Capítulo 118

Narrado por Fernanda
  Tanto eu quanto Luan ficamos sem palavras diante da carta que nos foi deixada. Ficamos tão sem o que dizer que quando escutei uma respiração mais pesada percebi que ele estava chorando. E sinceramente aquilo foi demais pra mim, eu derramei lágrimas também, mas foi de alívio. Eu agora entendia que por mais louco que tenha sido, ela desde sempre quis o melhor pra filha mesmo que o melhor da filha fosse longe dela.
  Sim, poderia ter sido diferente. Mas, ela quis assim e agora lendo essa carta eu não tenho mais o que dizer, desejo de verdade que ela seja feliz assim como eu estou sendo e pretendo fazer a Mê feliz também.
  Depois de guardar aquela carta, juntos fizemos uma oração agradecendo por nossa família, nossa união, nosso dia e por não precisarmos de muito para ser feliz. E então adormecemos.

                                   (...)

  Ninguém soube da carta no dia seguinte. Luan guardou-a no fundo de sua mala. Tomamos banho juntos e descemos para aproveitar o dia em família e amigos. E foi assim o restante da viagem também, que foi linda em cada momento dela. Mas, era chegada a hora de voltar pra casa e enfrentar com um sorriso nossa realidade.
  Nos despedimos dos meus pais no aeroporto em Orlando, e embarcamos de volta para o Brasil, nossa cidade São Paulo.

_ Não vai dormir, né?
_ Vou sim.. -falei me ajeitando no colo dele mesmo, e deitando.-
_ Eu tô sem sono, queria conversar com você.
_ Pode falar que por enquanto tô te ouvindo...

  Tentei ficar acordada, mas não rolou.   Dormi boa parte do vôo, acordei estava faltava ainda três horas para pousarmos. Luan dormia ainda me abraçando, não saí dali por estar bem quentinha. Peguei o celular do Luan e fiquei jogando pra passar o tempo e funcionou. Quando fomos avisados de que estaríamos pousando acordei ele que acordou a Bruna e meus sogros, Dudu e a Sô... Menos as crianças, que estavam dormindo e seriam levadas no colo.

                                   (...)

_ Vai ir lá pra casa? -Luan perguntou assim que pegamos as malas e íamos em direção aos táxis.-
_ Não amor, vou pra casa. Preciso da minha cama, abraçar meu gatinho e comer a comida da Martinha. -ele riu.- Não quer ir pra lá você?
_ Se eu for a Melissa vai ter que ir junto, e aí não vamos descansar porque ela vai querer dormir com a gente.
_ Isso é verdade. -risos.- Então a gente se fala mais tarde ou amanhã, que eu vou chegar e tomar banho e dormir.
_ Só me avisa que chegou em casa e que esteja tudo bem.
_ Tá bom, beijos. Tchau gente! Beijão! -joguei beijos e então entrei no meu táxi e segui pra casa.-

  Condomínio todo em silêncio, nenhuma festinha. Assim que o táxi parou e eu paguei a corrida pedi ajuda ao motorista pra tirar as malas do bagageiro e pude entrar assim que encontrei as chaves.

_ Lupy? Cadê você meu amorzinho? -ele deitou estava, deitado continuou. Dei risada de toda aquela preguiça e segui pra cozinha depois de deixar as malas na sala mesmo.- Pavê de chocolate.
_ Já vai comer doce? -levei um susto daqueles, eu gelei na hora. Fiquei até com medo de virar.- Fernanda?
_ Aí meu deus! Quem é você? Você vai me matar?
_ Vira logo e deixa de ser besta.
_ Tô com medo...
_ Se fosse pra te matar eu já teria feito isso, vira logo e me dá um abraço... Vim de longe pra aproveitar a casa dos meus tios e...
_ Gustavo! -pulei no colo dele, beijei seu rosto e desci.- Seu idiota, porque não avisou que estava aqui em casa?
_ Porque eu estava dormindo, pensei que fosse pra casa do seu namorado cantor.
_ Nem pensei nessa possibilidade, estou com saudades da minha casa, minha cama, meu tigre e da comida da Martinha. Você não faz ideia.
_ Ah faço sim. -risos.- Mas conta aí, como foi em Orlando? Acompanhei pelo TV Fama. -revirei os olhos e ele riu.-
_ Tv Fama me ama, não é possível. Eu estava bonita pelo menos, né?
_ Bem gostosa de biquíni. -falou "desenhando" meu corpo.- Quer dizer, tava bonita priminha.
_ Você não presta, Gu.
_ Presto tanto que te deixei passar.
_ Devo agradecer?
_ Sim. Não costumo perdoar ninguém, porém, sempre tive medo do seu pai... Agradeça à ele.
_ Como você é idiota, Gu. Eu vou tomar um banho e ligar pro Luan. Já desço.

