasse meus pensamentos pervertidos. Eu hein.-

  Melissa voltou e seu pai estava arrancando com o carro. Assim que ela entrou Lucila fechou a porta e eu peguei bolsa jogando em cima do sofá.

_ Já almoçou, amor?
_ Não. Papai não sabe cozinhar e nem a vó Mari, nem a tia Marina tão na casa.
_ E o que você comeu?
_ Creme verde! -ri sabendo que aquilo era o que Luan preparava de melhor. "Há! Pelo menos ele se arrisca, já você." Consciência mais sincera que a minha não existe, fico impressionada com isso.-
_ Luci? -olhei e ela entendeu o que eu queria, levou Melissa pra cozinha e quando voltou trouxe meu comprimido e a água.- Já falei que te amo? Porque eu amo você, Lucila! Sua linda! -coloquei na boca e tomei uma gole de água e engoli, remédio ruim do caramba, dei uma olhada no espelho da sala e meu cabelo até que não estava tão ruim assim, deixaria que ele secasse naturalmente e vamos ver o que sai né, ver como fica.-

                                  (...)

  Por eu ter uma amiga mega enrolada, mas do que eu. Dalila chegou na minha casa estava dando 19h da noite. Não era mais café da tarde, era jantar e no nosso caso pizza (Melissa quem deu a ideia). Mas, como estava "cedo" pra pedir pizza comemos o lanchinho que a Martinha tinha preparado, mini salgados deliciosos.

_ Eu ainda não estou acreditando que você ficou com o Davi, que conseguiu levar ele pra cama. Menina, desde que esse homem entrou aqui você tentava e nada e agora ele liberou assim, do nada.
_ Foi ótimo, sério mesmo. Não me arrependo. Só que acabou o encanto e levamos nossa amizade numa boa depois disso.
_ Fingem que nada aconteceu?
_ Não, mas, não ficamos voltando no assunto. Não sempre, aconteceu e de uma piadinha ou outra mas nada que constrange, sabe?
_ Louca! Bem no dia do aniversário do ex-boy.
_ Ganhei um belo de um presente, mas passou. Acabou, e agora chega, né?
_ Aí, amiga. Vai ficar solteira mesmo?
_ Por enquanto tô bem, passei anos da minha vida solteira e não morri por causa disso. Não vai ser agora que, né...
_ Solteira significa sem parceiro fixo.
_ Aí já é outra história, né... Mas, tô bem tranquila em relação à isso, não tô necessitada. Subindo pelas paredes.
_ Ainda bem, que sorte a sua. -risos.- Nossa, ela é quietinha né?
_ Tá concentrada no desenho, nem come direito.
_ Ela é um amor de criança, imagino você com o Luan e ela morando juntos.
_ Sinto dizer, mas não sei se sua imaginação é capaz de se tornar realidade.
_ Ah, para amiga. Ele parece estar arrependido do que fez, se é que fez mesmo. Porque você não estava lá, é a palavra dele contra a dela, e...
_ E fotos deles, e dela com a blusa dele. -falei pegando mais um salgado.- É difícil, sabe... Difícil aceitar uma traição.
_ Como se você fosse a santa e nunca tivesse traído. -ela falou na lata e eu fiquei de boca aberta, sim, me senti ofendida.- Desculpa a sinceridade, mas sou sua amiga e posso te mandar a real. Você errou muito. Ok, não foi com o Luan. Mas, pensa... Vocês se amam tanto, vai deixar uma mulher qualquer estragar isso? -ela dizia séria.- Você é uma mulher inteligente, deveria deixar um pouco do seu orgulho de lado e ir atrás de ser realmente feliz com o homem que você ama e que te ama ainda mais.
_ Como sabe que eu...
_ Meu bem, até um cego vê que suas saídas recentes são tentativas furadas de mostrar que está bem com isso. Você pode enganar quem for, mas a mim meu bem... Ha ha! Nunca.
_ Eu posso ser muito orgulhosa, eu sei. Mas, ele tem que me provar que vale muito a pena eu abandonar o meu orgulho pra voltar com ele e passar uma borracha nisso tudo.
_ Cacete, você não me escuta!
_ Eu escuto, só não concordo.
_ Tá, vamos mudar de assunto que esse já deu. Mas, que fique bem claro minha opinião é a mesma. Ok? Vocês tem que conversar, não lavar roupas sujas!
_ Você está do lado de quem?
_ Eu quero ver a minha amiga bem, e sei que ao lado dele você estará ótima!

  Essa foi sua frase final antes de voltarmos a atenção pro desenho. As crianças acabaram dormindo, ajudei ela colocar os dois na cadeirinha e ela se foi, indo pra casa dos pais.
  Fiquei na sala, Melissa ainda dormia toda espaçosa no sofá e eu assistia TV. Acabei cochilando, quando acordei era tarde da noite e nem sinal do Luan. Eu já estava com sono e queria dormir, mas e se ele chegasse?
  Subi até meu quarto e peguei duas cobertas, quando voltei à sala cobri Melissa e outra foi pra mim. Coloquei em um filme qualquer até que depois de mais algumas horas meu celular apitou, no reflexo (conhecido como vício) pude ver sua mensagem.

*Saí do Dudu agora. Melissa ainda está acordada?*

*Ela dormiu faz um tempo. Se quiser pode deixar ela aqui, não tem problema.*

*Mas, já estou no condomínio.*

*Mandando mensagem e dirigindo?*
*Você que sabe.*


  Ele visualizou e não respondeu mais. Peguei e então me ajeitei no sofá, e esperei a campainha tocar.