  Subi em direção ao meu quarto, peguei o celular e disquei rapidamente o número do Luan e enquanto chamava eu fui até o closet e estava separando uma roupa quando ele atendeu.

_ Estava quase te ligando (riu).
_ Desculpa, fui atacar a geladeira e acabei encontrando uma visita que quase me matou do coração.
_ Que visita?
_ Gustavo.
_ Quem é Gustavo?
_ Meu primo. Veio passar uns dias aqui e eu nem sabia.
_ É que eu não me lembro dele.
_ Vocês não tem muitas oportunidades de se encontrarem por aí...
_ Deve ser mesmo. Tá tudo bem, mesmo?
_ Tá. Pode dormir tranquilo amor. Beijos, boa noite.

  E assim encerramos a ligação. Pude ir para o meu banho e depois desci, fiquei conversando com o Gu enquanto me deliciava naquele pavê, parecia que nunca tinha visto comida na minha frente. Mas deu sono e subimos, ele foi pro quarto de hóspedes e eu para o meu lindo quarto que eu estava morrendo de saudades.

                                (...)

  Os dias foram seguindo e tudo ia bem, bem mesmo. Tanto no namoro, quanto as amizades, empresa... Enfim, tudo estava em ordem.
  Estávamos no fim do ano, mês de dezembro pra ser mais exata dia 19. Que dia é hoje? Do Chá de Fraldas dos gêmeos e tudo estava muito lindo, eu como madrinha não perdi um detalhe sequer de toda arrumação até porque a gestante só sabia comer e reclamar...

_ Pensei que hoje ia chegar e poder namorar com você, tá difícil isso.
_ Nunca pensei que diria isso, mas estou em abstinência sexual Luan. Quase um mês, tô subindo nem pelas paredes mais é pelas janelas do lado de fora de um edifício.
_ Você podia vir pra cá passar a noite comigo. Tô sozinho em casa hoje.
_ Ué, a Bruna não está em casa?
_ Tá na casa da sogra, ela e o Rafael não desgrudam mais e isso tá me cheirando encrenca.
_ Por que amor?
_ Ela tá pior que na TPM, eu conheço minha irmã e sei que as coisa não estão normais.
_ Impressão sua.
_ Que seja mesmo. Oh, vou ter que desligar que vou jogar com os meninos.
_ Jogar videogame?
_ Não uai. Futebol, vamos pra quadra que tem aqui no condomínio mesmo.
_ Tá atleta então? -perguntei rindo.-
_ Tenho que gastar minha energia de algum jeito né (risos). Boa festa, aí. Guarda uns docinhos.
_ Pra Melissa? Sim, eu guardo.
_ E pro pai dela?
_ Pro pai dela não, não pode. Tchau!
_ Nenhum beijo?
_ Beijos, Luan. Tchau.
_ Manda um beijo pra gordinha viu.
_ Se ela te ouvir dizendo isso te xinga, você sabe, né?
_ Sei sim. "Fernanda vai lavar uma louça e deixa o meu parceiro cara."
_ Marquinhos podia me deixar em paz só um pouco, né? Fala pra ele que eu vou lavar louça quando a namorada dele vier me ajudar.
_ Mas, ele não... Nossa amor que maldade.
_ Vai jogar seu futebol. Tchau. -desliguei.-
_ Que grude, olha minha diabete aumentando amiga.
_ Sabia que ele tá em casa hoje? E eu aqui...
_ Vai lá com ele sua vaquinha.
_ Não, vou ficar aqui com a minha Loira chatinha e os dois bebês da Dinda. -cutuquei a barriga dela e as crianças começaram a chutar.-
_ Vai se foder, Fernanda. Tinha que mexer, né?
_ Eles precisam acordar pro Chá que é daqui a pouco.
_ Daqui três horas, né. Três horas! E sua mãe, vem?
_ Ela estava reclamando de dores, meu pai levou ela no médico e ele pediu algumas horinhas de repouso. Ela quer vir, não sei se meu papis protetor e babão vai deixar.
_ Ele está muito feliz amiga. Imagina a carinha dele quando o Heitor nascer.
_ Vai morrer de felicidade, sempre quis um menino.
_ E eu vou ter logo depois. Ôh amiga, faz um esforço aí e arruma amiguinhos pros meus filhos.
_ Melissa tá aí, babando muito neles dois. Disse que vai visitar você todo dia.
_ Pode trazer mesmo, se bem que estarei morrendo com o Rodrigo já e mais perto de vocês.
_ Iremos mesmo assim... Sua mãe vai ficar com você no primeiro mês?
_ Ela e minha sogra, vou pirar.
_ Vai não... Você aguenta.
_ Se me encher já sabe, né... -risos.-