_ Entra, tá frio aqui fora. -falei depois de abrir a porta e vê-lo ali parado, sem blusa.-
_ Desculpa o horário, é que quando o assunto tá bom e a coisa fluindo, a gente não para.
_ Não. Tranquilo, relaxa. Ela dormiu no sofá mesmo, passou o dia todo bem e...
_ Você está linda. -fui pega de surpresa e sem jeito.- Muito linda...
_ Como um dragão. -ri e ele acabou me acompanhando.- Vou pegar a bolsa dela. -falei deixando-o ali e saindo na direção da escada, subi num flash e quando desci ele estava com ela no colo.- Pode levar, ela tá sem blusa e tá frio pra ela lá fora. -falei jogando a coberta por cima.- Assim fica bem melhor.

  Fui na frente, abrindo a porta, depois abrindo a porta do carro e arrumando a cadeirinha. Aproveitei pra colocar sua bolsa lá dentro, ele a colocou e jogou a coberta por cima. Dei a volta e fiquei parada na garagem, olhando-o fechar a porta e ir pro mesmo lado que eu.

_ Obrigada.
_ Pelo que?
_ Não faz ideia do quanto faz bem à ela e a mim.
_ Ela que me faz bem. -falei sorrindo. Luan entrou no carro, fechou a porta e ficamos nos olhando.- O que foi?
_ Não vai entrar?
_ Estava esperando você ir, mas... Boa noite, Luan.
_ Boa noite, Morena.

  Ah se ele soubesse a saudade que eu estava se ser chamada assim por ele. Entrei, tranquei a porta e voltei para o filme, mas minha cabeça estava pensando nos últimos dias, últimos acontecimentos e as palavras da Lila. E como eu pensei nisso.














~.~

  Amei o Capítulo! Achei lindo, achei demais.

PS: Oi meninas! Cadê eu na sexta e no sábado? Não havia terminado o Capítulo, queria deixá-lo mais intenso, mais real. E estou satisfeita com ele (apesar do atraso). Que venham os próximos não é mesmo? Porque ainda tem coisa pra rolar, continuem assim animadas e contando pra mim tudo o que estejam achando. Beijão, e bom começo de semana (e uma ótima semana, né?)

11 comentários:

  1. Davi? Ve a Fernanda apenas como irmão? SABE DE NADA INOSCENTE, tadinho do Luan, pensamentos tão puros...
    Nana, Nana, dois dias sem da sinal de vida muié. Quer me matar do coração? Ce doido, quase murri.
    Concordo com a Lila, acho que ñ eh so o Luan q tem q corrar atras, se a Nanda tbm qr vá tbm pra ñ deixar outra pegar. Pq tem muitas Angélicas, Auroras, Estes e cia por ai. Marcar territorio, aproveitar q a midia ainda ñ sabe. Ou sabe?
    Nana, serio msm, do fundo do core meu, ce sabe q assim eu te amo muitão neh?! Mas que tal outro cap hj?? Por favozinho

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    1. Deixa o Luan sonhar meu amor! Sumi, mas voltei de novo, não consigo ficar muito longe não. Dalila é toda doida, mas sempre dá os melhores conselhos pra Nanda. Sempre mesmo!

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  2. Lila está certíssima, dona Fernanda tem que deixar o orgulho de lado e ir atrás do Luan, ela sabe que se ela for ele volta. Acho que o Lu vai fazer uma música pra Nanda ❤❤

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  3. amei o look....tipo demais serio...
    meu estilo
    amoooooooooooooooooooo fotos

    ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    e essa balada.....foi mega boa.......quase acertei o desfecho da balada hein...
    massssssssssssssss rolou beijo;;;luan chegou botando moral.
    e eu amei isso
    acho que ele tem que se impor mais
    pra poder a fe acreditar e confiar mais nele..
    ahhhhh nao esquecendo que pedi pra me voltar....e ela voltou
    ameiiiiiiiiiiiiii
    nossa como to exagerada....kkkkkkkkkkkkk
    a lila ta certinha.....tem que parar de orgulho

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    1. diannn menina que fala essa minha irma..kkkkkkk
      a de baixo ai....ge
      ariane pinheiro..kkkkkkkkkkk

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    2. Menina, tava inspirada viu! Adoro! Vou até continuar e com muitas fotos pra você ficar mais feliz!

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  4. amo esse estilo de roupa
    acho muito top
    além de amar fotos

    podia colocar fotos dos gêmeos da lila
    devem esta a coisa mais fofa
    e falando na lila
    achei bastante interessante a opinião dela
    nada melhor do que uma amiga sincera hein
    pra abrir os olhos de alguem

    essa balada?
    foi perfeita
    luanzinho chegou chegando
    querendo marcar territorio
    acho que o luan se arrependeu
    e quer voltar

    agora a fer ta dura na queda
    apesar de querer voltar
    fer muié pare de orgulho e volte...mais antes faça o luan sofrer um pouquinho...so um pouquinho inho inho
    e depois de tempos pegou o gostosa adestrador...kkkk
    ui
    o luan vai ter que provar pra ela que se arrependeu

    que momento mais cute cute da me
    menina mais fofa
    quero fotos dos looks da me
    tenho certeza que é linda

    continua

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    1. Eu amei o Capítulo! De verdade, foi demais tudo! Haha! Vou procurar uma foto legal dos gêmeos (e que o blog aceite, rs)

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