  Passamos duas horas ali de papo e depois fomos nos arrumar, quer dizer, ajudei ela se arrumar e depois dei um jeito em mim.   Coloquei uma roupa simples, fiz um coque perfeito no cabelo e nada de maquiagem porque eu não sabia se ia rolar aquelas brincadeiras besta.

_ Nossa que saudade do meu corpinho assim... Usando um shorts 38.
_ Mês que vem amiga, relaxa.
_ Relaxa? Já marquei minha cirurgia intima.
_ Deixa de ser besta.
_ Mas, é a verdade. São dois meu bem, dois pra passar por uma ppk só.
_ Dalila, você é uma ridícula. Porque não marcou cesária então?
_ Cicatriz? Jamais, não curto lazer.
_ Tá amiga, entendi. Para de querer me assustar com essas coisas de gravidez.
_ Tá com medo de engravidar amiga?
_ Não que seja medo, mas ainda não é a hora.
_ Aí meu deus, tudo bem. Vamos mudar da assunto que esse de repente ficou muito depre. -risos.-

  Seguimos pro meu carro e fomos pro salão, chegamos lá e a tia Mabel já recepcionava algumas das convidadas e Dalila assumiu dali em diante. Eu me sentei junto com a minha mãe que realmente foi e ficamos ali até que começaram as coisas: brincadeira disso, dança daquilo e adivinha aquilo outro. Sei que foi muito bacana, ela ganhou muita coisa também. Quando terminou eu fiz minha marmita e fui pro carro, meu pai deixou minha mãe sobre minha responsabilidade isso porque estava com os meninos jogando futebol. Então fomos direto pra casa do Luan. Chegamos na quadra e a luz estava acesa e eles continuavam jogando.

_ Olha seu pai no meio dos meninos, nem parece que tem 50 anos.
_ Mas tem e não pode dar mal jeito na coluna. -risos.-
_ Passa logo essa bola cara. -gritavam entre eles, eu e minha mãe sentamos num banco de frente pra quadra e ficamos esperando a boa vontade deles em parar.-
_ Nossa cansei... -meu pai foi chegando perto e tirando a camisa toda molhada de suor.-
_ Mas ganhamos sogrão, isso que importa. -Luan fez o mesmo e depois de secar o rosto na blusa que estava toda suada também, jogou pra mim.-
_ Aí que nojo.
_ Tá fedendo não amor. -riu junto com o meu pai.-
_ E aí, Nanda. -Breno veio me dando um beijo no rosto, Caio e Marquinhos fizeram o mesmo.-
_ Bando de macho tudo suado, meu deus! Quero nem ver o estado dessas chuteiras.
_ Cheirosas. -Rober disse já pegando as chaves do carro dele.- Falou aí galera, até mais tarde.
_ O que tem mais tarde, Luan? -perguntei cruzando os braços.-
_ Tem uma festa aí de um amigo do Testa que convidou nós tudo.
_ Hmm... Festa, é?
_ Festa amor, bebida, música...
_ Mulheres... -fechei a cara.- Vai ir?
_ Não faz esse bico, minha ciumentinha linda. Vamos lá pra casa.
_ Você ainda não me respondeu Luan. -disse mais séria.-
_ Não vou, só queria te encher o saco.
_ Tá vendo isso mãe?
_ Luan, não fica assustando minha filha tadinha.
_ Foi mal sogra, não resisti. -riu.- Bora lá pra casa descansar um pouco, jogar conversa fora.
_ Fica pra outro dia, eu tô com sono já... Heitor me deu uma canseira hoje.
_ E um susto, chega de emoções por hoje.
_ Quer voltar com o meu carro, pai?
_ Cadê as chaves?
_ Toma. -joguei pra ele que ajudou minha mãe se levantar e foram.-

  Voltamos pra casa dele de mãos dadas e de a pé, rindo do que ele contava do futebol.

_ Aí Luan você é muito besta, meu deus.
_ Sou não amor, é a verdade.
_ Verdade? Não sei aonde. -risos.-
_ Deu fome sabia?
_ Eu não sei nem fritar ovo.
_ Vamos jantar fora? -assenti.- Você escolhe o lugar.

  Chegamos em sua casa e só quem estava ali era o Puff, todo agitado. Ele subiu pra tomar banho e eu fiquei na melhor parte de todas as casas, a cozinha. Aproveitei pra colocar as coisas que trouxe pra Melissa na geladeira e não resisti ao ver aquela torta de morango me chamando.
  Cortei um pedaço e fui comer na sala mesmo, sentei no sofá e o Puff do meu lado.

_ Não fica olhando assim pra mim, você não pode comer doce neném. -ele virava a cabeça de um lado pro outro e eu não resisti, lhe dei um morango.-
_ Todo mundo comendo doce e eu aqui, certo? -Luan descia as escadas sem camisa, mas estava de calça e tênis.-
_ Não quer pôr blusa, não?
_ Tá muito quente, tô com muito calor.
_ Não sei que calor é esse, eu tô com calor. Só não tanto quanto você.
_ Eu estava jogando futebol, mais corri do que tudo.
_ Não tá acostumando, né gordinho?
_ Gordinho nada. Sou muito gostoso.
_ Meu gordinho gostoso! -ele sentou no sofá do meu lado depois de tirar o Puff de lá.- Agora sim... Dá um beijinho. -fez bico.-
_ Com gosto de torta de morango?
_ É. Pode ser... -me virei de frente pra ele apoiando uma mão em sua coxa, deixando com que a outra fosse parar em sua nuca e aproximei nossos rostos e demos um beijo realmente decente, demorado e intenso. Parei mesmo quando senti que precisava recuperar o fôlego e mesmo assim Luan não estava nem um pouco afim de parar, beijava minha mandíbula e ia descendo devagar. Trouxe minhas mãos pra frente segurando em seu peitoral e empurrando levemente até que ele estava deitado no sofá e eu em cima dele  dando continuidade ao beijo, os dedos dele subiam pela minha coxa e quando não dava mais passagem ele segurou minha cintura.- Beijo gostoso, né?
_ Uhuum, muito. -voltei a beijá-lo, agora em seu abdômen recém-lavado e cheiroso como só ele conseguia ser. Dei mordidas também, ele gostava (e curtia isso quando não eram muito fortes).-
_ Brincando com fogo sempre hein.
_ Tô com saudades, só isso. -arranhei sua barriga e ele riu segurando meus pulsos firmemente.- Aí amor.
_ Aí digo eu, olha minha barriga. Parecem estrias. -riu enquanto voltava a se sentar.- Bora?
_ Jura?
_ Tô com fome, muita mesmo.
_ Então vamos, porque você com fome ninguém merece. E até que me deu fome mesmo, vontade de comer aquela costelinha do Outback amor. Vamos jantar lá?
_ Aquele negócio cheio de gordura.
_ Depois fazemos uma maratona pra perder as calorias. -pisquei e nenhum dos dois aguentamos, caindo na gargalhada.- Vem, levanta. Mas e o Puff?
_ Não vamos demorar, e ele tem comida aqui e água.
_ Certeza?
_ Sim, mas não custa conferir. -e saiu indo ver, foi o tempo de eu ir na cozinha e deixar na pia o potinho que eu tinha colocado doce.-

                                   (...)

  Sempre quando saímos pra jantar acontecia uma coisa diferente e engraçada, mas hoje foi bem fofo e até eu fiquei emocionada. Estávamos na fila esperando pra entrar, e um menininho de uns 7/8 anos viu o Luan e na hora o menino paralisou. Não falava, não andava e ficou de boca aberta enquanto as lágrimas caíam...

_ Filho, o que aconteceu? Conta pra mamãe... -a mãe dele perguntava preocupada e ele apenas apontou pra frente atraindo os olhares de outras pessoas, inclusive o nosso.-
_ Um fã detectado, vai lá amor.
_ E se não for, vou pagar é mico. -riu.-
_ Vai logo, Luan. -ele foi até o menino e abriu os braços. Sério, foi uma cena muito bonita. Nem eu resisti e fui até lá curiar também.- Oi lindo. Boa noite. -cumprimentei a mãe também.-
_ Nossa, que sorte a nossa. Meu filho é muito fã do Luan, desde pequeno, e nunca tivemos uma oportunidade de abraçá-lo e aqui agora... -até ela estava emocionada.-
_ Como é seu nome, cara?
_ Breno. Breno Lucas. -falou limpando as lágrimas.-
_ Sabia que eu sempre quis esse nome pra colocar no meu filho.
_ Viu mamãe, ele gostou do meu nome...

"Gente meu filho tem que ser lindo assim, aí socorro vontade de roubar essa criança da mãe... Mentira, roubar não! (risos)."

  Luan abraçou muito o menino, e tirou foto e seguiu a criança no instagram (avançado ele né, deixa a Melissa saber disso). Mas, logo nos despedimos e voltamos pra fila do negócio e entramos.

_ Você fica todo besta quando abraça uma criança, né? -comentei apertando as bochechas dele.- Coisa lindinha da Fê.
_ Bobona. -fez careta.- É que crianças são muito puras, não tem malícia e deixa transparecer aquilo que realmente sente. Não que meus fãs maiores não sejam assim, mas é que é diferente.
_ Eu entendi amor, agora vamos comer... -risos.- Eu tirei uma foto de vocês, pra postar no meu instagram! -deixei bem claro.-
_ Sabe a legenda?
_ "Meu filho e o pai dele." -brinquei.-
_ Nosso filho vai se chamar Breno mesmo. Eu acho lindo, sempre quis esse nome. -comentou e sorrimos.- Você gosta de Breno?
_ Gostar, gostar. Não. Mas, eu gosto.
_ Prefere qual?
_ Eduardo.
_ Eduardo, amor?
_ Hugo é lindo. Luan Júnior também.
_ Luan Júnior nós já temos na família. -risos.-

  Fizemos nosso pedido e ficamos papeando enquanto não chegava, fui contando como tinha sido o Chá de Fraldas dos meus afilhados. Luan todo curioso, quis saber de tudo e aí foi assunto até depois que a comida chegou e bebidas e por aí vai. Rimos muito, tinham vezes que as pessoas em volta olhavam torto. Nem liguei.
  Resolvemos ir pra casa depois de estarmos cheios literalmente, ainda demos uma voltinha no condomínio pra melhorar a digestão que a coisa tava demais.

_ Nossa, comi muito. Misericórdia.
_ Também, me empolguei. Aquela batata frita com bacon e queijo, nossa, a melhor.
_ Melhor mesmo. Mas, ela que me deixou estufada desse jeito. -risos.-
_ Depois melhora... -voltamos pra casa e Puff estava  todo largado em cima da cama do Luan, dormindo. A coisa mais linda.- Óia a folga.
_ Deixa ele, tá dormindo tão gostoso. -falei deitando ao lado dele e fazendo carinho em sua barriga.- Olha ele gosta de carinho.
_ Eu tamém gosto. Pode fazendo em mim também.
_ Ciumentinho lindo. Minha sogra volta quando de Campo Grande?
_ Acho que nem volta, eu que vou pra lá pra passar o natal.
_ Sério? -fiz cara de cachorro sem dono.- Pensei que ia passar aqui!
_ Também. -risos.- Mas dona Marizete Cristina quis ir pra lá e aproveitou as férias da Melissa pra já levar junto.
_ Seu pai já foi também?
_ Não, ele está em Londrina. Foi visitar uns amigos das antigas.
_ Só ficou você e o Puff, amor?
_ Só nós dois aqui abandonados... Mas eu só fiquei mesmo porque tava com saudades de você, de te abraçar bem forte e não largar mais, te beijar bem gostoso e dormir bem agarradinho.
_ Hmmm... Que namorado lindo que eu tenho, lindo mesmo. -o chamei com o dedo.- E pode me beijar gostoso agora?
_ Precisa nem pedir de novo.

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  Natal já? Meu deus! O tempo nessa Fanfic voa! (risos) Mas a pergunta que não quer calar, essa noite cheia de amor rola ou não rola?